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Entre Teoremas e Chocolates: abril 2008

terça-feira, abril 29, 2008

Pensamento recorrente por esta altura:


Nunca mais são 19:45. 


(o que o futebol faz a um gajo...)

Coisas Absurdas

1) Cristiano Ronaldo venceu o prémio de melhor jogador da Premier League de 2007/2008 igualando o meu jogador preferido dos últimos anos, Thierry Henry, que era até aqui o único a ter conseguido conquistar esta distinção em duas épocas consecutivas. O prémio de melhor jogador jovem foi entregue a Cesc Fabregas do Arsenal. Mas estando Ronaldo ainda na categoria de jovem, alguém me explica como é possível ele ser o melhor jogador e não ser o melhor jogador jovem? Qual é o critério? Isto faz lembrar aquelas piadas do género: a Elisha Cuthbert é a mulher mais bonita do mundo e uma das mais bonitas do Canadá...




2) Esta notícia relata uma coisa absurda. É completamente absurdo que isto aconteça e ainda mais absurdo que as reacções de indignação tenham sido tão ténues. O estado do país fica bem patente quando um bando entra numa esquadra, agride uma pessoa e, para a opinião pública e para a comunicação social, parece que o que se passou não é grave. Na minha óptica isto é muito mais grave do que uma aluna tentar agredir uma professora por esta a impedir de usar o telemóvel. Mas na óptica de muita gente não deve ser, já que desta vez ainda não apareceram as centenas de entrevistas e debates acerca do caso. Em matéria de segurança os governos têm andado a gozar conosco. Se a polícia não tem elementos nem meios suficientes para garantir a segurança nas próprias esquadras, como é que há-de garantir a segurança da população em geral? O que é que virá a seguir? Só falta os assaltantes deixarem de assaltar multibancos e passarem a assaltar esquadras por ser uma tarefa mais fácil...

Nota do redactor: este post não é um mero pretexto para ter no blog uma foto da bela Elisha...  mas podia ser!

Ronnie O'Sullivan


Nas diferentes modalidades desportivas aparecem de tempos a tempos alguns fora-de-série, ou, na expressão inglesa da qual gosto bastante, outstanding players. São atletas que estão num nível superior aos seus adversários da época e que coleccionam títulos e troféus e batem recordes. Alguns são mais reconhecidos do que outros, até porque o desporto desperta paixões e dizer que um atleta é ou não fora-de-série pode tornar-se algo muito subjectivo. No entanto, há aqueles nomes que são quase unanimemente aceites. Recentemente tivemos Michael Schumacher na fórmula 1, Lance Armstrong no ciclismo, Michael Jordan no basket, Michael Phelps na natação, Roger Federer no ténis, Vanessa Fernandes no triatlo (eh eh), entre outros. Pessoalmente incluíria também o Kobe Bryant no basket e o Rafael Nadal no ténis que, apesar de não estar no mesmo patamar do Roger Fererer, é melhor que o suiço na terra batida. Arrisco mesmo a dizer que com o número de troféus em Roland Garros a aumentar, Nadal será considerado o melhor jogador de sempre em terra batida pelos amantes do ténis. Mas queria chamar-vos a atenção para um desportista que, quanto a mim, merece estar neste lista: Ronnie O'Sullivan do snooker. Para além de ser um jogador tecnicamente excelente, tem uma personalidade vincada que lhe vai valendo alguns dissabores, mas que faz as delícias do público. E tem características peculiares: é ambidestro, joga a uma velocidade invulgar (por isso ganhou a alcunha de The Rocket) e bate recordes constantemente. No snooker a tacada máxima de 147 pontos é uma tacada mítica. Muitos excelentes jogadores nunca chegam a conseguir fazê-la em torneios a sério e consegui-la uma ou duas vezes é, já, um enorme feito. Quanto a O'Sullivan, ontem no campeonato do mundo de snooker que está a decorrer actualmente, fez a sua nona tacada máxima, tornando-se no jogador da história do snooker profissional com mais tacadas máximas conseguidas em torneios a contar para o ranking mundial. Para além dessa proeza, registe-se também que das 9 tacadas máximas de O'Sullivan, 3 delas foram as mais rápidas de sempre. Aqui podem ver um filme onde O'Sullivan consegue fazer os 147 pontos (correspondem a colocar 36 bolas nos buracos, numa sequência específica) em cerca de 5 minutos e meio. Na minha opinião isto é outstanding!

domingo, abril 27, 2008

Unknown Hits 2 - Learn To Be Lonely, Minie Driver

A música feita para o genérico da versão para cinema do Fantasma da Ópera é, injustamente, pouco conhecida. Foi composta por Andrew Lloyd Webber de propósito para o filme, de modo a que ele se pudesse candidatar a um prémio qualquer que exigia que o filme tivesse, no mínimo, uma canção original. Neste vídeo com imagens do filme Peter Pan, a música enquadra-se bem.

