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Entre Teoremas e Chocolates: outubro 2008

sexta-feira, outubro 31, 2008

Tesourinhos Deprimentes

Leiam e façam um favor a vós mesmos: vejam o vídeo para terem um bom momento de humor!

Gripenet

Já há um par de anos que participo neste projecto que considero importante e que visa monotorizar a evolução do vírus da gripe em território português. A Patrícia deu-me a conhecer o projecto numa altura em que havia uma ameaça de pânico generalizado por causa da gripe das aves. Face a essas ameaças, este tipo de projectos faz todo o sentido. Qualquer pessoa pode participar e ocupa apenas um par de minutos por semana, o tempo necessário para preencher um questionário sobre o nosso estado de saúde, se sentimos ou não sintomas de gripe, se fomos ou não ao médico, esse tipo de coisas... Participem!

Afinal eles são humanos!


Roger Federer e Rafael Nadal desistiram ambos do torneio Masters Series de Paris por motivos físicos. O suiço por culpa dos já crónicos problemas de costas e o espanhol por causa de dores nos joelhos. Estas desistências, ainda por cima em simultâneo, vêm dar consistência à tese de que estes dois super-tenista afinal não são seres de outro planeta com capacidades que excedam as do humano comum. São "apenas" os melhores do mundo naquilo que fazem. Por outro lado, estas desistências, acompanhadas por outras recentes prestações dos dois tenistas, parecem indicar que eles se andam a evitar. Assim de cabeça, julgo que o último confronto entre eles foi mesmo na final de Wimbledon (é possível que me esteja a esquecer de algum outro confronto) e diria que por um lado o Federer deve andar receoso de voltar a enfrentar o jogador que tem o antídoto perfeito para o seu jogo e por outro lado o Nadal anda a evitar jogar contra o Federer porque não quer perder a vantagem psicológica que tem sobre ele e sabe que não está na mesma forma de Maio e Junho, quando se jogaram Wimbledon e Roland Garros. Mas eles não podem andar a evitar-se por muito mais tempo... a final dos Masters Series está aí à porta e ambos vão querer ganhar. E em 2009, quem será o rei dos courts? Será que o Nadal se afirma como número 1 que veio para ficar? Será que o Federer recupera o estatuto? Será que o Andrew Murray continua a melhorar e ultrapassa os outros dois? Será que vai ser o ano do Djokovic? Aceitam-se apostas. Eu espero que estejam todos no seu melhor, porque quem fica a ganhar é quem gosta de ténis. 2009 promete ser um grande ano para os fãs da modalidade. E quanto a torcer por algum deles, torço pelo Nadal, claro!


Nota: não sei quem ganhou o jogo da foto, mas tendo em conta que foi em terra batida, a probabilidade de ter sido o Nadal a ganhar é elevadíssima.

quarta-feira, outubro 29, 2008

Vai de mal a pior

Isto é o cúmulo da doidice... Mas como doidice até parece simpático, deixem-me usar uma expressão mais forte: isto é o cúmulo da estupidez! Digo mais, da burrice! Não sei quem dirige o CNE, não sei que raio de gente é esta, não sei que raio de filosofia eles seguem, não sei que raio de futuro querem dar aos jovens portugueses, só sei uma coisa: ao longo das décadas, reprovar um ano na escola foi o bem de muita gente. Diz o secretário de estado Valter Lemos que têm que existir "mecanismos de alternativa" para os que têm mais dificuldade. E digo eu: alternativa? A única alternativa que deve existir para não se reprovar é adquirir os conhecimentos necessários para passar para o nível de aprendizagem seguinte e isso demonstra-se tendo bom aproveitamento. Andam os professores a esforçar-se para ensinar alguma coisa aos miudos e depois aparecem estes teóricos da treta a brincar às estatísticas, a tentar fazer-nos acreditar que vivemos na Finlândia e a facilitar, facilitar e facilitar. Se os miudos não estiverem nas escolas para aprender, então estão lá a perder tempo... e a fazer os professores perderem tempo e a prejudicarem aqueles que querem aprender. Com este tipo de medidas, o que nós vamos criar são novas gerações indecisas, sem rumo, sem conhecimentos e que perdem a infância e a adolescência a encher a cabeça com vento.

terça-feira, outubro 28, 2008

PC ou Mac?


