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Entre Teoremas e Chocolates: agosto 2007

quarta-feira, agosto 29, 2007

Sara Tavares

Grande falha a minha! Nunca referi aqui o quanto gosto da Sara Tavares. Andava agora a passear pelo Youtube, fui parar a vídeos dela e decidi que tinha que falar dela no blog! Lembro-me de ser criança (tinha 10 anos) e de cantar esta música... Lembro-me mesmo de um episódio muito giro. Eu andava na natação e tinha aulas nas piscinas da marinha, que fica fora de Vila Franca de Xira (onde moro). Então eu e os meus colegas íamos de autocarro. Lembro-me de um dia estarmos numa dessas curtas viagens, um autocarro cheio de gente da minha idade, de esta música passar na rádio e toda a gente a saber cantar! Na altura não sabia o significado de metade das palavras =) Hoje quando calha ouvir esta música reparo que ainda me lembro da letra e que ainda me emociono a ouvi-la. Por um lado porque a letra da música é bonita e a voz da Sara é única, por outro lado porque me lembra a minha infância e os meus sonhos de criança =) (Quando andava a pensar se escrevia ou não este post, fui parar a um blog amigo e encontrei esta belíssima coincidência)



terça-feira, agosto 28, 2007

Humor Matemático

Esta semana estou a regressar (muito) lentamente ao trabalho. Ontem estudei uma hora, hoje quase duas e assim, aos poucos, vou adquirindo o ritmo necessário para o primeiro ano de doutoramento. Como diria um dos meus professores, a matemática é uma disciplina que requer folêgo. Eu acho até que a matemática tem umas coisas em comum com o atletismo! Por isso, como qualquer atleta, necessito de uma pré-época! =) Se já estivesse em forma, se calhar estava em Osaka a ganhar medalhas (ah grande Nélson Évora).

Serve isto de introdução para vos apresentar uma definição que encontrei hoje no livro que estou a estudar. Já notei que muitos dos bons matemáticos são dotados de um sentido de humor brilhante! A melhor demonstração que tive disso foram as aulas de Variedades Diferenciáveis e de Grupos de Lie, sempre com momentos inesperados e deliciosos de humor matemático. Parece-me que a ironia é algo com que os matemáticos convivem muito bem e isso é visível muitas vezes no modo como definem alguns conceitos. Hoje encontrei esta definição engraçada, que na prática até não deve servir para muito, pelo menos no contexto em que estou a estudar as categorias:

Seja C uma das categorias Ab, Top, A-mod. Chamamos functor esquecimento ao functor F: C -> Conj definido por F(X) = conjunto subjacente a X, F(f) = f.

P.S. quem nunca estudou Teoria das Categorias pode esquecer este post. Mas para perceber isto também não é preciso muito estudo, basta algum conhecimento de Álgebra... e algum folêgo!

segunda-feira, agosto 27, 2007

Tarde Perdida

Porque é que é tão complicado configurar um router para a ligação à Tele2? =( Andei horas nisto... e o problema não ficou resolvido! Não há meio destes gajos perceberem que para leigos tudo devia ser configurado com dois ou três clicks?

quinta-feira, agosto 23, 2007

A Lista de Schindler e Hotel Ruanda

Dois dos melhores filmes que vi até hoje e que mais tarde ou mais cedo teriam direito a uma referência aqui no meu canto! "Quem salva uma vida salva o mundo inteiro!"




Às vezes


Ah como gosto às vezes daquela parte de mim que é Álvaro de Campos
Como é bom às vezes viver com aquela intensidade perene
Como gosto às vezes daquela enorme lucidez e daquela tão pouca lucidez
Como é bom às vezes desfrutar sofregamente de cada momento


Ah como gosto às vezes de sentir que a vida me ama
Como é bom às vezes senti-la correr fervorosamente nas minhas veias
Como gosto às vezes de me entregar quase febrilmente a ela
Como é bom às vezes amá-la e ao mesmo tempo odiá-la


Ah como gosto às vezes de escrever sem fazer uso da infame pontuação
Como é bom às vezes rimar apenas quando não há intenção
Como gosto às vezes das sinestesias e das hipérboles
Como é bom às vezes pôr na gaveta as metáforas e os eufemismos


Ah como gosto às vezes da festa da farra da explosão do delírio
Como é bom às vezes sentir as avalanches de emoções
Como gosto às vezes de ser arrancado pelos furacões
Como é bom às vezes gritar berrar apedrejar o silêncio


Ah como gosto às vezes de tudo o que é selvagem e cru
Como é bom às vezes ser bárbaro medieval rude
Como gosto às vezes de me tornar aquilo que só sou às vezes
Como é bom às vezes ser aquela parte de mim que é Álvaro de Campos

Sonhos

Num blog que é uma das minhas referências, um excelente post acerca dos sonhos! Eu que volta e meia dou por mim a pensar nestas coisas dos sonhos e a perguntar-me se "o sonho comanda a vida", nunca tinha pensado nesta hipótese pertinente: "os sonhos não são para se concretizarem, mas para se perseguirem".

quarta-feira, agosto 22, 2007

Taj Mahal


Li no ano passado um livro de uma das poucas escritoras de romances que consigo ler (e desta gosto mesmo muito) chamado Mandala. A escritora é Pearl S. Buck. A história desenrola-se na Índia e como pano de fundo do romance entre o marajá de uma província da Índia e de uma turista norte-americana, é-nos apresentado esse país antiquíssimo e belo, com tantas histórias para contar quantas as histórias do próprio mundo... A Índia teve ao longo da história um desenvolvimento paralelo ao da civilização ocidental. Julgo que há diferenças culturais e, infelizmente, sociais muito profundas, mas não deixa de ser um país portador de uma história rica.