O Método Do Não Errar


Se pensarmos antes de agir, evitamos muitos erros.
Se pensarmos duas vezes antes de agir, evitamos muitos muitos erros.
Se pensarmos três vezes antes de agir, estou convencido que evitamos ainda mais erros.
Se pensarmos uma dezena de vez antes de agir, é provável que os nossos erros se tornem quase inexistentes.
Iterando o raciocíneo, obtemos uma ideia que tem qualquer coisa de epicurista: se nos deixarmos estar quietinhos a pensar, a pensar, a pensar, em vez de agir, então não erramos! 


Moral da história: o melhor é deixar-mo-nos de filosofias e errarmos de vez em quando sem remorsos, porque, afinal, «a pensar morreu um burro».

sábado, abril 26, 2008

António Lobo Antunes


Se eu tivesse uma rubrica no blog chamada "Um Livro, Um desperdício" este seria o primeiro autor a incluir. Não percebo a escrita deste senhor. Tenho o "Ontem não te vi em Babilónia" e, embora tenha feito um esforço enorme para o terminar, não consegui! É impossível perceber a história. Não sei se escrever assim é arte. Só se for arte abstracta, daquela que não é suposto ser entendida. A propósito da escrita deste autor, o Ricardo Araújo Pereira escreveu uma crónica brilhante, incluída no livro de que falei aqui. Pensei em transcrever essa crónica, mas felizmente encontrei-a num blog chamado Travessa Larga. Primeiro aparece uma crónica do próprio António Lobo Antunes e depois a do Ricardo. Não se deixem enganar. O estilo do António Lobo Antunes é mesmo este, mas o encadeamento das frases nos livros dele é muito pior do que nesta crónica, tornando-se impossível perceber do que é que ele está a falar. 

sexta-feira, abril 25, 2008

25 de Abril


A ditadura era injusta porque o poder pertencia a um punhado de gente e eram poucos os que daí tiravam regalias, enquanto a população em geral vivia em condições muito mais humildes, alguns até em miséria. Mas, espera lá, parece que conheço este filme!... Será que 34 anos após a revolução dos cravos estamos tão bem quanto podíamos? Será que esta falsa democracia em que vivemos nos trouxe benefícios reais? Não quero que estas questões tenham um sentido provocante. Não conheci o país antes do 25 de Abril e não tenho experiência e conhecimento suficientes para responder às questões de um modo conclusivo. Mas tenho as minhas ideias e elas dizem-me que há coisas em que hoje estamos piores do que há 34 anos. E não me parecem assim tão poucas!

Unknown Hits 1 - Bessie Smith, Norah Jones

Para começar, nada melhor que a Norah Jones. Esta música não está em nenhum dos álbuns dela, apenas no DVD Live In New Orleans (que, a propósito, é um excelente concerto). Porque a Norah não é só aquele jazz suave ao qual nos habituou, deixo-vos então com um bocadinho de country:



Unknown Hits 0

Decidi criar uma nova rubrica chamada Unknown Hits onde me proponho dar a conhecer algumas músicas de que gosto imenso e que são pouco conhecidas. Enquanto ouvem, vão lendo os posts antigos. Caso não haja qualquer nota que diga o contrário, são posts sem contra-indicações. 

quinta-feira, abril 24, 2008

Praga

Anda por aí uma praga. Não, não estou a falar no dengue, nem no famoso H5N1 que até tem andando muito discreto ultimamente. Estou a falar das fitas de cor azul claro que me têm entregue para que eu escreva uma dedicatória. Lá tenho eu que puxar pelos meus apurados dotes poéticos para dar conta do recado e arrancar uns sorrisos de quem as lê. Mas este serviço devia ser pago, até porque estou convencido que o meu reportório de dedicatórias e disparates é finito. Tenho que garantir a minha reforma enquanto tenho talento para o futuro (ou seja, em cerca de 5 secundos diários). Bem, entretanto as pessoas que me entregam fitas sentem-se obrigadas a entregar as fitas que eu lhes dei há dois anos atrás. Só estão um nadinha atrasados... E ao ler as coisas que me escreveram chego à conclusão que das duas uma: ou se enganaram no destinatário da fita, ou então gostam mesmo de mim. A primeira hipótese parece-me mais provável, porque a segunda hipótese revelaria que estas pessoas têm um imenso mau gosto! E do que conheço delas sou levado a pensar que são excelentes pessoas, exemplares, com gostos não criticáveis. 

Serve este paleio para dizer: muito obrigado! Para mim, que estou à beira da loucura, as vossas palavras são um incentivo para dar um passo em frente... se é que me entendem! 