A páginas tantas, estou a pensar comprar um novo portátil. Estou muito satisfeito com o meu Toshiba que tem apenas um ano e pouco, mas acontece que brevemente ele deverá passar para as mãos da minha irmã e eu aproveitarei para comprar um portátil mais leve. Estou portanto à procura de um portátil que não pese muito, mas que tenha a mesma qualidade, fiabilidade e resistência do Toshiba Tecra, uma vez que não quero passar de cavalo para burro. E apesar de sempre ter usado PC com Windows, estou fortemente inclinado para passar para a comunidade Mac, porque quem faz parte dela só conta maravilhas. De modos que talvez o rapaz da imagem seja a minha escolha. 

Qualidade de Vida


O passeio pedonal entre Vila Franca de Xira e Alhandra é uma recente mais valia para os habitantes destas localidades. Agora ao acordar de manhã, e na falta de gente para uma partida de futebol, podemos pegar no mp3 e ir correr à beira do Tejo desfrutando de uma boa vista e um ambiente propício à prática de desporto. É saudável e tem consequências benéficas. Critico a câmara municipal de Vila Franca de Xira por ter como principal amostra de trabalho a quantidade absurda de buracos que estão abertos pela cidade. São obras por tudo quanto é rua ou ruela. Buracos abertos e reabertos, porque as obras ficam mal feitas, construções paradas há anos, obras públicas prometidas há décadas pelas sucessivas câmaras comunistas e socialistas e que só agora começam a ser realizadas, etc.. Há um projecto para um novo hospital que está na gaveta há décadas. No entanto, quando se tratou de construir um museu do neo-realismo, existiram verbas e a obra foi executada com relativa rapidez e eficácia. Prioridades... 

Mas há que aplaudir quando isso é merecido. E o passeio pedonal é motivo para eu aplaudir e para dizer: Maria da Luz Rosinha, finalmente fizeste alguma coisa de jeito! 

A norte de Lisboa, se excluirmos algumas zonas dos Olivais e da Portela (que na prática podem considerar-se como sendo a periferia de Lisboa) e se não quisermos ir para tão longe como Azambuja ou o Cartaxo, Vila Franca de Xira é a melhor cidade para viver. 

De qualquer modo, nas próximas autárquicas vou votar PSD, porque esta câmara sempre esteve muito à esquerda e seria interessante que a direita ganhasse mais força no concelho. 

segunda-feira, outubro 27, 2008

Bolonhices

Hoje descobri que o doutoramento que estou a fazer não é nem o programa doutoral de Bolonha, nem o doutoramento pré-Bolonha. É um híbrido, baseado num decreto de lei de 2006. Desconfio que há muito pouca gente neste limbo. O mais engraçado é que o processo de Bolonha veio virar os serviços académicos das universidades de pernas para o ar e ninguém entende ao certo o que andamos a fazer. Aconteceram coisas surreais, incluíndo processos de equivalência anedóticos. Houve gente mal aconselhada e, no meio da confusão, apenas uma ou outra pessoa dos serviços académicos sabe realmente o que se passa e sabe o que diz. É o que dá terem implementado este processo às três pancadas. Por causa do tal decreto de lei de 2006, esta semana tenho que fazer um seminário que servirá para avaliação e é uma espécie de pro-forma para terminar o 1º ano do doutoramento. O título é "Index Theorems for D-modules" e será uma oportunidade não só para falar daquilo que ando a estudar mas também para testar a minha capacidade de improvisar em inglês.

domingo, outubro 26, 2008

Falta pouco mais de uma semana

Uma sondagem interessante, para ir acompanhando. Votem também! É interessante constatar que a mensagem de Obama parece passar melhor para fora das fronteiras dos EUA. O mundo, cansado dos disparates e da incapacidade de Bush para lidar com as questões internacionais, quer uma mudança e um novo rumo para a política e a conduta daquela que, quer queiramos quer não, continua a ser a maior potência do globo. Nos EUA há uma grande parte da sociedade que é conservadora e que tradicionalmente garante uma boa base de votos aos republicanos (um pouco como acontecia cá com o PSD, antes do Santana ascender a primeiro ministro e deitar por terra a reputação do partido, criando uma crise à direita que ainda está por resolver). Por isso, seria sempre muito difícil que os democratas conseguissem uma vitória esmagadora, cujos números fossem semelhantes aos desta sondagem. Mesmo assim Barack Obama continua na frente e parece certo que será o próxima presidente dos USA. Oxalá a sua política seja mesmo de mudança e permita que a economia americana recupere um pouco do fulgor do passado, já que andamos todos um bocado a reboque dela.