No Mandala fala-se um pouco do Taj Mahal e a certa altura há uma passagem sobre "ver o luar no Taj Mahal". As sensações que a escritora consegue transmitir são muito fortes e o desejo de quem lê é estar lá... Recentemente, por culpa da eleição das novas 7 maravilhas do mundo, o Taj Mahal foi notícia. Mais convencido fiquei que a beleza deste mausoléu deve ser ímpar.


Para muitos é o maior monumento ao amor que o homem alguma vez construiu. Para outros é "apenas" um símbolo da história da Índia e um ponto de passagem obrigatório para qualquer turista. Para mim é um local que gostava de visitar um dia, com a companhia certa!

Ala dos Namorados

Durante as férias, muitas vezes enquanto estava deitado a tentar adormecer ouvia rádio (não é um hábito que tenha, até porque na minha casa não apanho quase nada). Tive a sorte de ouvir na Antena 1 alguns programas muito interessantes, com música clássica intercalada com declamações de poemas. Também na Antena 1 apanhei alguns concertos. Numa noite ouvi um concerto da Ala dos Namorados... muito bom! É um grupo que já acompanho há alguns anos. As músicas deles são de vários estilos e por isso é natural uma pessoa gostar muito de umas e não gostar tanto de outras. De qualquer modo, o que é relevante é que eles têm muita qualidade. A voz invulgar do Nuno Guerreiro da qual eu me ria quando era mais novo, é, afinal, uma voz versátil e que encaixa perfeitamente na música deles. O Manuel Paulo nas teclas garante um som próprio que indentifica o grupo independentemente do estilo de cada música. Os músicos convidados são sempre topo de gama e jogam muito bem com o duo que actualmente é a base do grupo. O concerto que ouvi era mesmo muito fixe! Fico com o desejo de um dia os ver ao vivo! Entretanto, para quem não conhece, aqui está o single do mais recente álbum da Ala!

terça-feira, agosto 21, 2007

Olah

Ora cá estou eu de volta a casa, à net, à civilização e aos horários, depois de passar uma semana na vila de Sesimbra e duas semanas no meu refúgio preferido: o Algarve! Ao contrário do que a Rock julgava, durante as férias não tive tempo para ter ideias para o blog. Estive muito ocupado a fazer aquilo em que qualquer funcionário público sabe fazer na perfeição: nada! (Já estamos a começar mal, utilizando a piada fácil e assim a descair para o brejeira) No entanto agora que voltei a casa, e enquanto não recomeço a estudar a sério (o que já devia ter acontecido, mas estou a dar-me o desconto por causa do fuso horário) vou aproveitar para postar aqui algumas coisas pouco interessantes e também algumas coisas nada interessantes.
Começo por uma coisa que é assim-assim interessante!
Bem, eu estive de férias mas não andei a dormir e como sempre este blogue está por dentro dos assuntos mais actuais e está sempre à frente da notícia... Uma das coisas que me dá mais gozo fazer nas férias é almoçar serenamente, mastigar cada pedaço do peixe grelhado (hum!...) e da batata cozida embebida em azeite como se o momento de cada mastigar fosse o motivo para ter acordado naquele dia! Ao mesmo tempo, vejo desfilar as notícias no telejornal!
Neste verão as notícias foram marcadas pela história da Maddie. Durante semanas consecutivas a história abriu todos os telejornais e ocupou os primeiros 10 ou 15 minutos. Por culpa daquilo a que os jornalistas chamam a silly season, inventaram-se mentiras e deturparam-se factos e assistimos a um circo à volta desta história triste. Nos telejornais passearam pessoas, umas mais anónimas que outras, comentando a situação com ares de quem tem algo importante a dizer, como se as suas opiniões e palpites contribuissem para aquilo que é realmente importante: descobrir o que aconteceu à Maddie!
Bem, e antes que o assunto deste post comece a vaguear sem rumo, vou concluir. Onde queria chegar é que no meio de todos os disparates que se disseram, houve um que aos meus ouvidos atingiu o auge da idiotice! Estava eu muito bem instalado a saborear o robalo e a Super Bock Green, quando na tv entrivistavam uma senhora que, como muitas outras, se tinha deslocado à Aldeia da Luz e estava junto à igreja da Aldeia da Luz à espera da mãe da Maddie. A jornalista entrevista a tal senhora e o diálogo que se seguiu foi qualquer coisa como:
- A senhora é aqui da Aldeia da Luz?
- Não, só vim cá hoje.
- E o que é que a traz cá?
- Então, vim por causa da menina, não é? Porque queria dizer à mãe para ter coragem. É que este caso mexe comigo sabe?
- Porque é que acha que isto a perturba?
- Não sei... talvez a Maddie tenha sido minha filha noutra encarnação...
Não sei o que acham desta conversa... a mim parece-me rídicula, completamente despropositada, fora do contexto e, sem querer ofender a senhora, a roçar a estupidez!