Feliz 2008

E para terminar bem o ano, aqui fica uma das melhores músicas de 2007, tirada de um dos melhores álbuns! Agradeço a todos os que por aqui passaram em 2007, a todos os que lêem os disparates que escrevo e a todos os que comentam. Em 2008 terão mais do mesmo! Ou então façam queixa à ASAE, pode ser que ela feche o blog por causa da insanidade mental do autor! E já cá faltava a ASAE, essa tão destacada protagonista de 2007. E ainda poderia referir outros protagonistas: o Joe Berardo, o Chavez, o Sócrates, os nossos ministros todos (qual deles o pior?!), a oposição, o Scolari, o programa "Cantando e dançando por um casamento de sonho", a família McCann, a comunicação social portuguesa, os multibancos assaltados... enfim, só coisas tristes! Também podia referir protagonistas bem mais interessantes: a Vanessa Fernandes, o Cristiano Ronaldo, o Pinto Monteiro, os Gato Fedorento, o Cavaco Silva (coitado, ele vai tentando...)... Mas pensando bem, o Michael Buble também foi protagonista do ano! Foi a banda sonora, real ou imaginária, dos melhores momentos, dos melhores sonhos, dos melhores sorrisos de 2007!

Feliz 2008!

As promessas de 2008

2008 promete... É a vontade de fazer coisas giras, são os passeios e as férias, é Paris, é Buenos Aires, ah e é a França em Agosto, a Normandia, as praias, o dia D!..., são os planos de trabalhos, são os sonhos concretizados, é um pau de giz e um quadro, é a investigação a sério, são os sonhos por concretizar que não podem ser revelados entre teoremas e chocolates, são os risos e gargalhadas com os amigos, é a vontade de ser mais do que uma sombra que vagueia desperdiçando tempo, é o querer arregaçar as mangas e sujar as mãos com a vida, é crescer, é a paixão pela vida... são as promessas que 2008 me faz! Mas será que se pode confiar num ano bissexto?

24

Enquanto os argumentistas das séries norte-americanas não terminam a greve, vou-me entretendo a ver a 1ª temporada do 24. Só comecei a seguir a série na RTP 2 a partir da 3ª temporada, julgo eu... Agora tenho tirado a 1ª daqui. Tem a desvantagem de ter legendas em brasileiro, mas às vezes o melhor é mesmo não olhar para elas e tentar perceber o inglês. Espero que os argumentistas e as tv's resolvam o imbróglio (peço desculpa por usar esta palavra horrorosa, são resquícios da influência da minha professora de biologia do 12º) da melhor maneira, cancelar a série seria aborrecido... Era suposto a 7ª temporada estrear em Janeiro nos EUA, mas por enquanto está suspensa. O melhor é não ter grandes expectativas quanto à estreia cá.

O 24 é a minha série preferida... talvez de sempre. Mas enfim, também sou fã dos Simpsons, do E.R., dos Friends e do MacGyver... destas 5 é difícil escolher a melhor. Mas é no 24 que me tenho viciado nos últimos anos! Gosto bastante dos enredos, que misturam a vida íntima das personagens com questões políticas dos USA ou até com questões de uma escala mais global. É verdade que é uma série um pouco pró-americana, mas apenas porque a personagem principal Jack Bauer, que é o «herói» da série, é americano. São sobretudo episódios de suspense, com algum drama e bastante acção pelo meio.

Ideia do Dia 4 - Cirurgião

As coisas agora já não são como antigamente. Um gajo tira um curso e depois pode desempenhar funções que não tenham nada a ver com a formação que teve. Por exemplo, o novo presidente do conselho de administração da CGD, que também foi ministro do comércio e do turismo num dos governos do Cavaco, que também foi secretário de estado das finanças, que também foi secretário de estado para a exportação e que também foi administrador da TAP e da CGD em Espanha, é licenciado em... Engenharia Mecânica! =S Eu hoje tive a ideia de enviar currículos para os hospitas, talvez precisem de um cirurgião!

Ideia do Dia 3 - Nova Lei do Tabaco

Hoje a ideia do dia é particularmente estupida. Vejam lá que me passou pela cabeça que a nova lei do tabaco será cumprida com rigor!! Já viram ideia mais estapafurdia que esta? Esta ideia, bem vistas as coisas, é bem capaz de ser utópica... o mais provável é que aconteça isto.

Momento Estupido do Ano

Pior que a agressão (como já tinha escrito na altura, quem joga futebol, mesmo amador, sabe que por vezes a fronteira entre a frustração e a agressividade é ténue e pode ser ultrapassada quase sem darmos por isso) foram as palavras do Scolari neste flash-interview logo a seguir ao jogo. O Scolari agrediu o sérvio, tudo bem, pedia desculpas, dizia que não tinha agido bem e que não havia nenhuma justificação para o que fez e eu cá estaria para o aplaudir. Mas ao tentar justificar a agressão com os erros de arbitragem e com a protecção ao Quaresma o que o Scolari fez foi gozar de um modo descarado e injusto com os portugueses e, em particular, com o jornalista que ainda por cima não percebeu que estava a ser gozado!

Compras Na Net

Ontem aderi ao MBNet, através da Caixa Directa. Sou fã da Caixa Directa porque me permite manter as minhas finanças debaixo de olho. Em geral sou bastante desorganizado com o dinheiro e por isso é bom poder verificar o meu saldo, os movimentos de conta e as poupanças apenas com uns cliques no mouse. Para perceber o funcionamento do MBNet tive que penar um pouco... Continuo a achar que este género de operações feitas através da internet podia ser explicado de modo muito mais simples para os leigos entenderem. De qualquer modo lá consegui registar-me. O MBNet é um serviço disponibilizado pelos bancos portugueses para os clientes fazerem compras na internet. É particularmente util para quem não tem cartão de crédito, como é o meu caso. Mas mesmo muitas pessoas com cartão de crédito preferem usar o MBNet por o considerarem mais seguro. Basicamente o que o MBNet faz é criar um numero para um cartão de crédito fictício com validade de um mês e carregado com a quantia que o utilizador pretender. Esse cartão fictício tem associado uma conta bancária. Pode ser utilizado para fazer uma e uma só compra. A quantia a pagar nessa compra é debitada da conta associada ao tal cartão fictício. Podemos ir criando novos cartões à medida que for necessário. Depois de perceber a coisa e de desvendar as instruções, parece bastante simples. Aparentemente a segurança deste processo resulta de no momento da compra apenas termos que dar o numero do cartão fictício, cuja validade é bastante limitada e que só tem o montante que o utilizador lá quiser deixar. Isto limitará bastante os prejuízos no caso de algo não correr bem... Ontem estreei-me a comprar coisas na net. Encomendei dois livros pela Amazon, este e este. O mistério da Amazon é que fica mais barato comprar coisas que estão nos USA do que no Reino Unido. Paguei 15 dólares pelos livros e mais 25 pelo envio e transporte. O total em euros é cerca de 27. Na Amazon.uk faria as mesmas compras por cerca de 47 euros, no mínimo. Tomei uma opção arriscada que foi encomendar livros já usados. Daí o preço dos livros: 15 dolares, mais ou menos 10 €, sendo que o de matemática custa bastante mais que o outro. Acho que vale a pena experimentar uma vez e se estes vierem em más condições aprendo a lição. Mas se estiverem em estado aceitável compensa bastante. Até agora o processo está a correr bem. Nos próximos dias o pagamento deve ser debitado da minha conta e os livros deverão estar por cá até final de Janeiro. Esta coisa de fazer compras na net faz-me alguma confusão, daí nunca ter tentado antes. Mas como este é o futuro, o melhor é começar a habituar-me!

Momento Desportivo do Ano

Há pessoas assim, para além de conseguirem feitos que não estão ao alcance do comum mortal, são simpáticas e simples! Ouvir a Vanessa Fernandes falar é engraçado e não consigo deixar de sentir uma enorme admiração por ela, tanto pelas vitórias, como pela pessoa que ela parece ser!

Band Of Brothers

Vi por estes dias a segunda parte disto! O comentário à série já o fiz no primeiro post. Resta dizer que para mim de entre todos os documentários, séries ou filmes acerca da segunda guerra mundial na Europa, este é o melhor que já vi. Ultrapassa mesmo a Lista de Schindler. Ontem estava a ver o nono episódio e fiquei chocado com uma cena em particular. Relata o modo como a Companhia Easy descobriu um campo de concentração e como tentou depois tratar dos sobreviventes. O campo tinha sido abandonado à pressa pelos soldados nazis, em fuga por causa do avanço das tropas aliadas. O estado dos judeus, polacos e ciganos que estavam naquele campo é indiscritível... Não sei se foi ou não exagero do Spielberg e do Tom Hanks, aquele campo era pavoroso. Numa altura em que há sinais de que alguns grupos de pessoas começam a descridibilizar o Holocausto, tentando criar a ideia de que poderá ter sido um mito da história e que os nazis talvez não sejam tão desumanos como se diz, é bom que as pessoas procurem em primeiro lugar os relatos daqueles que sofreram na pele as atrocidades do regime do Hitler. Antes de dar crédito a livros falaciosos cuja intenção é duvidosa, é bom que a nossa geração e as próximas gerações tenham acesso às histórias contadas na primeira pessoa daqueles que sofreram por culpa do ódio nazi às minorias étnicas, aos judeus ou aos opositores ao regime. Na série é dito que entre 1942 e 1945 os nazis assassinaram 5 milhões de pessoas de minorias étnicas e 6 milhões de judeus. Não sei se estes números estão correctos ou não e acho que não é por aí que temos que pegar. Aquilo que me parece relevante é que o ódio nazi pelos judeus e não só, foi real e causou as maiores monstruosidades da história da civilização ocidental (sim, eu sei que em África ou nos Balcãs também ocorreram genocídios, mas nenhum diz tanto à nossa civilização como este). Acredito, por aquilo que li acerca do assunto, tanto em livros de pessoas anónimas que passaram pela guerra, como em livros de historiadores, que as câmaras de gás e «a solução final» não são mitos. Acredito que por isso o esforço e as vidas dos soldados americanos, ingleses, escoceces, canadianos, australianos, soviéticos, dos países ocupados, etc não foram em vão! Para mim é como heróis que eles devem ser vistos!