quarta-feira, outubro 22, 2008

Above All

O doutoramento que estou a fazer deixa-me algum tempo livre. Na verdade, tenho neste momento muito mais tempo livre do que tinha na altura da licenciatura, porque trabalhar mais que 6 ou 7 horas por dia torna-se esgotante e nada produtivo. Há sempre alguns trabalhos paralelos para ir fazendo que dão para desanuviar, mas mesmo assim sobra-me muito tempo e sinto-me feliz por poder usufruir desse tempo nesta fase da minha vida. Tenho lido imenso, tenho visto muitas séries que, de outro modo, seria impossível acompanhar e tenho feito algum desporto (se bem que podia e quero fazer mais). Estas são aquelas que eu chamo as minhas actividades extracurriculares actuais. Podia aproveitar o tempo livre para ganhar mais uns trocos na mina das explicações, mas não sinto essa necessidade e julgo que o melhor é aproveitar enquanto me posso dar ao luxo de ocupar tempo com as tais actividades extracurriculares. Um dia terei outras responsabilidades, emprego, filhos e o caneco, e é provável que o tempo livre se torne uma miragem. Entretanto, decidi aumentar as minhas actividades extracurriculares criando outro blog, com um cariz diferente deste. Lá passarei a falar de assuntos relacionados com a minha fé cristã e também a opinar acerca de temas que, de algum modo, apelem aos valores e princípios que, como cristão, defendo. Nem sei ao certo como vou fazer a divisão de alguns assuntos pelos dois blogs, mas isso vai surgindo naturalmente. As razões que me impelem a criar este blog podem ser lidas lá, num dos primeiros posts. Para espreitaram este blog recém-nascido, é só clicar aqui em baixo:
Convido-vos a ler e comentar, mesmo que seja para criticar, para duvidar ou para contrariar o que escrevo, desde que haja moderação.

terça-feira, outubro 21, 2008

Aconteceu cá em casa

Estava a dar aquele concurso do Malato e aparece uma pergunta do género: "Quem foi o presidente da republica portuguesa entre Maio e Setembro de 1974". As opções eram António de Spínola, Francisco da Costa Gomes e Américo Tomás. A minha irmã responde "Américo Tomás" e diz a minha mãe "Então achas que era o Américo Tomás, depois do 25 de Abril?" e responde a minha irmã pensativa "Pois, eu sei que o 25 de Abril foi nesse ano, mas não sei em que mês foi."


(Convém dizer, em defesa da rapariga, que ela é inteligente e sabe umas coisas e que estava com sono e anda a estudar demais.)

36


Foi o número de golos que se marcaram na jornada da champions de hoje. Um dia em cheio para quem gosta de futebol de ataque. Houve resultados loucos, fazendo lembrar tempos antigos, quando o futebol não estava tão amarrado a tácticas defensivas. Só não foi um dia bom para os portistas, porque nenhum dos 36 golos foi do FCP. Estou a ver os resumos na RTP e diz o jornalista que o Dinamo Kiev marcou num livre duvidoso. Enquanto ele diz isso, passa uma imagem clara do jogador do FCP a fazer falta. E eu pergunto-me: o jornalista está a ser irónico ou quer fazer de nós parvos? Bem, vou ver os resumos dos outros jogos na RTP! Deixem-me lá disfrutar, porque 36 não acontece todos os dias!

(Disseram-me que devia escrever acerca da selecção e do Queiroz, mas em relação a esse assunto, mantenho-me em blackout. Querem ver que ainda tenho que engolir uns sapos? Afinal o Scolari percebia de futebol? Nããã!! Depois de ter visto aquelas cenas que passaram na Sic mostrando as conversas do Scolari no balneário antes dos jogos do mundial de 2006, não consigo acreditar nisso. Mas de qualquer modo, mantenho o blackout.)

quarta-feira, outubro 15, 2008

Cacos com cor

És rapariga? Perdes a cabeça por causa de bujigangas fofas? Então dá um saltinho a este espaço. Se és rapaz e queres oferecer alguma coisa a uma rapariga que perde a cabeça por causa de bujigangas fofas, podes saltar também. Lá podem ver uma exposição dos trabalhos de uma amiga minha e podem até encomendar coisinhas (não, não ganho comissão). 