quarta-feira, abril 23, 2008

Vagabundo


Às vezes dou por mim a ter um desejo intenso, quase visceral, de me tornar um vagabundo. Uma vontade de dar um pontapé na vida socialmente tolerada e nas expectativas da sociedade e de correr o mundo sem um destino certo, preocupando-me apenas com o hoje. Um amigo meu costumava dizer com alguma seriedade que queria ir para o sul de França para a apanha do tomate, algo que é um bocado non-sense para quem estava, como eu, a licenciar-se em matemática. Mas entendo bem a vontade dele. Eu também gostava de ir... de ir nem sei para onde, apenas ir! Gostava de ser como uma águia que se lança em voo picado do alto de um penhasco, em vez de ser este pássaro de gaiola cujos pequenos voos não passam de experiências em condições demasiado controladas. Há uma espécie de clamor dentro de mim por uma liberdade que a vida não me pode oferecer. Porque é que a vida não ma pode oferecer? Talvez porque existe uma tremenda desproporção entre a energia e a coragem que tenho. A energia que tenho não cabe em mim, enquanto a coragem, é escassa. Ou talvez porque a vida não pode oferecer essa liberdade a ninguém. Ah, se fosse como nos filmes! Uma mochila às costas, uma troça a todos os medos, um pacto com a loucura e um mergulho de cabeça na vida. Mas este desejo é utópico. Desconfio que a liberdade existe para nos aliciar ao longe, talvez para nos motivar os sonhos, dando-nos esperança de a provarmos um dia. Mas possuir a liberdade total não é algo que seja acessível ao homem comum. Por isso, apesar de a ideia não me consolar, vou descobrindo a cada dia que o único sítio onde posso ser vagabundo é dentro de mim mesmo...

segunda-feira, abril 21, 2008

Ode à Palermice


Apetecia-me escrever uma ode à palermice porque considero a palermice uma das formas mais estimulantes de fazer algo que é uma necessidade básica do ser humano: aparvalhar! Se nós não aparvalharmos um bocado a vida, ela torna-se desaparvalhada! E já dizia Sofocles (que é uma espécie de Sócrates, só que engasgado) que "a beleza única da harmonia plena sustentada pelo homem na sua relação com o mundo que o rodeia é a causa do crédito que devemos às civilizações anteriores", como quem diz que "eu sou um palerma e vocês ainda me dão ouvidos". Reparem que acabei de inventar esta valente totozice e que a tradução da totozice aplica-se muito mais a uma frase do nosso Sócrates de trazer por casa, do que ao ilustre Sofocles.


No entanto, os meus intentos patetas de escrever esta patetice não vão surtir grande efeito. Neste momento está tudo aqui em casa a rir à gargalhada apesar de ninguém perceber o motivo. O meu lar em certos dias, especialmente quando o palhaço está presente, faria inveja a qualquer centro de terapia do riso. Neste instante, há quem me tente fazer cócegas enquanto eu tento ter pontaria suficiaente para acertrr na telca certa dp teclqdo. Peço desculpa, mas as cócegas e o ruído de fundo não me permitem concentrar ao ponto de escrever uma ode suficientemente palerma. Termino assim esta ode que nem sequer chegou a aquecer, desejando, a todos os que forem trengos ao ponto de a ler, muita palermice pela vida fora!


P.S.1 Aqui também há palermice



P.S.2 O caro leitor tem uma nódoa bem no centro da camisola!!.......




Ah ah ah!

domingo, abril 20, 2008

Manuela Ferreira Leite


Será que é tarde para ser a hora desta senhora?

Jazz

Ontem fui a um concerto ao CCB, englobado nos Dias da Música em Bélem. Fui convidado por amigos sem saber bem ao que ía. Foi um concerto de jazz moderno, com o pianista Bernardo Sassetti e o Will Holshouser Trio (um acordeão, um trompete e um contrabaixo). Gostei de metade dos temas que eles tocaram. A outra metade deu-me sono e não a consegui apreciar. Não consigo perceber o jazz moderno. Não é mesmo a minha onda. Gosto muito do som do piano, que para mim é "o instrumento", e gostei do conjunto. Acho que os quatro instrumentos jogam bem juntos. Mas o jazz contemporâneo é uma fusão do jazz clássico com uma música estranha, definida pela falta de suportes melódicos e rítmicos (olha para mim a fingir que uso termos técnicos e a fazer-me passar por entendido no assunto). Não consigo apreciar este estilo de música. Para mim, jazz instrumental é Yellow Jackets ou algo do género e tudo o que é mais esquisito do que estes grupos torna-se desagradável aos meus ouvidos.

sábado, abril 19, 2008

Infelicidade




Jim fez-se à estrada desolado. Os acontecimentos dos últimos meses tinham elevado as suas expectativas. Durante algum tempo viveu o apogeu de todos os sonhos e de todas as ilusões. A esperança tinha-se acumulado nele, embriangando-o com uma sensação de felicidade que ele não se recordava de alguma vez antes ter saboreado. Mas, de repente, toda a felicidade fora arrancada da sua alma. Não foi como se a felicidade fosse, aos poucos, substituída por aquela tristeza vaga e melancólica que, para alguns de nós, até seria agradável. Não foi como uma folha caduca que é arrancada da árvore pelo vento numa tarde de Outono, esvoaçando suavemente até pousar na terra. Não! Foi antes como se um furacão arrancasse a árvore toda num ápice! A felicidade foi-lhe negada num segundo, numa palavra, num olhar mortífero. Um olhar que parecia disparar balas contra a sua alma, deixando nela feridas que jamais sararão. Os clichés consoladores que conhecemos, quais plaquetas da alma sempre prontas a coagular as nossas feridas, não tinham qualquer efeito em Jim. Enquanto ele dirigia o carro pela estrada serpenteante que percorre as montanhas em direcção à cidade, a sua alma sangrava e definhava, provocando uma dor que lhe atravessava todo o ser, desde o espírito até à carne. Pela mente passavam-lhe um turbilhão de pensamentos incoerentes. E de questões sem resposta. As lágrimas não apareceram. Até porque as lágrimas são um sinal da auto-redenção das nossas tristezas e a tristeza de Jim - não, nem era tristeza, era terror - não podia ser redimida.