Com esta conversa afastei-me um pouco da série... mas quanto a isso, o melhor é mesmo verem-na! E repito o que já tinha dito no outro post: "se alguém me quiser oferecer uma prenda e não souber o quê, ofereçam-me esta série! ;o) É tão excelente que ver só uma vez não chega!"

O Momento Político do Ano

Saibam qual foi para mim o melhor momento do ano no que diz respeito à palhaç..., perdão, à política. Esse momento é noticiado aqui e se puderem vejam o vídeo. É preciso o Real Player, mas vale a pena. Para além da contradição do ministro, que deu o mote a este momento de comédia, reparem também na postura e nos gestos dos outros deputados, esses senhores exemplares, a nata do bom português, a fina flor dos melhores representantes da pátria!

(Só encontrei a referência ao assunto e o vídeo no site da TVI, se encontrarem noutro sítio, deixem aí o link)

Ideia do Dia 2 - A Bica no Natal

Depois de uma noitada a abrir prendas, um tipo quer uma bica para reagir ao sono, mas o máximo que consegue é uma caneca daquele Nescafé caseiro que não dá para evitar que se passe o dia a bocejar... Que tal os cafés serem considerados estabelecimentos imprescíndiveis e serem obrigados a assegurar os serviços mínimos no dia de Natal?

Ideia do Dia 1 -Escafandro

Hoje tive vontade de pegar no escafandro e ir até à inauguração da estação de metro de Santa Apolónia!

Ideia do Dia 0

Isto de criar rubricas no blog é capaz de ter o seu lado positivo porque ajuda a estruturar aquilo que por aqui vou deixando. Decidi então apostar noutra rubrica: A Ideia do Dia! O meu cérebro produz em média uma ideia decente por dia. Há dias em que talvez a ideia não tenha tanto interesse, mesmo que seja decente. Por exemplo, ontem a minha ideia decente foi a seguinte: para perceber no que consistia uma estrutura geométrica que apareceu no livro a solução era interpretá-la como sendo o produto fibrado de um diagrama na categoria das variedades complexas. Mas às vezes acontece que a ideia decente que os meus neuronios produzem até é pertinente. Nesses dias ela será partilhada convosco!

Do amor

O que digo eu dele?

Digo pouco...

digo apenas,

num sussurro cheio de temor,

que o sonho!

Há momentos

em que fecho os olhos

e julgo vislumbrá-lo ao longe...

um maestro a compor a melodia

ao som da qual dançam duas almas

num oásis de felicidade infindável!

Noutros momentos

sinto-o perto...

quando passeio pelos campos

de geribérias, de rosas e de girassois

aquecido pelo sorriso do sol!

O que digo eu dele?

Digo pouco...

digo apenas,

num sussurro feliz,

que o hei-de abraçar!

Um Livro, Um Amigo 2 - Viagens No Tempo

Desta vez não falo só de um livro mas de uma colecção inteira. A minha colecção favorita de livros de aventura! Gosto bastante de história e delirava com as peripécias da Ana, do João e do Orlando, o cientista da AIVET (Associação Internacional de Viagens no Espaço e no Tempo). Li a colecção toda, mas recordo-me sobretudo de ficar até altas horas da noite a ler livros como "O Ano da Peste Negra", "O Dia do Terramoto", "O Sabor da Liberdade" e "Brasil! Brasil!". A Ana Maria Magalhães e a Isabel Alçada ficaram mais famosas pela colecção "Uma Aventura", que eu também li, mas para mim a colecção "Viagens No Tempo" era melhor. Estes livros tornaram-se meus amigos e por culpa deles aprendi história, sonhei com tempos e épocas do passado, vivi intensamente as aventuras das personagens e tive pesadelos com terramotos e tsunamis!

Recordar o futebol

Estou naquela fase da época em que me desiludo com o Benfica e deixo de ligar ao futebol. Quando chegar a Primavera e avançarmos na taça UEFA começo a recuperar a esperança e até sou capaz de ir ao estádio. Mas neste momento prefiro desligar-me da actualidade do clube. Chego ao cúmulo de preferir ver na Eurosport uma partida de snooker a ver um jogo de futebol. Ver na tv jogos de snooker profissional é coisa para me estragar a reputação (se é que tenho alguma). Mas talvez me consiga justificar. Gosto de jogar pool (o termo correcto para o jogo que encontramos em Portugal) apesar de quase sempre levar abadas e no snooker profissional há um ou outro jogador peculiar e que dão espectáculo a sério. Sobretudo um que dá pelo nome de Ronnie O'Sullivan, do qual me confesso fã! Bom, regressando ao futebol, já que o presente do Benfica não é nada agradável, aqui ficam dois vídeos para recordar o passado. São os vídeos dos dois melhores jogos do Benfica e selecção que vi até hoje:

Portugal 3 - Inglaterra 2, Euro 2000
Foi a competição que mais mexeu comigo e a derrota com a França nas meias finais foi das poucas vezes (talvez a única) em que o futebol me fez chorar. Tínhamos uma excelente equipa, com muita garra e vontade de vencer, que jogava o melhor futebol que vi na selecção e com grandes jogadores: João Pinto, Rui Costa, Figo, Paulo Sousa, Sérgio Conceição e (pasmem-se) Nuno Gomes. Quando o resultado estava 0-2 temi o pior: passou-me pela cabeça que sairiamos do Euro na fase de grupos e com resultados humilhantes. Mas demos a volta e acabámos por fazer um excelente jogo. Estive em Alvalade no 7-1 à Russia, num jogo em que tudo correu bem a Portugal, houve espectáculo e golos para todos os gostos. Mas na minha memória este jogo do Euro 2000 tem um destaque superior a qualquer outro jogo da selecção.

Sporting 3 - Benfica 6, Campeonato Português 1993/1994

Este não precisa de comentários! Melhor jogo que vi o Benfica fazer e melhor jogo que vi um jogador fazer.

Eles estão doidos!

Caros e caras, já há semanas tinha recebido um forward da minha mãe (que desde que aprendeu a enviar mails não quer outra coisa) com o artigo de António Barreto publicado no Publico a 25 de Novembro. Tinha pensado em colar aqui o texto, mas entretanto esqueci-me. Hoje de visita ao dias uteis reparei que por lá também se fez referência ao assunto. E decidi levar a minha ideia avante (espero que seja a primeira e ultima vez que digo uma palavra comuna neste espaço - não contando com as palavras "vermelho" e "encarnado" quando falo do SLB). Podem ler aqui o texto, com o qual concordo plenamente. (imagem do artigo retirada do blog http://cidadanialx.blogspot.com/).

Destaco esta frase, porque toca numa cidade que me diz muito:

«Nas feiras e nos mercados, tanto em Lisboa e Porto, como em Vinhais ou Estremoz, os exércitos dos zeladores da nossa saúde e da nossa virtude fazem razias semanais e levam tudo quanto é artesanal: azeitonas, queijos, compotas, pão e enchidos.»

Quando vamos a Estremoz, os meus pais aproveitam quase sempre para ir no Sábado de manhã ao mercado, comprar as belas azeitonas, os melhores chouriços e farinheiras que por cá se fazem ou os queijos de ovelha que o meu pai muito aprecia. De há uns tempos para cá, tenho a sensação que a qualidade tem diminuido um pouco e os vendedores, que são quase sempre os próprios produtores, sentem-se constragidos por terem que apresentar o produto segundo as regras impostas. As normas estupidas que têm sido impostas retiram alguma da magia que aquele mercado tem.

Podem argumentar que as normas são impostas para garantir higiene e qualidade na confecção dos produtos alimentares. Eu acho que estas normas têm um propósito implícito bem definido: favorecer os grandes restaurantes e os grandes hipermercados que se calhar até são os que mais vezes atropelam os regulamentos.

A Veia do Poeta

O Fraco

Impotente para travar
o destino
que ele próprio vai desenhando,
ele continua a
esfaquear
os próprios sonhos.
Continua a insistir
nas derrotas
auto-infligidas.
O som dos grãos de areia
que deslizam
na ampulheta da vida
torna-se sufocante.
Com raiva,
ele diz todos os dias que
«Amanhã!»
Mas... é «hoje»!
O segredo é conjugar a vida
no presente!