(Se és rapaz e perdes a cabeça por causa de bujigangas fofas, então há aí qualquer coisa de errado...)

Katie Melua e Jamie Cullum

Desculpem lá isto não ser escrito nem cantado por mim (até porque eu cantar bem é algo tão impossível como, por exemplo, o Pauleta marcar um golo numa fase final de uma competição internacional ao serviço da selecção) mas a Patrícia mandou-me postar hoje e eu, compreendendo a necessidade homeostática de verem aqui coisas novas, decidi deixar aqui duas músicas. Não quero estar sempre a bater na mesma tecla, mas digam-me lá se isto




 e isto 




não são dois belos exemplares de coisas que dá gosto ver/ouvir?

É isto que se lê por aqui

Eu sei que não tem grande jeito deixar aqui coisas que não foram escritas ou cantadas (credo!) por mim, até porque defraudo imperdoavelmente as expectativas dos meus leitores, que vivem para ler os meus textos de sobeja qualidade e as minhas opiniões pertinentes e comummente aceites como verdades absolutas. Mas o tempo não abunda, até porque por estes dias tenho preferido entreter-me a ler a autobiografia do Colin Powell em vez de escrever aqui no blog. E também a National Geographic de Outubro que tem um artigo interessantíssimo acerca da memória, essa gaja que tantas vezes me trái. Se me lembrar onde pus a revista, logo à tarde hei-de continuar a ler o artigo. Quanto à autobiografia de Colin Powell é um livro enorme que relata grande parte da história dos USA pós-segunda guerra vista pelos olhos de um filho de emigrantes jamaicanos que cresceu nos bairros pobres de Nova Iorque, tornou-se soldado e chegou a general 4 estrelas e a chefe do estado-maior conjunto dos USA, a mais alta posição militar fardada do país (só abaixo do próprio presidente, que, lá como cá, é o chefe supremo das forças armadas). A história de Colin Powell é um exemplo de que o modelo americano, tendo decerto inúmeras falhas, tem também muitas virtudes. A família de Colin Powell foi para as terras do Tio Sam viver o sonho americano, tal como milhares de emigrantes ao longo da história e Colin Powell personifica o próprio sonho americano. Apesar de seguir uma linha um pouco gabarolas, Colin Powell conta-nos a sua ascensão no exército ao mesmo tempo que nos dá a sua visão da política externa dos USA ao longo da sua carreira. Quando Powell começa a ocupar cargos importantes no Pentágono e como conselheiro de segurança de Reagan, começam a fazer parte da história diversas personagens marcantes do último quarto do século XX. Fascinou-me principalmente a forma como Powell caracterizou Gorbachev e a própria União Soviética, enquanto a guerra fria chegava ao fim. A autobiografia contém também em detalhe a preparação e o desenvolvimento da operação Tempestade no Deserto. Eu confesso que gosto de ler acerca dos bastidores da política, porque quase sempre aquilo que passa cá para fora não corresponde ao modo como as coisas de facto aconteceram. Powell conta como muitas das decisões foram tomadas dando a impressão de que o Bush pai era incomparavelmente mais lúcido que o Bush filho. A grande falha do livro é ter sido publicado em 1995 e, por isso, não aborda o 11 de Setembro e o seu período como secretário de estado de George W. Bush, quando teve que defender a invasão no Iraque na ONU, mostrando provas de que o regime de Saddam possuía armas de destruição massiça, provas essas que, ao que tudo indica, terão sido forjadas. Ainda assim, para quem gosta de autobiografias e/ou história do século XX, recomendo a leitura de A Minha Jornada Americana.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Dormir... Há alguma coisa melhor?

Sinto uma certa obrigação de escrever qualquer coisa. Tenho um blog porque gosto de escrever e de partilhar opiniões através da escrita. E essa partilha, por vezes, mais do que um gosto é uma necessidade. E assuntos não me faltam. Mas hoje não tenho nada a declarar. Apenas tenho um profundo cansaço que me faz lembrar o Álvaro de Campos: "O que há em mim é sobretudo cansaço". Vou dormir.

terça-feira, outubro 07, 2008

Crise?