Jim chegou à cidade e atravessou os bairros de moradias todas iguais até ao centro, onde se situa o seu apartamento. Estacionou e dirigiu-se para casa. Derrotado. Condenado. O apartamento, onde tinha vivido sozinho nos últimos anos, estava mais vazio do que nunca. Jim sentou-se por minutos no sofá. No fundo, ele sabia que não encontraria respostas. Mas, naquele jeito masoquista que define o ser humano em sofrimento, ele torturava-se tentando achá-las. A dor era insuportável e Jim não conseguiu estar sentado muito tempo. Levantou-se e começou a caminhar em círculos na sala. Abriu uma garrafa de whiskey e deixou que a bebida lhe escorrece pela garganta, enquanto deambulava perdido nos seus pensamentos incoerentes. No seu íntimo desejava morrer. A morte parecia-lhe a única solução válida. A alternativa era viver o que lhe restava como um miserável que carregava em si toda a infelicidade do mundo. A morte decerto era melhor do que essa condenação. Começava já a pensar de que modo podia entregar-se à morte. Mas o whiskey começou a fazer efeito, toldando-lhe os pensamentos e, quando deu por si, estava sentado ao piano, martelando as teclas sem nexo. A dor tomou conta das mãos de Jim, levando-o a compor uma música sem harmonia, com uma cadência irregular. E Jim tocou. Tocou durante horas até que, exausto, adormeceu.

Jim acabou por admitir que a alternativa de viver infeliz também é válida. Quase todas as noites podemos ouvir o piano de Jim na sala do seu apartamento, enquanto a sua dor compõe músicas de uma tristeza indescrítivel. Talvez Jim tenha chegado, não sei se em consciência ou não, à essência da vida. Talvez ele tenha descoberto uma evidência que todos os filósofos ao longo da história têm negado: a felicidade não é assim tão diferente da infelicidade. A felicidade não é mais do que uma canção alegre e traiçoeira que nos inebria os sentidos e nos faz sentir cheios e completos. A felicidade é um canto de sereia. A infelicidade é uma canção triste que nos faz doer as feridas da alma e que nos faz sentir vazios. Entre cheio e vazio, a diferença não é assim tanta. E a infelicidade tem a vantagem de não ser traiçoeira. Para quem vive no fundo da caverna, é impossível descer mais. Agora quem vive à luz do Sol corre sempre o risco de ser atirado para a caverna, como aconteceu a Jim.

No fundo, a infelicidade é apenas um estilo de música diferente da felicidade. Mas não deixa de ser música.

Ideia do Dia 12 - Saúde

Nem sempre o mais saudável é o melhor para a saúde!

Mãezinha, já sei o que quero ser!


Encontrei isto no blog dos marretas. Hilariante!

quinta-feira, abril 17, 2008

Um Livro, Um Amigo 6 - A Idade do Ouro, Gore Vidal


Ofereceram-mo e está a ser a revelação literária dos últimos meses. Nestas coisas dos romances é melhor não criar grandes expectativas... de um momento para o outro o autor perde o juízo e a história pode descambar para um final estupido. Todavia (que bela conjunção coordenativa adversativa) por enquanto estou a adorar! Só para dar um cheirinho, é um romance histórico centrado na América dos anos 40, no antes, durante e pós guerra. As personagens principais são directores e editores dos principias jornais de Washington e New York. Gente influente a nível político, gente que está nos bastidores das grandes decisões da década e que convive e negoceia com espiões, ministros, senadores e embaixadores. No enredo surgem figuras reais como Franklin Roosevelt, a sua família e outros políticos da época. A Idade do Ouro faz parte de um conjunto de cinco obras que percorrem a primeira metade do século XX e podem ser encaradas como "a história [da América] romanceada de Gore Vidal", citando Gabriel Garcia Marquez.