Livros

Hoje perdi a cabeça e fui a uma feira do livro que está instalada actualmente na gare do oriente e comprei livros! Um gajo que não está habituado a ter muito dinheiro, apanha-se com o "salário" da FCT e dá nisto! Nos ultimos tempos descobri que comprar livros é ao mesmo tempo uma das minhas actividades preferidas e uma das actividades que mais me angustia. É desesperante ver tanto livro e ter apetite para ler tanta coisa e ter que seleccionar de entre tudo aquilo o que realmente nos interessa. Hoje acabei por não comprar nenhum dos que tinha planeado aqui. Comprei quatro para mim e um para oferecer à minha irmã. E ficaram outros tantos em lista de espera. Acabei por escolher "A Insustentável Leveza do Ser" (por conselho de um amigo), "Hans" de Hermann Hesse (para ficar a conhecer um dos mais famosos autores do século XX), "Enquanto Salazar dormia" (este já o tinha debaixo de olho há meses) e "Memórias de um Escravo Americano" (uma autobiografia não podia faltar). É verdade que em tempos já li mais do que leio hoje. Mais ou menos entre os 10 e os 16 ou 17 anos devorava livros. Depois durante a faculdade a leitura tornou-se mais irregular. Muitas vezes durante o tempo que não estou a estudar prefiro fazer algo menos exigente como ver um bom filme ou apenas ouvir musica. Mas mesmo assim adoro ler e adoro ficar preso a um bom livro! Estou ansioso por ler estes quatro e ficar a saber se podem ou não ser candidatos à categoria "Um Livro, Um Amigo".

5 Filmes

Ora anda aí mais uma cadeia pelos blogs: referir 5 filmes de que tenhamos gostado. Para responder ao desafio do Hugo vou escolher 5 filmes que não são necessariamente os meus filmes preferidos, são filmes de que gostei. No meu blog já referi alguns filmes de que gostei imenso. Se clicarem ali ao lado na etiqueta "cinema" podem recordá-los. Provavelmente aí sim encontrarão referências aos meus filmes preferidos. Mas para não falar dos mesmos, aqui ficam outros 5 filmes de que gostei:

• Apanha-me Se Puderes - um filme genial que relata uma história verídica, com interpretações topo de gama de Tom Hanks e Leonardo Di Caprio
• Elizabeth - um excelente filme histórico sobre a subida ao trono da Rainha Elizabeth. Talvez o meu filme histórico preferido
• Ocean's Eleven/Twelve (ainda não vi o outro) - um grande elenco, em filmes com acção e humor. Obrigatório para quem quer ter sucesso no mundo do crime.
• Space Jam - um dos filmes da minha adolescência porque adorava a NBA e os Looney Tunes
• Shine, Simplesmente Genial - um dos 4 ou 5 excelentes filmes que vi sobre a vida de um músico.

Frio

Aqui faz frio
O inverno apoderou-se de mim
O ânimo escondece-se atrás do nevoeiro
Tudo me sabe a gelo e a escuro
Aqui neste pedaço de deserto polar
Nesta solidão glaciar que me envolve
Nesta prisão estéril de esperança

Mais logo
Quem sabe
Uma lágrima quente a rolar pela alma
Um raio de sol a derreter o gelo
Um esboço de sorriso
Um sonho
Um sinal de primavera

Mas por enquanto, aqui faz frio!

África

O continente africano é uma vergonha para o mundo ocidental. Aquilo que os colonos europeus lá fizeram e aquilo que actualmente não fazemos por África, não abonam nada a favor de uma civilização que se diz desenvolvida. Em África cada estado ou região tem os seus senhores intocáveis, cujo poder se perpetua nem que seja através de actos nada éticos, dando-se ao luxo até de virar as costas aos direitos humanos. Senhores cujo principal interesse é alimentar a ambição de uma pequena trupe de apoiantes que controlam tudo aquilo que é relevante no país. Senhores que têm a lata de vir passear a Portugal com comitivas de centenas de pessoas, reservando hotéis de luxo inteiros para acomodar principescamente os membros da comitiva, enquanto a larguíssima maioria da população vive enfrentado a pobreza extrema.

Chegando à Europa, os senhores das nações africanas são recebidos pelos líderes europeus com toda a honra e pompa. Com palmadinhas nas costas. Como se fossem governantes exemplares e fosse possível, honestamente, reconhecer-lhes algum mérito. Os senhores engravatados da Europa recebem-nos preocupados em causar boa impressão para que as negociações possam correr bem. Negociações centradas nos interesses económicos da própria Europa. No fim as palavras dedicadas à situação do povo africano serão poucas e vagas. E desta cimeira, como de todas as outras, nada resultará que mude a realidade de África. Não acredito na política internacional, não acredito na diplomacia, não acredito que o ocidente esteja disposto a abrir mão dos seus próprios interesses para lutar por uma África democratizada, onde a riqueza possa ser distribuída por toda a população e não ser um direito apenas de uns quantos, os donos de África.

Entretanto, as crianças em África continuam a sorrir, com esperança...

Um Livro, Um Amigo 1 - A Saga De Um Pensador

Este talvez seja o livro que mais me fascinou nos ultimos 2 ou 3 anos. O autor é Augusto Cury, um psiquiatra brasileiro com livros escritos em várias vertentes. Este foi o seu primeiro romance, talvez com alguns traços autobiográficos. A personagem principal do livro aprende a viver a vida do modo que eu acredito que a vida deve ser encarada. É um livro intenso, que aborda questões profundas mas de um modo simples. Torna-se inspirador perceber que ao longo da história a personagem se transforma em alguém que consegue aproveitar a vida ao máximo, torna-se livre para ser ele próprio, provocando uma revolução de mentalidades, primeiro nele e depois nos que estão à sua volta.

«Em seguida, questionou a plateia.

- O que é mais importante para formar um pensador: a dúvida ou a resposta pronta?

- A dúvida! - responderam em coro.
- O que ensinam vocês?

Surpreendidos com a pergunta, a grande maioria dos professores de Direito, Psicologia, Sociologia, Engenharia e Pedagogia disseram com honestidade:

- A resposta pronta.

- Senhores, desculpem-me, mas ainda que não tenham consciência disso, por transmitirem o conhecimento pronto, vocês estão a formar repetidores de ideias e não pensadores. O sistema académico tem aprisionado o ser humano e não libertado a sua inteligência.

(...)

- O sistema académico não precisa de concerto, mas de uma revolução. Ele gera gigantes na lógica, mas crianças na emoção. Os alunos não aprendem a libertar a criatividade, a ser empreendedores, a lidar com riscos e desafios. As faculdades ensinam a amar o pódio, mas não ensinam a usar as derrotas.»

Um Livro, Um Amigo - 0

No meu quarto tenho várias estantes atafulhadas de livros, cadernos, dossiers, folhas soltas, algumas prendas especiais que me deram, etc... Para os livros reservei uma meia dezena de estantes. Em duas delas estão livros diversos, livros oferecidos (alguns deles ficam a meio), livros de aventuras que guardei da minha adolescência, obras obrigatórias para a escola, romances que eram da minha mãe, livros que também "roubei" à minha mãe e que abordam várias questões do cristianismo, etc... Tenho também uma estante cheia de livros de matemática do secundário e básico porque a minha mãe em tempos foi professora e deu-me a tralha toda dela. Tenho noutra estante os livros que utilizei durante a licenciatura, alguns livros da gradiva de divulgação da ciência, alguns livros de ensino de inglês do Wall Street, etc... E na ultima vez que arrumei o quarto (eu diria que foi ontem, mas a minha mãe diria que foi no século passado) desocupei uma estante de propósito para colocar lá um outro género de livros. Os livros que de algum modo marcaram profundamente a minha vida. Para um livro pertencer a essa categoria, tem que ser mais do que um simples livro. Tenho que o ver como um amigo! Decidi criar uma nova rubrica no meu blog dedicada a estes livros. De tempos a tempos escolherei um deles e partilharei com vocês aquilo que ele significa!

1 de Dezembro

Eu e os amigos da faculdade decidimos escolher uma data para, todos os anos, nos encontrarmos para um almoço! A ideia é que daqui a uns anos almocemos neste dia todos juntos com as crianças a correr à nossa volta enquanto recordamos os tempos do curso de matemática... Alguns de nós já nos vemos muito poucas vezes e este almoço começa já a ganhar grande significado! Faz parte da guerra que temos que fazer à rotina da vida para não perdermos o contacto uns com os outros. Podem achar que isto é um cliché estupido, mas eu adoro estes almoços. Este ano tivémos "a terceira edição" num restaurante agradável em Monsanto, onde nos fartámos de comer (mas também pagámos bem). Foi um dia excelente que terminou em frente aos plasmas das Twin Towers para assistir ao Benfica-Porto. Só o resultado do jogo é que foi desagradável...

Pérola

Nos últimos dias tenho tido curiosidade em saber mais acerca de pérolas. Não, não vos vou falar naquele romance horroroso do John Steinbeck que muitos de nós tivemos que ler. Tive pesadelos com escorpiões por culpa desse livro. Os programas de língua portuguesa deviam incluir livros com relevo histórico e literário inquestionável, em vez de coisas como "A Pérola"... mas isso fica para um outro post. Bem, fui à Wikipedia portuguesa ver o que se diz acerca das pérolas. Aqui ficam os dados mais relevantes:

Uma pérola (também designada por margarita) é um material orgânico duro e esférico produzido por alguns moluscos, as ostras, em reação a corpos estranhos que invadem o seu organismo, como um grão de areia. É valorizada como gema e trabalhada em joalharia.