O que sei é que à conta desta suposta crise devem andar uns quantos chico-espertos (provavelmente aqueles que menos precisam) a meter milhões ao bolso. Ainda não percebi a crise, nem sequer detecto os efeitos do seu agravemento na minha bolsa. O que percebo, e não é preciso ser nenhum especialista em economia para perceber isto, é que há muita especulação e há gente que está a criar propositadamente um clima de pânico que, ao contaminar o cidadão comum, não trará nada de bom!

Entretanto vou planear uma viagem para entrar em 2009 no Luxemburgo, na linda Cidade do Luxemburgo. Desconfio que é um daqueles planos que não vai dar em nada, mas mesmo assim vou pesquisar, pensar num itinerário e esperar que o pessoal não desista da ideia! E como estamos em crise, vou ser muito poupadinho no orçamento, para não chatear os senhores do Dow Jones.

Neste post fala-se de trabalho

Hoje tive um dia de trabalho daqueles que dão prazer e uma sensação não só de dever cumprido mas de felicidade, como há meses não tinha. Habituei-me a ter com a matemática uma relação de dádivas recíprocas: eu dou-lhe o tempo e o empenho necessários para a entender e ela retribui dando-me essa tal sensação de felicidade, um gozo intelectual que não é facilmente explicável a quem nunca o experimentou. Trabalhar com matemática pode ser extremamente gratificante e este foi um segredo que eu aprendi quando andava no 7º ano (um dia conto qual foi o catalisador para eu no 7º ano ter ficado apanhado pela matemática, uma história oportuna numa altura em que há tanto facilitismo no ensino). Durante o curso a minha relação de intimidade com a matemática fortaleceu-se. Eu dediquei-me a estudá-la, a abrir caminho para a conhecer através de teorias nem sempre fáceis. E valeu a pena. A matemática não me desiludiu, pois no fim do caminho ela está lá apresentando-se bela e sorrindo (às vezes o sorriso é traiçoeiro, indicando que aquele não foi o caminho certo!). No primeiro ano do doutoramento esta sensação de reciprocidade alterou-se. Pela dificuldade dos assuntos que tive que estudar, por falta de empenho, por não ter tido a melhor abordagem ou por todas estas razões, o primeiro ano do doutoramento teve momentos penosos em que por mais que tentasse abrir caminho nunca encontrava a beleza da coisa. Agora parece que a sensação está a regressar e hoje foi o dia em que mais o senti. Caramba pá! Afinal a Teoria dos D-Módulos tem ponta por onde se lhe pegue!

segunda-feira, outubro 06, 2008

Jamie Cullum e Katie Melua



Ele faz-me esquecer que a Diana Krall existe. É um pianista e cantor de jazz genial. E ela é tão gira que eu era capaz de ver o vídeo até ao fim, mesmo que ela cantasse pior que a Ronalda. Mas depois de ver o vídeo pela décima vez, comecei a reparar na voz e deu para perceber que a rapariga canta.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Está a ser bonito


Finalmente. Após anos e anos de naufrágio, o futebol do Benfica parece ter chegado a bom porto. É claro que no futebol tudo pode ser passageiro e as variáveis são demasiadas e demasiado oscilantes para podermos analisar o futebol como se de uma ciência exacta se tratasse. Mas desta vez há uma base sólida, há trabalho a ser feito, há um treinador que dá sinais de saber muito bem o que está a fazer, há jogadores que dão sinais de serem grandes jogadores e há, finalmente, uma equipa. Uma equipa que dá sinais de ser mesmo equipa... vocês entendem. Como diz o nosso treinador (que suspeito tratar-se de um grande treinador) é bom que os adeptos tenham ilusão e é bom que a equipa alimente essa ilusão. E isso está a acontecer. Acredito numa grande época do Benfica. Talvez não seja coroada com títulos em todas as competições em que participarmos, mas no futebol o mais importante não são os títulos. O mais importante (e este é uma lição que as equipas inglesas aprenderam bem e por isso é em Inglaterra que se joga a melhor liga do mundo) é que os jogadores façam todo o possível para ganhar. Que a equipa dê o seu melhor de modo a sair de cabeça erguida e de modo a que os adeptos entendam que se o resultado não foi o melhor, foi porque não deu mesmo. Esta é um princípio básico do desporto que falta no futebol português. Num jogo de futebol ou numa competição de futebol alguém tem que perder e o mais importante é cada equipa fazer tudo para que isso não aconteça. A única equipa portuguesa com uma cultura de vitórias nos últimos anos tem sido  o Futebol Clube do Porto. Têm sido os seus jogadores aqueles que mais vezes deixam tudo o que têm em campo para ganhar os jogos (se bem que o FCP não é bom exemplo, uma vez que na sua tentativa de vencer ultrapassa a fronteira do que é lícito; ao mesmo tempo que os jogadores deixam tudo dentro do campo, o presidente joga também nos bastidores e nas casas de alterne). Este ano acredito que Quique Flores conseguirá desenvolver no Benfica esta cultura. Acredito que no final de cada jogo os adeptos estarão satisfeitos com o rendimento da equipa, independentemente do resultado. 