TGV


Façam o favor de perguntar ao senhor engenheiro (?!) de que país é que ele está a falar!

terça-feira, abril 15, 2008

Um Livro, Um Amigo 5 - A Boca do Inferno


Numa altura em que muito se discute o presente e o futuro do meu clube, o Benfica, decidi destacar aqui um livro de um grande benfiquista, o Ricardo Araújo Pereira. Foi-me oferecido recentemente (merci!) e já o "devorei". É uma recolha das crónicas que ele tem escrito semanalmente para a revista visão ao longo dos últimos anos. É mais do mesmo, mas em grande quantidade: uma dose maciça do humor a que ele já nos habituou. Percorrendo temas desde a política, passando pelo desporto, e indo até aos temas quotidianos e completamente desinteressantes, o livro é descrito na contracapa como sendo «um livro essencial para compreendermos o nosso tempo, especialmente a parte da tarde»! Eu gosto da ironia inteligente de RAP e acho que ele e os outros gatos, recorrendo à ironia, têm feito mais oposição construtiva do que alguns partidos que por aí andam. Para dar um cheirinho daquilo que se lê neste livro, deixo aqui uma crónica escrita em 2005, mas com um conteúdo actual:


«Ser do Benfica: manual de instruções

O Benfica tem boas hipóteses de ser campeão este ano, e eu confesso que não consigo pensar noutra coisa. Devo acrescentar que, mesmo quando o Benfica não tem hipóteses nenhumas de ser campeão, eu não consigo pensar noutra coisa. Mas estou longe de ser um fanático, atenção. Detesto fanáticos do Benfica. São insuportáveis. Os fanáticos acham que o Benfica é o melhor clube do mundo. Um benfiquista a sério pensa de outro modo: não é uma questão de achar: nós temos a certeza de que o Benfica é o melhor clube do mundo. Os fanáticos são uns maricas.

Um benfiquista a sério continua a acreditar na conquista do campeonato mesmo quando já não é matematicamente possível. Porque é que há-de ser a matemática a ditar a possibilidade de se se campeão? E porque não a literatura? O título pode ser matematicamente impossível, mas, ainda assim, literariamente possível. O que impede uma equipa que esteja a liderar o campeonato num determinado momento de abdicar do título a favor do Benfica, por ser a equipa que pratica melhor futebol e veste o equipamento mais bonito? Nada.

Um benfiquista a sério tem aspirações irrealizáveis. Um sportinguista a sério quer que a equipa do Sporting jogue bem. Um portista a sério quer que a equipa do Porto seja aguerrida. Um benfiquista a sério quer que a equipa do Benfica seja «o Benfica». E ser «o Benfica» é quase impossível - especialmente para o Benfica. Isto porque um benfiquista a sério é seriamente doente. O Benfica bem pode ganhar um jogo por quatro ou cinco, que nós saímos da Luz a dizer: «Não jogamos nada, pá.» Isto é, evidentemente, um elogio. É por isto que nós somos o Benfica. Não nos contentamos com sermos os maiores. Sabemos que podemos ser ainda melhores do que aquilo. Podemos ser «o Benfica». E temos todas as condições para sê-lo, uma vez que, curiosamente, já somos o Benfica. Não sei se me faço entender. É provável que não. Eu próprio estou um bocado à nora.

Um benfiquista a sério exige aos jogadores que sejam mais do que são. Exige ao Simão que seja o Simão e que, além disso, tenha a imaginação do Chalana e a garra do Simões; exige ao Manuel Fernandes que seja o Manuel Fernandes e que tenha ainda a força do Coluna e a visão de jogo do Shéu; e exige ao Paulo Almeida que vá para casa e não saia de lá. Um benfiquista a sério é bastante cruel. A não ser que o Paulo Almeida marque três golos ao Porto. Nessa altura o Paulo Almeida fará o que quiser de um benfiquista a sério.

E um benfiquista a sério é um benfiquista a sério. Não é simpatizante do Benfica. O Benfica não desperta sentimentos menores, como a simpatia. Só gera de amor para cima. E é um amor exclusivo. Lembro-me de, um dia, ter tido esta conversa com o meu pai:

Ele: Más notícias, filho. Quando vínhamos para casa, a seguir ao empate do Benfica, a tua mãe caiu e partiu os dois braços e as duas pernas.
Eu: Eh pá, não acredito. O Benfica empatou?

Claro que isto nunca aconteceu. É um exagero que eu uso aqui com fins estilísticos. A minha mãe tinha partido os dois braços mas só uma das pernas. Estava óptima. Apesar disso, este tipo de atitude tem-me causado dissabores ao longo da vida. Eu sei perfeitamente que nunca serei o filho preferido da minha mãe. E eu sou filho único, portanto vejam bem o que isto faz a uma pessoa. »

segunda-feira, abril 14, 2008

My Mood... Sometimes

Adoro a pronúncia das personagens, principalmente aquela que diz: «Christine Daae could sing it, sir», «She's been taking lessons from a great teacher» e «Let her sing for you, monsieur. She has been well taught.». E a música... é magnífica!


domingo, abril 13, 2008

Questões pertinentes:

1. Haverá vida depois da morte?

2. Porque é que este rapaz não joga?

3. O que é feito daquela equipa com a qual eu vibrava quando era miudo e que se chamava Benfica?

Ideia do Dia 11 - CUA


Uma das maneira mais em voga para os autarcas mostrarem serviço, para além das clássicas construções de rotundas, é abrir buracos por tudo quanto é via publica (ao mesmo tempo que abrem buracos no orçamento...). Vila Franca de Xira actualmente assemelha-se àquilo a que eu chamo um CUA: Circuito Urbano de Aventuras. Sugiro até que a autarquia comece a cobrar bilhetes à entrada da cidade. Podemos atrair os turistas, dando-lhes a oportunidade única de passear por uma vila que parece acabadinha de sair de uma guerra. A passeata terá o seu quê de desporto radical... se vivessemos a duas dimensões, faria lembrar aqueles velhinhos jogos de plataformas em que os bonequinhos tinham que correr sempre em frente, saltando os obstáculos ou baixando-se para evitar as cabeçadas. Convém é disponibilizar uns capacetes e lanternas para prevenir as eventualidades de levarmos com um tijolo ou uma pedra da calçada ou de cairmos numa vala demasiado profunda.

quinta-feira, abril 10, 2008

Ideia do Dia 10 - Pois, pois!