As pérolas de melhor qualidade encontram-se no Golfo Pérsico (pérola do oriente). Existe também extração na Índia e Sri Lanka, na Austrália e na América Central. As pérolas cultivadas são produzidas em larga escala no Japão.

As pérolas têm que ser armazenadas separadamente das outras peças, envolvidas em tecido. Limpe-as com um pano húmido e evite produtos químicos da casa, produtos para os cabelos, cosméticos e perfumes pois tiram o brilho das pérolas.

A pérola é a gema dos amantes. Dizem que foi usada em "poções" do amor por séculos e se usada enquanto estiver dormindo, terá sonhos de romances verdadeiros. Protege a inocência e simboliza a pureza. A palavra, em sentido figurado, significa "pessoa muito bondosa ou de distintas qualidades; lágrima; gota de orvalho.

Benfica 1 - Milan 1

Não foi com uma tosta mista e uma green, acabou por ser com um capuccino, que vi o Benfica fazer uma exibição muito boa frente aos campeões europeus! Foi o melhor jogo que vi a uma equipa portuguesa esta época (contando até com as exibições espantosas da selecção...). Contra a equipa europeia mais difícil de defrontar, jogámos muito bem! O Milan esteve bem até marcar e depois não se viu mais, à excepção de dois contra-ataques já perto do fim! A partir do golo do Milan, o Benfica tomou conta do jogo, ganhou as lutas a meio campo, correu mais, pressionou bem, criou situações de golo e, na minha opinião, merecia ter ganho por mais do que um golo de vantagem. A inexperiência de alguns jogadores e os remates que teimaram em sair à figura, impediram um resultado melhor! Mesmo assim, apesar de não termos ganho, estou contente com a equipa e com o Camacho. Acredito que com este plantel, com este treinador e com esta atitude estamos no bom caminho para criar uma equipa que discuta os troféus e jogue bom futebol!

Esperem um minuto, vou ali assoar-me...

... ok já está! Mais um lenço de papel gasto! Hoje estou em casa a tentar combater uma constipação longe das correntes de ar e do aquecimento das salas da FCUL. Estou a trabalhar no meu quarto enquanto ouço Norah Jones! Maldita constipação! O ano passado, após insistência da minha mãe, levei a vacina da gripe. É verdade que é eficaz: passei todo o Inverno sem vestígios de gripe ou constipação. Este ano decidi não levar a vacina porque não pertenço aos grupos de risco e o stock é limitado. Mas parece que está a acontecer o que eu temia: as minhas defesas estão mais fracas porque o ano passado o meu sistema imunitário não precisou de produzir anti-corpos contra a gripe. Não sei se esta interpretação da coisa é demasiado simplista ou se neste caso o meu senso-comum tem razão. O que sei é que ainda estamos em Novembro e já conto duas fortes constipações! Espero que o número não aumente... Espero também que este dia em casa, o paracetamol, o Rhinomer e a Norah Jones me ajudem a melhorar. Tudo me parecerá menos ruim se logo à noite o Benfica ajudar! Aliás, essa vai ser a minha grande aventura de hoje: vestir um casaco quente, conferir os trocos da carteira e ir até ao café ver o SLB defrontar o actual campeão europeu enquanto como uma tosta-mista e bebo uma green.

O Que Sabemos (conferência de R. Feynman)

De todas as personagens da história da ciência cuja história conheço razoavelmente, há meia duzia que estão no topo do meu fascínio: Einstein, Newton, Poincare, Grothendieck, Andrew Wiles... Há ainda alguns que conheço mal mas que tenho impressão de terem sido geniais e igualmente fascinantes: Hilbert, Godel, Sthefen Hawking, Oppenheimer, entre outros. Mas se tiver que eleger o cientista que mais me fascina, escolheria Richard Feynman.

Ora, hoje fomos ao teatro do politécnico (no museu da ciência) ver «O que sabemos (conferência de R. Feynman) » e valeu a pena! Como disse o Miguel, para quem já tinha lido muito acerca do Feynman (e eu sou um deles) não se falou de nada que não soubessemos já. No entanto, eu achei que a interpretação foi 5 estrelas e que contribuiu para aumentar o meu fascínio em relação ao Feynman. Para quem nunca leu nenhum dos livros dele, esta peça é uma óptima maneira de o conhecer!

Tiros Nos Pés

Este era um senhor que eu gostava de ouvir falar. Habituei-me a ouvir as "lições" do professor Marcelo já desde os tempos da TVI. Era uma boa maneira de ouvir um resumo da actualidade política (e não só) feito por uma pessoa respeitada e cuja opinião muitas vezes ajudou a definir a minha própria opinião. É uma personagem que tem algo de fascinante. Há um ligeiro mito à volta do professor, porque segundo aquilo se sabe tem alguns hábitos bizarros para um catedrático em direito e destacado político. Coisas como fazer surf, dormir 4 horas por noite, ler dezenas de livros por semana, parecer que sabe de tudo um pouco... No entanto o professor ultimamente tem sido fértil a dar tiros nos pés. Para mim a coisa começou a descambar durante o período de debate acerca do aborto. Eu até votei não. Mas a certa altura o professor enrolou-se muito nos seus argumentos. Disse muitos disparates, os movimentos do «sim» pegaram nisso, criticaram-no, ele continuou a dizer disparates e a argumentar de modo estranho. Houve uma fase do debate em que eu até fiquei a duvidar se o «não» seria realmente a opção correcta e o professor teve culpa nessa minha hesitação. No fim, a lógica do «não» já não me convencia e tive que lançar a lógica para trás das costas e votar segundo a minha consciência (para mim a consciência é mais fiável que a lógica). Depois dessa fase do aborto, o professor voltou a estar em destaque pela negativa durante o período eleitoral do PSD. O apoio que deu a Marques Mendes pareceu funcionar ao contrário e contribuir para a vitória de Luis Filipe Menezes. E o pior foi o que aconteceu depois: a crítica absurda e ofensiva que fez a Manuela Ferreira Leite, acusando-a de ter sido a culpada da vitória de Luis Filipe Menezes. Ela sempre apoiou Marques Mendes e só não o fez de modo mais visível porque preside o conselho nacional do PSD que é suposto ser um orgão isento dentro do partido. Ela sempre teve uma postura correcta na política, não merecia. Este episódio parece-me que apenas contribuiu para descredibilizar o professor. Acho que são cada vez menos as pessoas que o ouvem.

P.S Agora raramente vejo o programa do professor. Hoje estava a jantar com a tv ligada na RTP, mas estava distraído, sem ligar ao que ele dizia. Num bocado em que estive mais atento ouviu-o dizer um disparate em relação a futebol. Quem tem a mania de que sabe tudo arrisca-se a isto. Dizia ele que o grupo que calhou a Portugal para a fase de apuramento para o mundial 2010 é muito acessível. Bem, até podia dizer que é um grupo em que Portugal tem boas hipóteses, mas passou a ideia de que é o grupo mais fácil que nos podia calhar, o que para mim é um enorme disparate.

Algebra = Headache

"At the moment I am struggling with the theory of D-Modules. If only I knew more algebra!" (*)

Esta frase é o meu lamento actual! Não esperava que as minhas maiores dificuldades nesta fase fossem na parte algebrica da coisa... A algebra pode ser lixada e o mais estranho é que durante os últimos 5 anos não me apercebi disso. If only I knew more about categories and homological algebra...

( *) Adaptação de uma frase de Schrödinger usada pela minha professora de física como exemplo do "carinho" que os físicos têm pela matemática: "At the moment I am struggling with a new atomic theory. If only I knew more mathematics!"

Uma Espécie de Mau Futebol

Dizem que no sábado passado Portugal jogou com a Arménia e até venceu por 1-0. Eu não vi. Estive a ver um jogo sui generis transmitido na RTP1 entre 11 barbies e 11 toscos parecidos com os irmãos metralha. Não cheguei a perceber que desporto era aquele até porque me pareceu algo aborrecido e fiz um pouco de zapping para acompanhar o Daily Show. Tinha algumas semelhanças com o futebol. Por exemplo, eram 11 contra 11 e havia lá um gajo que até tinha um apito... e assim de repente não me lembro de mais nenhuma semelhança. Fiquei realmente intrigado sobre o desporto que se estava a praticar naquele recinto em Leiria! Seria ballet? Passagem de modelos? Turismo? Ou imitadores dos homens-estátuas da Rua Augusta?

É que não me venham dizer que aquilo era futebol! Eu arranjava 10 amigos portugueses (i.e. pessoal que sabe o que significa talho e nunca ouviu falar em açougue) e fazíamos melhor figura.

Legenda da foto: a rainha das barbies! Se eu fosse o António Veloso (para quem não sabe, o António Veloso é o pai deste rapaz e foi um excelente jogador e capitão do Benfica) obrigava o filho a rapar o cabelo e pedia ao Bynia que lhe fizesse na cara uma cicatriz à moda do Ribery. Era da maneira que o rapaz ficava feio (se é que ele não o é) e de uma vez por todas ía perceber que não pode ser ao mesmo tempo modelo e um bom jogador de futebol.

Gripe

Agora anda tudo por aí a combater a gripe e não há quem combata esta "coisa"?