Não sei se já disse, mas o Quique tem pinta de grande treinador. Gostei especialmente do modo efusivo como ele festejou o primeiro golo do Benfica frente ao Sporting. E gosto do discurso sereno e lúcido, da rotação que tem dado ao plantel, das rotinas que está a criar no jogo da equipa e das boas exibições individuais de alguns jogadores, algo que tem obviamente o dedo do treinador e do preparador físico.

A História Não Se Repete?

Numa altura em que se compara a actual crise económica (que eu confesso não perceber, nem querer perceber) à crise de 1929, surge por analogia uma solução para a mesma: o que os USA precisam é que apareça um Franklin Roosevelt (que para mim, um grande ignorante no assunto, foi um dos maiores estadistas de sempre da história das democracias ocidentais) e um New Deal. Esperemos é que o início do New Deal não tenha sido este plano que o Bush conseguiu que fosse aprovado. Porque comparar o Bush a um grande estadista arruina totalmente e logo à partida esta minha analogia.  

quarta-feira, outubro 01, 2008

As fotos que uma pessoa encontra


Andava ontem a organizar fotos no pc "velho" e a passá-las para o portátil novo e encontrei esta. Não sei se algum de vocês lê ou algum dia vai ler este blog (embora saiba de pelo menos uma pessoa que não está na foto, mas que lê o blog e vai reconhecer esta gente!). Prova-se que já nesta altura (isto deve ter sido há uns 5 ou 6 anos) os meus melhores momentos eram patrocinados pelo café! Belos tempos! =) Caso algum dia vejam isto aqui ficam beijinhos e abraços para todos!

Greves

O direito à greve é muito bonito, mas devia ser usado apenas como último recurso. A greve devia ser (e penso que é neste sentido que está prevista nos estatutos) uma arma dos trabalhadores utilizada quando as negociações entre os seus representantes e os empregadores (ou o estado, no caso) estão a descambar para um final que prejudicará inegavelmente os trabalhadores. Nos últimos anos em Portugal temos assistido a uma banalização absurda do direito à greve. Ele é greves por tudo e por nada, habilmente convocadas para vésperas de feriados ou fim de semanas (vá lá, hoje não foi o caso).  Além disso, sempre ouvi dizer que a greve se faz no local de trabalho. Mas isso é daquelas frases feitas que todos dizem e ninguém parece cumprir. Não sei se os sindicatos tinham ou não razão para convocar a greve de hoje. Não estou minimamente a par de mais este braço de ferro com o governo. Andava mesmo alheado da situação, ao ponto de só hoje ter percebido que havia greve. Até porque vindo da CGTP o melhor é já nem passar cartão. Acho que boa parte dos tipos que estão à frente dos sindicatos sofrem de autismo. Vivem num mundo isolado, exigem e protestam de um modo irritante, como se os problemas pelos quais se batem fossem os únicos a merecer atenção do governo e da opinião pública. Como disse atrás, não sei se há ou não motivo para a greve de hoje. O que sei é que a greve em Portugal começa a ser tratada não como um direito, mas como uma tradição. É feita de ânimo leve e para muitos trabalhadores deixar de trabalhar por umas horas por ser dia de greve ou por ser dia de magusto, é exactamente a mesma coisa.