Se eu tivesse o sono do professor Marcelo, aproveitava e fazia o primeiro ciclo de História ou de Ciência Política!

quarta-feira, abril 09, 2008

Coisas que irritam

Sabem quando estão a tentar dormir e têm um arrepio de frio e, ao puxar o edredon para tapar os ombros, acabam por destapar os pés? É irritante né? Na ultima semana andei a tentar perceber uma afirmação feita num artigo e tenho a sensação que se passa algo parecido à história do edredon. Devia dar para provar duas coisas ao mesmo tempo, mas sempre que puxo o edredon para tapar uma delas, a outra fica destapada!... Isto também é irritante!

segunda-feira, abril 07, 2008

Pequim 08


Quando o comité olímpico decidiu "presentear" Pequim com a organização dos jogos 2008, já toda gente sabia que na China os direitos humanos não são respeitados e também já era do conhecimento publico (há décadas) a situação no Tibete. Mesmo tendo isso em conta a escolha foi feita. Esta escolha é controversa mas pode ser vista de dois ângulos. Pode ser encarada como uma desvalorização dos actos da China ou então como uma tentativa de aproximação do mundo ocidental à China através do desporto, tentando que este país se torne mais receptivo às influências ocidentais.
O desporto e, em particular, os JO não devem ser usados como armas políticas, mas podem ser usados como oportunidades para um confronto saudável entre culturas. Nesse sentido não critico a atribuição dos JO a Pequim. E não me parece que façam sentido os actuais protestos de várias entidades por causa da situação no Tibete, nem a perseguição à chama olímpica e muito menos os pedidos para que os atletas e as comités olímpicos dos vários países boicotem os jogos.
A situação pode ser comparada, com as devidas distâncias, aos jogos de 1936 realizados em Berlim, num período em que a Alemanha se fechava no ultra-nacionalismo preparando-se para a guerra. A propósito dos JO de 1936, aconselho a autobiografia de Jesse Owens (disponível na amazon). Jesse Owens foi um afro-americano que se destacou nesses jogos inflingindo ao regime de Hitler uma derrota nas pistas de atletismo, mostrando ao mundo e, em particular, aos alemães, que a raça ariana não era, afinal, tão superior quanto Hitler dizia.
E é dessa forma que os atletas que vão à China podem "combater" as injustiças desse país: mostrando aos chineses, com a sua atitude dentro e fora das pistas, que as culturas dos seus países são uma alternativa válida à cultura chinesa (se é que isso é verdade...).

domingo, abril 06, 2008

Metafísica


Há umas décadas atrás os físicos começaram a descobrir que a física não é determinística, mas sim probabilística. Começaram a perceber que os sistemas da mecânica clássica e da mecânica relativista não são suficientes para descrever o mundo físico. Apareceram coisas estranhíssimas como o principio de Eisenberg e a Equação de Schrodinger. Eu confesso que a física me fascina mas acho-a muito mais difícil que a matemática. Mal percebo as mecânicas de Newton e de Lorentz-Einstein, quanto mais a física quântica. A ideia das probabilidades desempenharem um papel importante no mundo físico suscitou reacções de desaprovação. Por exemplo, ficou célebre uma frase de Einstein que, já no ocaso da sua incomparável carreira científica, dizia que "Deus não joga aos dados".


Eu não percebo nada do princípio de Eisenberg, mas creio que é um princípio que se pode transportar para a vida e para a filosofia. Tenho a sensação que ando a descobrir por mim próprio, décadas depois dos físicos, que a vida também é probabilística e não determinística. Não me peçam para explicar melhor o que pretendo dizer com isto, porque eu não sei! É apenas a génese de uma ideia metafísica estupida e com pouco sentido, produto de uma mente demasiado estranha. É uma ideia que suscita, até da minha parte, reacções de desaprovação.
Fica a questão: será que os dados estão lançados?

sábado, abril 05, 2008

Fotos de Paris 4



E para terminar em grande esta série de posts com fotos de Paris, nada melhor do que destacar a foto que tirei à estatua do Winston Churchill. Há uma zona de Paris, numa rotunda onde começam os Champs Elysees, que tem umas 4 estátuas do Charles de Gaulle. Eu tinha passado por lá e tinha pensado: "Não me posso ir embora sem tirar uma foto ao de Gaulle, um dos mais importantes personagens da história da França". Quando andava a passear na zona do Grand Palais, vi ao longe a estátua do Churchill e pensei que fosse mais uma do de Gaulle. Aproximei-me e, à medida que o efeito da miopia se desvanecia, reconheci as feições e até a postura do Churchill! E mais contente fiquei! Gostei de perceber que os franceses reconhecem a importância do Churchill na sua própria história ao ponto de dar o seu nome a uma avenida na zona central de Paris, perto de muitos dos momumentos mais conhecidos e marcantes. Na pedra pode ler-se "We shall never surrender", a frase que serviu de mote para um dos discursos mais importantes do Churchill.