É com cada molha que um gajo apanha ali em baixo!! Cá para mim esta bodega arquitectónica foi promovida pela ordem dos médicos, para garantir trabalho à classe.

Velhice

Estou em casa com pijama de Inverno e com uma sweat por cima do pijama. Mas tenho frio! Calço outro par de meias e sinto-me muito melhor! Mas dois pares de meias em Novembro quando ainda não estão menos de 10º?!?! Estou a ficar velho!

A Febre do Blog

Eis que de repente tenho vontade de escrever 3 posts. São 3 "curtas" que, se eu fosse esperto, guardava para os próximos dias de modo a fazer render o peixe. Mas quando a inspiração nos toca e quando as temáticas (esta palavra tem o seu quê...) nos seduzem, o melhor é não resistir! Os posts vêm dentro de momentos!

P.S. Passei a assinar os posts com David em vez de epsilon, que era uma herança dos tempos de mIRC.

Happiness

Consumismo

Ando com tendências fortemente consumistas! Tenho vontade de comprar uma montanha de coisas e por enquanto tenho estado bastante contido... fosse eu mulher e um dia destes dava-me a neura e lá se ía o "plafon". Se os leitores deste blog me quiserem oferecer um presente, ficam aqui algumas sugestões:

• o novo cd da Alicia Keys
• o novo cd do Andrea Bocelli
• o novo cd da Paula Oliveira
• O Livro do Desassossego de Bernardo Soares
• Um livro qualquer do Bill Bryson, preferencialmente em inglês (estou curioso para ler alguma coisa dele)
• O livro “Como o futebol explica o Mundo: um olhar inesperado sobre a globalização” de Franklin Foer
• Bilhete para qualquer jogo do Benfica (se for para o Benfica - Porto, melhor!)
• Bilhete para o concerto da Alicia Keys no Pavilhão Atlântico, que será em Março do próximo ano
• Também já me soou aos ouvidos que o Michael Buble pode cá vir no próximo ano, se isso acontecer podem oferecer-me 2 bilhetes ;o)
• Uns ténis para futsal (amanhã tenho uma jogatana com os amigos e vou ter que usar um ténis esburacado)

Se os vossos pais não são ricos e o vosso banco não é o BES, contento-me com uma caixinha de pastilhas elásticas, de preferência Chiclets Ice de Canela.

Porque é que...

...quanto mais durmo mais sono tenho?

Muita Lata

E o prémio para Gajo Cheio De Lata 2007 vai para: Pervez Musharraf! Ora deixem lá ver:

1. É presidente do Paquistão desde 1999 depois de derrubar o governo constitucionalmente eleito de Nawaz Sharif através de um golpe de estado
2. Em Setembro deste ano mandou prender Nawaz Sharif quando este regressou ao país
3. No início de Novembro decretou o estado de emergência que automaticamente suspende as eleições parlamentares marcadas para início do próximo ano
4. A ex-primeira ministra Benazir Bhutto regressou também ao país e Musharraf tem-na mantido em prisão domiciliária
5. Tem impedido todo o tipo de manifestações convocadas pela oposição e tem ordenado a prisão de dezenas de apoiantes de Nawaz Sharif e Benazir Bhutto

E Musharraf justifica estas acções dizendo que a democracia do país está em perigo e que tudo o que tem feito é para garantir que o Paquistão seja uma nação democrática...

Monarquia vs República

Já uma vez por aqui escrevi acerca do meu ligeiro fascínio pela monarquia. Sou a favor da monarquia e por uma razão simples: entre ter um presidente que não faz nada e um rei que não faz nada, prefiro um rei! É muito mais... romântico! Além disso há o outro motivo muito forte: a princesa Ranya da Jordânia passaria a visitar Portugal com mais frequência! Mas este fim de semana finalmente percebi porque não podemos ter monarquia em Portugal: o Duartezinho nunca mandaria calar o Hugo Chavez e um rei sério tem que ter coragem para isso. Imaginem que um dia numa cimeira dos países de língua oficial portuguesa, ou algo do género, o Lula da Silva ou o José Eduardo dos Santos começam a chamar incompetente ao Santana Lopes. Estão a ver o Duarte a intervir com um irritado "Porque não te calas!?!"? Pois, eu também não. No caso do nosso Duarte-mascote, lá em casa deve ser a Isabelinha que o manda calar!

P.S. se bem que no caso de algum gajo chamar incompetente ao Santana, o rei só cairia nas boas graças do povo se o aplaudisse!

Selecção Portuguesa? Ou "os amigos de Scolari"?

Usurpar: apoderar-se astuciosa ou violentamente de uma coisa de que alguém legitimamente usufruiu ou que lhe pertence; alcançar sem direito; adquirir por fraude; estar a possuir ilegitimamente.

Na história da convocação do Pepe para a selecção portuguesa, o menos culpado até é o jogador que se limita a procurar aquilo que é mais conveniente para ele. Culpados são os que permitem que isto aconteça! Se eu fosse jogador de futebol profissional o meu sonho máximo seria representar a selecção portuguesa e deixar todo o meu suor dentro do campo sempre que jogasse com as nossas cores. Com histórias como a do Pepe, o que é que sentirão jogadores genuinamente portugueses como Ricardo Rocha, Tonel, Zé Castro e até Manuel da Costa ? (este último apesar de ter crescido na França e jogar actualmente na Holanda, tem feito percurso na selecção de esperanças e tem muito mais legitimidade que o Pepe para ter um lugar na selecção A - e cá para mim até vai ser melhor central que o Pepe). E o que sentirão as centenas de miúdos que diariamente treinam, aprendem, crescem e sonham com a selecção? Será que vale a pena ter esse sonho? Andamos a brincar às selecções ou quê?

Dia Quase Perfeito

Hoje fiquei a trabalhar em casa. Um dia por semana consigo ficar em casa sem me distrair, desde que estabeleça na véspera objectivos específicos. Ficar em casa tem a grande vantagem de poder dormir um pouco mais, já que não perco as habituais duas horas por dia em transportes públicos. Hoje passei o dia em frente ao computador a preparar uma apresentação que irei fazer na próxima semana sobre aquilo que tenho estado a estudar. Fui ouvindo muita música (a minha perdição mais recente são os Madredeus) e o trabalho correu bastante bem! Mais uma hora de trabalho depois de jantar deverá ser suficiente para ficar com a apresentação pronta.

Pelo meio visitei alguns dos meus blogs preferidos e encontrei um blog que, à primeira vista, me parece muito bom. Para quem é apaixonado por futebol aconselho: FootballDependent. Já adicionei o link no meu blog e assim que tiver uma horinha livre vou ler os posts antigos. O autor parece saber apreciar o futebol para além do próprio clube (é benfiquista o que também ajuda) e tem uma cultura futebolística acima da média! Fiquei mesmo com excelente impressão deste blog.

Para além de navegar pela net, as minhas outras pausas foram para a "bica" e para ir ao Stapples comprar uma mochila para o pc (se não o meu ombro esquerdo chegava ao nível das ancas por causa do peso da mala a tiracolo). Resisti a gastar mais umas dezenas de euros num quadro para o meu quarto. Na sala do Departamento de Matemática da FCUL onde trabalho habitualmente tenho usado o quadro com alguma regularidade para resolver problemas pendentes... Esta tem-se revelado uma tática eficaz! Hoje não era um bom dia para gastar dinheiro no quadro, mas é possível que nas próximas semanas compre um.

Ao fim da tarde fui correr. Nas últimas semanas este tem sido o meu desporto. Inscrevi-me para natação livre nas piscinas de Vila Franca mas ter que usar o carro para lá ir acaba por ser uma desvantagem. Assim, tenho optado pela corrida: visto uns calções e uma t-shirt, ténis calçados, mp3 com Jamiroquai, Djavan e Ala dos Namorados e lá vou eu até ao jardim de Vila Franca.

Dou algumas voltas ao jardim, já com o anoitecer a roubar aos poucos a luz do dia. Corro junto ao Tejo, passando por alguns barcos pequenos, vendo ao fundo as luzes das casas e das vilas da outra margem, pisando as folhas que o Outono espalha pelo chão, ouvindo boa música... Sabe muito bem! Parece que ali, sozinho, encontro uma parte de mim! Faço uma pausa para descansar e um senhor de idade passa por mim, também ele no seu jogging, e dispara um agradável "Boa Noite". Desejei-lhe também "Boa Noite" e fiquei contente com o gesto do senhor, que não conhecia de lado nenhum. Voltei a correr, já com a noite escura e as luzes dos lampiões acesas a multiplicar as sombras ao sabor do vento. Dou a ultima volta ao jardim enquanto no mp3 passava a música "Ao Sul" da Ala dos Namorados (a versão de "Ao Sul" no concerto ao vivo no São Luiz é uma das minhas músicas preferidas). A letra joga bem com o momento:

Ao sul
À procura do meu norte
Subo as águas desse rio
Onde a barca dos sentidos
Nunca partiu

Lá longe
Inventei o dia azul
E o desejo de partir
Pelo prazer de chegar
Ao sul

Cada um tem a sina que tem
Os caminhos são sempre de alguém
Ao sul

Ao sul
Entre dois braços abertos
Bate um coração um coração maltês
Que se rende, que se dá
De vez

Por amor
Corto os frutos que criei
Corto os ramos que estendi
Pela raíz que abracei
Ao sul

Cada um tem a sina que tem
Os caminhos são sempre de alguém
Ao sul

Voltei para casa, tomei duche e tive vontade de vir escrever este post. Para dizer que, para um dia de trabalho, este dia tem sido quase perfeito. Só que ficar em casa tem uma grande desvantagem...