«Dá-me o telemovel já!» - versão séria

Esta é a versão séria do post «Dá-me o telemóvel já!». Mas como hoje estou mais inclinado para o meu lado irónico, este post vai ficar curtinho. A minha opinião em relação aos problemas de indisciplina nas salas de aula é que quando os adolescentes não respeitam os pais, também não vão respeitar os professores. Ouço dizer que os professores têm que fazer com que os alunos reconheçam a sua autoridade, mas sem a impôr. Não sei muito bem o que isso quer dizer... Se calhar estão à espera que, para aceder à carreira docente, os professores façam um curso de hipnose para que os alunos estejam sossegadinhos durante as aulas.
Os problemas nas salas de aula começam, na maior parte dos casos, em casa. É em casa que os miudos têm que reconhecer a autoridade dos pais para que, de um modo natural, reconheçam também a autoridade dos professores. E quando isso não acontece, a solução é impor a autoridade, estabelecendo limites rígidos e punições adequadas. As réguadas fizeram bem a muita gente. Mas agora, segundo alguns psicológos, nem um pai deve dar um estalo a um filho, quanto mais um professor a um aluno...
Eu durante alguns anos fui um adolescente um pouco problemático. Perdi a conta às vezes que fui expulso da sala de aula, a maioria delas por fazer parvoíces propositadas, tentando armar-me em engraçado e impedindo que o professor ensinasse a matéria. Cheguei a levar um estalo de uma senhora contínua. Como nunca deixei de ter boas notas, até conseguia camuflar parte do meu mau comportamento. Mas em casa era castigado frequentemente quando os meus pais sabiam das minhas asneiras. E sempre fui acompanhado de perto. A disciplina e a devoção dos meus pais foram o catalisador para crescer e adoptar um comportamento mais correcto. Os adolescentes são como os diamantes em bruto: há que lapidar a rebeldia que caracteriza a idade para que eles possam atingir todo o seu potencial. E isso nem sempre se faz com conversas de igual para igual entre pai e filho. Por vezes é preciso, como já disse, estabelecer limites e punições. Caso contrário, arriscamo-nos a que os adolescentes sejam um bando de vadios sem respeito por ninguém e sem rumo.

Fotos de Paris 3

Pelas ruas de Paris vemos formas estranhas de tentar ganhar uns trocos... Esta é uma forma original de pedir dinheiro! O homem e o cão invisíveis! Vi também um divertido espectáculo de fantoches improvisado no metro. Vi um tipo a fazer umas palhaçadas excelentes (não dá para descrever, mas valeu a pena ver) na zona de acesso ao Centre Pompidou. Fui abordado por várias senhoras que me perguntavam "Speak english?" e em seguida, após resposta afirmativa, apresentavam um papel bolorento daqueles que dizem que a senhora tem centenas de filhos e que não pode trabalhar. E depois, o melhor de tudo, são os tipos com talento para a música! Esses realmente merecem as palmas dos turistas e também os trocos. Como os tipos que tocam saxofone nos tuneis do metro, lembrando a todos que em Paris há muito jazz. Ou a rapariga que estava a cantar ópera de modo impressionante nas arcadas do Louvre, aproveitando o eco e a beleza do edifício!

«Dá-me o telemovel já!»

A história do telemóvel passou-se enquanto eu estava fora, mas entretanto multiplicaram-se os debates e as opiniões acerca do episódio, o que despertou a minha curiosidade. Fui até ao Youtube investigar de que forma é que mais uma professora tinha desrespeitado uma aluna, situação que se repete vezes sem conta nas salas de aula deste país. Coitadinhos dos alunos!
Eu acho muito bem que a aluna tenha agido daquela forma! Mostra uma personalidade forte e, afinal, é esse um dos objectivos da educação dos adolescentes! Quando pensavamos que a aluna, perante o pedido despropositado da professora, pudesse ceder sem dar luta, ela mostra que é uma lutadora, uma rapariga que persegue os seus objectivos com vigor! E isso é um sinal positivo que esta geração de adolescentes nos dá!
Acho até que a aluna é um bom exemplo para os outros adolescentes que podem agora começar a impor a sua vontade gritando para os professores «Dá-me um 5 já!» ou então «Ó velha acaba a aula já porque tenho que ir ali gamar os putos do 5º ano!». E é assim mesmo que tem que ser! Como dizia um senhor muito iluminado (bendito seja) no Prós e Contras: «a sociedade está a mudar e agora as crianças e adolescentes fazem muito mais parte da vida dos adultos do que antigamente! Aquela expressão que usavamos antes, a formiga já tem catarro, já não faz sentido! Os miudos de hoje não podem ser vistos como formigas, temos que os tratar de igual para igual!» Por isso, qual stôra qual quê! Essas formalidades já passaram de moda! Lá por os professores serem funcionários do estado não quer dizer que os tenhamos que tratar com modos salazaristas... Acho muito bem que os alunos tratem os professores por "velhos" ou "gordos", isso sim é viver em liberdade! De certo modo podemos encarar estes alunos como a vanguarda do ataque às ultimas amarras que nos prendem ao fascismo! A rapariga não merecia ser expulsa da escola. Merecia sim uma medalha, uma condecoração, uma Ordem do Infante pelos serviços prestados à nação!
E mais, acho que a professora devia ter vergonha! Se queria um telemóvel devia poupar algum dinheiro ou dar umas explicações extra por fora para adquirir um legalmente, em vez de tentar roubar uma aluna, que, coitada, conseguiu o seu telemóvel após passar alguns meses a desempenhar a árdua tarefa de implorar aos paizinhos que o oferecessem. A aluna, coitada, estava decerto a usar o telemóvel para algo que era muito importante... talvez para enviar, coitada, uma mensagem a uma amiga a perguntar «tá-se bem?». Ou para aceder à internet e consultar a programação da TVI para saber a que horas davam os morangos. Ou para dar um toque ao desconhecido com quem tem andado a trocar toques e mensagens. Ou para ver as horas e ficar a saber quanto tempo faltava para acabar o sacrifício de estar ali numa sala de aula com aquela velha tirana. Como vêem, tudo coisas que não podiam esperar! Coitada da aluna! Tal como dizia no prós e contras o senhor que citei há pouco: «Tirar o telemóvel à aluna demonstra uma enorme falta de respeito. É um objecto pessoal. Mesmo em casa, por exemplo, um pai não pode atender o seu telemóvel à refeição caso impeça o filho de usar o telemóvel enquanto estão à mesa. Isso seria uma falta de respeito!» Muito bem dito! Igualdade de direitos é bonito de se ver!
E se a rapariga perdeu o episódio dos morangos por culpa de não ter acedido à página da programação durante a aula, acho muito bem que a professora seja multada! Antes mudar de escola, do que perder os morangos. Afinal, é esta série, e não a escola, que tanto contribui para que os adolescentes tenham a tal personalidade forte! Coitados dos morangos com açucar, tantas vezes postos de lado em troca de umas horas forçadas de estudo! E, não sei se já disse, coitada da aluna!

quinta-feira, abril 03, 2008

Fotos de Paris 2

Fachada principal da catedral de Notre Dame. Estava uma fila de espera grandita, mas, à boa moda portuguesa, o casal de amigos (emigrantes portugueses) que andava a passear por Paris comigo, decidiu entrar na catedral à socapa! Eu segui o exemplo e gostei de andar lá dentro. Mas a visita às torres (essa parte é paga) também deve valer a pena!


Notre Dame visto da Pont de l'Archevêché. Uma das imagens que mais me impressionou foi esta visão da catedral no primeiro dia em que a vi. Fui a pé desde o instituto de matemática até Notre Dame e fui-me aproximando aos poucos e deslumbrando com a sua beleza gótica. Nesse passeio passei pela Faculdade de Ciências da Universidade Paris VI. Um edifício velho e com um aspecto bem mais triste que a "minha" FCUL. Infelizmente, nessa altura a minha máquina fotográfica decidiu fazer uma birra e não consegui fotografar a faculdade.


A Torre à noite! Vale a pena ver!!! Durante um período (uns 15 minutos) as luzes ficam a piscar antes de se apagarem definitivamente, originando um espectáculo porreiro! Esta foi uma noite muito bem passada! Uma mariscada em casa da minha antiga babysitter (hoje é casada, tem três filhos e vive nos arredores de Paris) e um passeio pela cidade, na fase do dia em que ela é, realmente, a cidade das luzes... Estava um frio do caraças, mas foi uma noite muito engraçada.


Na mesma noite, eu, qual turista chinês que tira fotos a tudo e mais alguma coisa, tentei tirar umas fotos no separador central da avenida dos Champs Elysées. A ideia era captar as luzes dos muitos carros que circulavam por ali àquela hora (umas duas da manhã). Ao fundo podem ver(se tiverem bons olhos) o arco do triunfo. Esta é a zona da cidade que nunca dorme. Cinemas e bares abertos pela madrugada a servir os parisienses e também turistas dos quatro cantos do mundo!



Aqui têm o interior da Académie Royale de Musique, também conhecida por Ópera de Paris, apesar da ópera propriamente dita ser um edifício moderno noutra zona da cidade. A foto ficou muito má, mas o edifício é bonito e um dia gostava de assistir lá a um espectáculo. Se não me engano, esta é a Ópera onde decorre a versão para cinema do musical O Fantasma da Ópera. E estas são as escadarias principais onde decorre a cena Masquerade, uma das melhores partes do filme!