Obrigado

Para finalizar estes posts sobre o fim de semana passado, uma palavrita para os companheiros de passeio: merci! Nós fazemos um grupo fenomenal! ;o)

Pena a foto estar meio torta e ter apanhado aqui do lado esquerdo um carro abandonado, sem farol, mas mesmo assim gosto dela!

Porto

Sobre o Porto há muito mais a dizer! Há séculos que não ía lá. Ainda tinha aquela impressão de criança de que o Porto é uma cidade muito cinzenta. Aliás, há muita gente que tem a mesma impressão, parece-me que é uma espécie de mito que tem o seu quê de verdade, mas que não pode ser levado à letra porque o Porto tem zonas espectaculares... Arrisco mesmo a dizer que tem um encanto que Lisboa não consegue ter. A minha impressão depois deste passeio é que Lisboa é uma cidade maior, mais moderna, mais cosmopolita. O Porto é uma cidade mais bairrista, talvez com um ambiente mais antigo e, por isso, um pouco mais cinzento. Mas é ao mesmo tempo uma cidade muito bonita. O Douro tem ali qualquer coisa que o Tejo não consegue ter... talvez por ser muito mais estreito e por termos Gaia logo ali, como se na realidade estivessemos numa cidade dividida em dois... O Porto visto dos Clérigos ou, ainda melhor, visto dos jardins do Palácio de Cristal faz-me lembrar as imagens de outras cidades europeias. Cidades que eu pensava não existirem em Portugal! Gostei! =)

Aveiro

No último fim de semana passeámos, neste recordamos! Aqui ficam algumas fotos tiradas em Aveiro e no Porto, cidades que eu já não visitava há muito muito tempo. O local mais a norte que tinha visitado nos últimos anos foi a Serra da Estrela. Os meus passeios e férias são sempre mais virados para a zona centro e Algarve.

Comecemos então por Aveiro. Cidade engraçada que tem uma zona comercial muito bonita, provavelmente das mais bonita do país, junto a um dos canais da ria, onde um ou outro moliceiro dão à paisagem um tom pitoresco, e junto às pastelarias onde se vendem os famosos ovos moles. Não sou grande fã, para conseguir comer mais do que um será preciso acompanhar com um café pouco açucarado. Aveiro pareceu-me uma cidade bastante agradável. Uma óptima opção para os estudantes universitários, sobretudo os que gostam de ciências e novas tecnologias.

Finite Simple Group (of Order Two)

Entretanto, nas minhas andanças pela blogosfera encontrei no blog do meu colega e amigo Carlos um curioso grupo musical. Aqui fica mais um post não feito por mim. Mas Jaime a este és capaz de achar piada!

Aqui está a letra para quem, como eu, tem dificuldade em perceber o inglês cantado.

Feriado

Hoje é feriado mas tinha pensado em trabalhar para compensar outras alturas em que trabalhei pouco. Mas tenho passado o dia em frente ao pc a fazer nada! Vou de blog em blog, vou variando a banda sonora do meu dia, desde Michael Buble, passando por Jamiroquai e Ivan Lins, até chegar à Diana Krall. De vez em quando penso em fazer algo mais produtivo. Já abri um ficheiro TeX para começar a preparar um resumo dos capítulos 1 e 2 do meu companheiro inseparável das últimas e das próximas semanas: «D-Modules and Microlocal Calculus». Mas estou sem paciência. Podia estar a estudar o capítulo 3, mas estou sem lucidez. Sinto a minha mente constantemente perdida, a vagabundear por aí.

Amanhã começo oficialmente o meu doutoramento, em termos de faculdade e em termos de bolsa (se bem que essa, como é apanágio do bom português, chegará com retroactivos). A partir de agora preciso de auto-disciplina... Não há nenhuma farmácia que a tenha à venda? Ou alguém que me empreste um pouco disso? Ou um manual dos "7 passos para a auto-disciplina" que funcione? Das duas uma: ou me torno um tipo atinado que tem um objectivo e faz tudo por ele ou então, como me dizia um professor meu, daqui a uns anos cá andarei atolado em propinas pagas à minha conta, a tentar que a faculdade me deixe terminar fora do prazo um doutoramento no qual não investi a tempo. Bem, cá estarei para contar a história.

Entretanto ainda são 16:47, ainda há tempo para fazer algo de útil hoje. Mas estou com uma espécie de irritação estúpida que me impede de concentrar... apetece-me ver TV, ou ir correr, ou ir estudar o capítulo 3, ou sair do quarto e ir chatear a minha irmã, ou ir alugar um filme, ou ir nadar, ou ir estudar francês... mas ao mesmo tempo há uma parte de mim que não tem vontade nenhuma de fazer estas coisas! C'est la vie!

Epah não sei que título hei-de dar a este post

Este fim de semana não há posts, não há blog, não há net! Vou divertir-me que também sou gente! Vou fazer duas coisas que adoro: estar com amigos e conhecer outros sítios (já por lá estive em criança, mas não me lembro, será como ir pela primeira vez)! Quando voltar talvez hajam umas fotos interessantes para postar ou episódios engraçados para contar.

Por agora, levam com mais um post com um poema não escrito por mim e uma música não cantada nem tocada por mim. Os tipos do gato fedorento costumam dizer que os "tesourinhos deprimentes" são a melhor parte do programa, já que não é feita por eles. Eu posso dizer o mesmo em relação a estes posts! Podem parecer posts fáceis... um gajo vai ali ao Youtube ou a um site sobre o Fernando Pessoa e faz um copy/paste e já está! É quase como se os posts surgissem por geração espontânea. Mas, de facto, são os posts que não têm o meu dedo que vão servindo para dar alguma qualidade a este blog. (este post já está a ficar pouco fofo porque já estou a escrever demais) Aqui fica então um poema do Álvaro de Campos:

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

E agora uma música...

Isto é futebol!

Há uma palavra que anda actualmente na boca de todos os apaixonados por futebol: Arsenal! Se há equipa que entra em campo para dar espectáculo, é esta equipa de Londres. Jogadores jovens, com muita técnica, velocidade e objectividade. Alguns deles têm aquela genialidade rara no futebol. Nos próximos anos vamos ouvir falar muitas vezes em Fabregas, Hleb, Van Persie e Walcott. Esta equipa cresceu nos últimos anos há volta daquele que para mim foi o melhor jogador que vi jogar, o Henry. Mas neste Verão o Henry saiu para o Barcelona e os jogadores mais novos explodiram! Estão a jogar como há muito não se via uma equipa a jogar na Europa. São jogadores ainda inexperientes e não sabemos se aguentarão a pressão de estar à frente da Premier League e de serem (os grandes) candidatos a ganharem a Champions. Mas é inegável que o futebol que eles praticam é invejável. Vale a pena vê-los jogar. É uma das poucas equipas cujos jogos valem o preço dos bilhetes! Ir ao futebol pode ser muito parecido com ir a um concerto de música clássica. É preciso é que os executantes sejam bons, a orquestra toque em harmonia e o maestro saiba controlar o ritmo e intensidade de jogo! No Arsenal tudo isto está a funcionar muito bem! Quem me dera viver em Londres...

Aconselho a leitura da crónica do Luís Freitas Lobo sobre o Arsenal no seu excelente blog, o Planeta Futebol. O Freitas Lobo é um dos melhores comentadores e estudiosos do futebol em Portugal. O homem sabe mesmo muito de bola e nota-se que é apaixonado pelo futebol. Diz ele quando o Henry baixou de forma e acabou por sair do Arsenal «do novo ordenamento do território, renasceu o estilo sedutor que após dez anos com Wenger está completamente apreendido.» Diz ainda, referindo-se, julgo eu, aos últimos anos do Arsenal, que «a superioridade moral do jogo do Arsenal, mesmo nas derrotas, nunca foi posta em causa.» É uma análise com a qual concordo. Para mim, depois das equipas que no Real Madrid ganharam 3 ligas dos campeões no final dos anos 90 e início do novo milénio, este Arsenal dos últimos 4/5 anos é a melhor equipa da Europa.

Ontem ganharam 7-0 ao Slavia de Praga. Deixo aqui o vídeo. É verdade que nalguns golos tiveram alguma sorte, mas peço-vos que reparem no 6º golo! É um lance que devia aparecer em todos os manuais sobre "o que é o futebol". É o futebol no seu estado mais bruto e belo!

Alicia Keys

Com os desejos de uma excelente semana para todos, aqui fica um vídeo da participação da Alicia num MTV music awards! Os music awards e os grammys têm momentos únicos!
Se pensas que sabes cantar então ou nunca ouviste a Alicia Keys, ou és a Norah Jones ou tens uma interpretação muito pouco exigente da palavra "saber" =P




E agora um momento de sonho numa noite de Grammys: Alicia Keys e Stevie Wonder a cantar juntos! Bem que podiam repetir o dueto mais vezes.



P.S. É nestas alturas em que dá jeito ao Stevie Wonder não poder ver... é que caso contrário, com a Alicia "vestida" daquele jeito, era impossível ele concentrar-se.

Se Eu Pudesse Recomeçar Minha Vida

«Se eu pudesse recomeçar minha vida, tentaria cometer mais erros. Encontraria tempo para relaxar. Seria mais transigente. Seria mais tolo do que tenho sido. Levaria poucas coisas a sério. Viajaria mais. Escalaria mais montanhas, nadaria mais e contemplaria mais crepúsculos. Faria mais caminhadas e observaria a natureza. Tomaria mais sorvetes e comeria menos feijão. Teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Sou uma daquelas pessoas que vive de maneira regrada, sensata e racional, hora após hora, dia após dia. Oh, já tive bons momentos; e, se eu recomeçasse minha vida, teria muitos outros. Na verdade, eu não tentaria ter mais nada. Apenas viveria um momento após o outro, em vez de viver diariamente os anos seguintes. Sou aquele tipo de pessoa que não sai de casa sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um anti-séptico bucal, uma aspirina, uma capa e um guarda-chuva. Se eu tivesse que começar de novo, passearia bastante, faria muitas coisas e levaria a vida de maneira mais amena.

Se eu tivesse que recomeçar minha vida, rodaria mais vezes no carrocel - colheria mais margaridas.»

Este texto aparece em vários livros escrito de formas um pouco diferentes e não se conhece ao certo o seu autor. Em muitas versões aparece como tendo sido escrito por alguém a quem chamavam Irmão Jeremiah.

Será que não estamos condenados a fazer nossas estas palavras a certa altura da vida? Parece-me que a diferença entre as pessoas que chegam a conclusões semelhantes às deste texto e aquelas que não chegam lá é apenas uma questão de lucidez. Se conseguissemos fazer uma autoavaliação lúcida das nossas vidas, a grande maioria de nós, a certa altura, concordaria com o autor do texto.

Depois há ainda um grupo de pessoas raras. Aqueles que nunca teriam que escrever ou dizer algo deste género. Aqueles que sabem viver apenas um momento de cada vez. Aqueles que vivem a vida de um modo ameno. Aqueles cuja presença parece encher os nossos dias de frescura e de esperança. Não me considero uma destas pessoas, mas conheço algumas delas. E o exemplo delas faz-me acreditar que se elas conseguem, eu também posso conseguir...

Por falar em Feynman...

... matemáticozinhos (que raio de palavra) vamos lá a combinar porque quero ir ver isto!!

A Minha Visão da Política

Ontem estava muito bem a preparar-me para jantar e surge no ecrã o direito de antena. Então e do que se tratava? Dos tipos do Bloco de Esquerda a criticar o governo e a convocar as pessoas para a manifestação de hoje na zona do Oriente. Mas aquele discurso do Louçã e do Portas II soou-me a sketch do Gato Fedorento. É que os tipos falam com um tom de voz e com uma entoação cómicas. Provavelmente com estes modos conseguem convencer algumas pessoas, mas eu não os consigo levar a sério. Ainda para mais quando eles passam o tempo a criticar o governo.

Os partidos da oposição e os sindicatos são os organismos mais irritantes que existem. Não é possível que tudo aquilo que têm a dizer do governo seja mau. Não faz sentido que eles considerem erradas todas as medidas de quem está à frente do país, até porque se eles lá estivessem tomariam muitas decisões idênticas! Se algum dia aparecer um político que saiba elogiar o que de bom é feito pelos governos de outros partidos, vai ganhar decerto a minha atenção. E o mesmo posso dizer dos dirigentes sindicais.

Coloquei ali no lado direito do blog uma questão sobre a democracia e um dos motivos que me leva a duvidar da democracia é precisamente este: a oposição a um governo só serve para dizer que está tudo mal e não fazem nada de produtivo. Provavelmente é com esta atitude que conseguem os votos da população. A ideia principal para a conduta dos partidos da oposição é fazer crer às pessoas que são uma alternativa credível a uma política que está a piorar a situação do país em todas as vertentes. Mas é aqui que a democracia tem o seu principal paradoxo: os partidos políticos apenas andam atrás dos votos que garantem o poleiro dos seus militantes mais ilustres, em vez de trabalharem para construir um país melhor, através de estratégias conjuntas e de visões a médio/longo prazo. Isto torna a democracia uma tremenda hipocrisia! Cheguei a pensar inscrever-me num partido e tentar medir até que ponto gostaria de ter no futuro alguma actividade política. Pensei nisto porque acho que se as pessoas julgam que o país está mal, então devem empenhar-se para ajudar a melhorá-lo. Mas infelizmente parece-me que aqueles que estão na política colocando os interesses do país à frente dos interesses pessoais acabam por ser abafados pelos outros e não conseguem pôr em prática as suas ideias. É triste, mas em democracia, ou pelo menos "nesta" democracia, a política não serve para construir um país melhor.

Mudando de assunto, mas continuando a crítica política, acho a ideia de fazer uma manifestação durante a cimeira europeia uma grande palhaçada. É verdade que o governo tem tido uma "prestação" questionável. O aumento do desemprego e do trabalho precário e a total ausência de um plano equilibrado e de médio prazo para a saúde parecem-me ser os principais problemas aos quais o governo não tem conseguido dar resposta. Mas aquilo que se pretende com este tipo de manifestações não é criticar as decisões do governo, mas sim envergonhá-lo. E o país não ganha nada em ter um governo envergonhado. Parece-me que do ponto de vista ético não é correcto organizar este tipo de manifestações, mas infelizmente há muito pouca gente que dê importância à ética.

Bem, num dia de constipação (que está a querer tornar-se gripe) deu-me para isto! Entretanto, gostava de tirar do blog a votação sobre democracia, mas não me lembro como se faz! Um dia destes descubro isso...

À Gauche et À Droite

Por vezes, parece-me que os meus dois pés têm vida própria
E que cada um deles caminha, independente, na sua direcção.
Parece que enquanto o direito dá um passo certinho
O esquerdo dá um passo atrás;
Enquanto o direito caminha em frente, serenamente,
O esquerdo anda desvairadamente sem rumo;
Enquanto o direito ultrapassa obstáculos
O esquerdo tropeça e cái...
Por culpa desta guerra entre os meus dois pés
Eu não vou a lado nenhum!
E de que me serve ter um par de pés se eles não me levam a lado nenhum?

Que me levem os dois para o fundo do poço
Ou então que me levem os dois para as estrelas!
Mas decidam-se, porra!

De que me servem os dois pés
Se não tenho domínio sobre eles?
O pé direito arrasta-me para terreno firme
E só dá passinhos bem medidos com régua e esquadro.
O pé esquerdo arrasta-me para os pântanos
E o movimento dele é regido por vectores aleatórios.

Por vezes, tenho vontade de ter só um pé!
Ao menos as muletas são inanimadas e obedientes!

Ah se eu um dia conseguisse mexer nos fusíveis
Que regulam a coordenação motora...
Dava um nó no cerebelo
Ou cosia uns remendos no meu córtex
E, a bem ou a mal, os meus pés haviam de se entender!

De que me serve ter dois pés
Se eles não sabem dançar juntos?

Smile

Apeteceu-me dedicar este clip a todos os que por aqui passarem, mas, em especial, a ti, cujo sorriso faz corar de inveja o nascer do sol!

P.S. Preferia deixar aqui a versão do Michael Buble, mas não encontrei!

O Prazer da Descoberta

Richard Feynman é um dos cientistas cuja história mais me fascinou! Sobretudo porque foi um daqueles raros génios que, impulsionados por uma curiosidade desmedida, interrogam o mundo à sua volta, tentando conhecê-lo melhor. A gradiva tem vários livros dele ou acerca dele. Ao ler a biografia dele "A Natureza do Génio" ou as autobiografias "Está a brincar Sr. Feynman" e "Nem sempre a brincar, Sr. Feynman" aquilo que impressiona é o espírito insaciável dele, sempre à procura de saber mais e compreender como funciona a física das coisas. Era uma espécie de criança-grande que para além de ter uma inteligência soberba, tinha ainda o dom de se divertir com aquilo que fazia.

Admiro o Feynman e, ao mesmo tempo, invejo-o. Invejo-o pela simplicidade com que se interessava pelas coisas. Invejo-o por ter aquele apetite pelo conhecimento que devia ser o catalizador de qualquer cientista.

Algures no tempo, enquanto me tornava adulto e perdia os hábitos de criança, perdi também a capacidade de me interrogar e surpreender com o mundo. O excesso de formalismo nas relações com as pessoas e com o meio ambiente, bloqueia a curiosidade. Muitos dos professores que apanhamos nas escolas básicas e secundárias também não ajudam nada. Quando um aluno faz uma pergunta descabida, um professor devia conduzi-lo a perceber porque é que a pergunta não faz sentido. Mas muitas vezes limitam-se a dizer que a pergunta é estupida e os alunos perdem a coragem para voltar a fazer perguntas dessas. O direito ao erro devia ser um dos direitos fundamentais dos alunos. Mas nem os pais, nem os professores percebem isso. Tentar, experimentar, errar, voltar a tentar, voltar a experimentar, voltar a errar... é assim que se aprende ciência. E sempre com aquela pergunta de criança pronta a saltar-nos dos lábios: "e porquê?"

Por vezes julgo que estou condenado a nunca ser um verdadeiro cientista, porque para além de me faltar a genialidade, falta-me essa curiosidade crónica que um cientista deve ter. Mas um dos meus maiores desejos é ressuscitar esse espírito de criança... tenho esperança que ainda esteja algures dentro de mim adormecido...

Norah Jones At Sesame Street

Se no meu tempo a Rua Sésamo tivesse destas coisas, hoje em dia não dava erros ortográficos!...

Band of Brothers

No fim de semana passado aluguei metade da série Band of Brothers (em português é conhecida por Irmãos de Armas), resultado de um brilhante trabalho de produção, realização e pesquisa da dupla Tom Hanks e Steven Spielberg. A série já tinha passado na Sic e eu na altura só pude ver um ou dois episódios porque a hora era imprópria para quem tinha aulas no dia seguinte. Mas no sábado fui ao clube de vídeo e tive a agradável surpresa de ter lá a série à minha espera. Para quem gostou do Resgate do Soldado Ryan, é o mesmo género, mas com muito maior duração. A série conta-nos a história de uma companhia de paraquedistas americanos durante a segunda guerra mundial. Começa ainda antes da entrada em guerra dos americanos, quando a companhia começa os treinos ainda em solo dos USA. Depois os paraquedistas vão para a Europa e participam no dia D, fazendo parte de uma missão muito perigosa, mas essencial para que a invasão fosse bem sucedida. A partir daí a série relata o contributo dessa companhia, a companhia Easy, para o desfecho da guerra na Europa. Convém referir que a série é baseada nos relatos dos sobreviventes dessa companhia. Infelizmente, os aliados cometeram o erro de menosprezar o esforço final do Hitler para conter a invasão. Contavam que a guerra terminasse ainda em 1944 e tornou-se famosa entre os soldados a frase: "Berlin by Christmas". No entanto, o Hitler conseguiu conter o avanço das tropas aliadas e adiar o final da guerra na Europa por mais uns meses. É impressionante o modo como a companhia Easy, à semelhança de muitas outras divisões aliadas, sobreviveu ao Inverno de 1944, com imensa falta de munições, comida e roupa quente. Foi nesse ponto que fiquei quando acabei de ver os 6 episódios que aluguei. Assim que tiver um fim-de-semana suficientemente desocupado, vou alugar o que falta =)

É uma série que me fascina porque retrata a guerra sem os exageros que habitualmente vemos nos filmes. Retrata a guerra de um modo cru e, para mim, acaba por tornar-se muito mais aterradora. Além disso, por serem várias horas de filme, acaba por tornar-se quase uma experiência de realidade virtual, como se nós também ali estivessemos, com aqueles paraquedistas.

Se alguém me quiser oferecer uma prenda e não souber o quê, ofereçam-me esta série! ;o) É tão excelente que ver só uma vez não chega!

Chocolates

Quando criei este blog decidi chamar-lhe Between Theorems and Chocolats. Mas entretanto nunca escrevi acerca de chocolates. Bem, isto não é totalmente verdade, uma vez escrevi isto! Mas nunca escrevi um post que fizesse salivar os viciados no chocolate. A verdade é que até nem gosto de chocolates por aí além. Sou apenas moderadamente guloso e, ao contrário de muitas pessoas que conheço, sou capaz de recusar um pedaço de chocolate que me seja oferecido. Para mim um chocolate é algo que pode contribuir para um bom momento, e não é algo que seja para consumir sofregamente. Tal como o champanhe! É algo que deve ser saboreado com requinte, como se se tratasse de um pequeno luxo! Julgo que a ideia do slogan do Kit Kat - faça uma pausa com Kit Kat - está muito bem conseguida!

Houve uma fase em que no meu quarto, perto da secretária onde costumava estudar, guardava sempre algumas caixas de Kinder barras ou outro tipo de chocolates que me ofereciam no Natal. Durante as épocas de exames era capaz de os devorar enquanto estudava. Mas eram essas as únicas alturas em que era um consumidor assíduo. Entretanto já voltei à normalidade: como um chocolate esporadicamente, quando me apetece mesmo, mesmo, mesmo! Ao ponto de ter deixado passar a validade de alguns chocolates que tinha no quarto... foi tudo direitinho para o lixo!

O nome deste blog seria mais fiel aos meus hábitos se referisse as douradas grelhadas, ou o ensopado de borrego, em vez dos chocolates. Mas criei o blog a seguir a uma época de exames e achei que os chocolates jogavam bem com os teoremas. Agora já não admito mudar o nome à coisa! Apenas estou a pensar mudá-lo para francês, assim que souber o suficiente da língua!

Para despertar o apetite dos mais gulosos, estes são alguns dos meus chocolates preferidos: chocolate de leite da Milka, chocolate de leite da Nestlé, Toblerone (qualquer um), os Kinder barras, Mon Cherri e os velhinhos Regina...

RAP no seu melhor

http://pftv.sapo.pt/2/1/?v=U6Dw1ZmbDfzORoU5vkZw

http://pftv.sapo.pt/?v=SY4SleJQ6BTu3zblWFAb

http://pftv.sapo.pt/?v=RyjKYZ6o4cr4U8e36IjM

Primeira Semana

Esta semana comecei oficiosamente o meu doutoramento. Sim, porque para ser oficial ainda há burocracias a tratar! Vou começar por estudar D-Módulos utilizando um livro de Masaki Kashiwara, um dos grandes especialistas em Análise Algébrica, o ramo da Geometria em que vou fazer o doutoramento. Calha bem, porque o estudo dos D-módulos complementa aquilo que andei a fazer nas últimas semanas. Um D-módulo M é um feixe de módulos sobre o feixe de anéis dos operadores diferenciais (sobre uma variedade X). Nas últimas semanas estive precisamente a estudar como se constrói o anel D. Neste contexto é normal chamarmos a um feixe de anéis simplesmente um anel e chamarmos a um feixe de módulos sobre um feixe de anéis simplesmente um módulo sobre um anel. É um abuso de linguagem bastante prático, mas um pouco enganador já que a dificuldade em trabalhar com feixes de estruturas algébricas é de outro grau, quando comparada com a dificuldade em trabalhar simplesmente com as estruturas algébricas em si.

Esta semana tive uma imagem daquilo que vão ser os meus próximos meses. "Enfiar" a cabeça em dezenas de livros e retirar deles toda a informação que for capaz de apreender! E andar sempre em busca de livros apropriados para complementar a leitura do livro principal. Em poucos dias de trabalho já tive que recorrer a uma meia-dúzia de livros para rever conceitos esquecidos ou para estudar coisas que nunca aprendi e que o livro não aprofunda.

A meio da semana fiquei bastante satisfeito quando reparei que ainda me recordava quase por completo da construção do feixe dos Ox-módulos das formas diferenciais de grau p sobre uma variedade X. São estes pequenos episódios que vão servindo para diminuir o trauma que tenho com a minha memória!

Se há 6 anos atrás, quando entrei para a faculdade, me dissessem que hoje estava a fazer aquilo que estou a fazer, não acreditaria! No meu 12º ano, quando tive de decidir aquilo que iria estudar, tive muitas dificuldades em tomar uma decisão racional e ponderada. Passei parte do ano inclinado para a psicologia. Em alguns momentos, a medicina e a enfermagem também me pareciam apelativas. Mas acho que isso não se devia a qualquer tipo de vocação pessoal, mas sim ao que as pessoas à minha volta diziam.

Acabei por acordar num sábado de manhã muito introspectivo. Lembro-me que nesse dia fui à praia e passei o tempo entre os mergulhos e a conversa com os meus botões. E foi nesse dia que cheguei à inesperada conclusão de que ía para matemática. Faltavam duas semanas para as candidaturas. Decidi que ía entrar em matemática e depois logo se via o que aquilo dava. Se não gostasse, no final do primeiro ano poderia tentar outra coisa.

Sempre adorei matemática! E sempre adorei a escola! Por isso, escolhi entrar para ensino da matemática. O primeiro ano foi um ano muito complicado. A diferença entre a matemática ensinada no secundário e a matemática ensinada na faculdade é abismal. As coisas correram muito bem em duas cadeiras: Elementos de Matemática e Introdução à Computação. Gostei muito de ambas. Mas as duas cadeiras mais importantes, ALGA e Análise I, deram-me muita luta. Passei o natal e a passagem de ano a tentar perceber as séries e aqueles "bichos" novos, chamados teoremas e demonstrações . Saí do meu primeiro exame de Análise I a pensar que ía chumbar com uma nota a rondar o 6. Tive 12. Foi um momento decisivo, porque percebi que apesar das dificuldades que estava a ter, o trabalho compensava. Aprendi a dar razão ao Einstein quando ele diz que a táctica para fazer ciência é "1% de inspiração e 99% de transpiração". A meio do segundo semestre já estava completamente decidido a continuar em matemática e no final do primeiro ano já sabia que no ano seguinte iria mudar para matemática pura. Comecei a perceber que talvez não tivesse muita habilidade para ensinar coisas que me começavam a parecer básicas. Por isso mudei para matemática pura, sem pensar ao certo no que ía fazer depois... com um curso de matemática há sempre a hipótese de depois se fazer um outro curso mais aplicado, uma engenharia ou informática. Fazer um doutoramento sempre me pareceu algo inacessível.

E agora dou por mim às portas de "algo inacessível". E serve este post para dizer que gostei desta primeira semana de trabalho e que me sinto imensamente grato por estar a fazer aquilo que estou a fazer!