Este fim de semana não há posts, não há blog, não há net! Vou divertir-me que também sou gente! Vou fazer duas coisas que adoro: estar com amigos e conhecer outros sítios (já por lá estive em criança, mas não me lembro, será como ir pela primeira vez)! Quando voltar talvez hajam umas fotos interessantes para postar ou episódios engraçados para contar.
Por agora, levam com mais um post com um poema não escrito por mim e uma música não cantada nem tocada por mim. Os tipos do gato fedorento costumam dizer que os "tesourinhos deprimentes" são a melhor parte do programa, já que não é feita por eles. Eu posso dizer o mesmo em relação a estes posts! Podem parecer posts fáceis... um gajo vai ali ao Youtube ou a um site sobre o Fernando Pessoa e faz um copy/paste e já está! É quase como se os posts surgissem por geração espontânea. Mas, de facto, são os posts que não têm o meu dedo que vão servindo para dar alguma qualidade a este blog. (este post já está a ficar pouco fofo porque já estou a escrever demais) Aqui fica então um poema do Álvaro de Campos:
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
Por agora, levam com mais um post com um poema não escrito por mim e uma música não cantada nem tocada por mim. Os tipos do gato fedorento costumam dizer que os "tesourinhos deprimentes" são a melhor parte do programa, já que não é feita por eles. Eu posso dizer o mesmo em relação a estes posts! Podem parecer posts fáceis... um gajo vai ali ao Youtube ou a um site sobre o Fernando Pessoa e faz um copy/paste e já está! É quase como se os posts surgissem por geração espontânea. Mas, de facto, são os posts que não têm o meu dedo que vão servindo para dar alguma qualidade a este blog. (este post já está a ficar pouco fofo porque já estou a escrever demais) Aqui fica então um poema do Álvaro de Campos:
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
E agora uma música...
8 comentários:
"É pá", desculpa lá contrariar a tendência, mas acho que os posts que não são material próprio do autor não têm valor. Quando encontro um desses num blogue, passo logo ao post seguinte. Acho que quando se vai ao blogue da pessoa x é para ler o que ela escreve, não o que o Camões escreveu. A menos que x = Camões. Mas eu também sou um radical. :-)
Tem um bom fim-de-semana com amigos. E de preferência com amigas! ;-)
Os posts que não são material próprio do autor têm muito valor! Mostram que o autor é uma pessoa muito ocupada, que faz trabalho sério e que não tem tempo para andar a escrever disparates na net...
Acho que há menos de um ano tive uma cadeira onde se aprendia a violar direitos de autor... Ups. É melhor ficar calado.
Ola aos dois! Bem Jaime, em parte concordo contigo. Mas por vezes deixar aqui uma música ou um texto de outro autor exprime bem aquilo que eu queria dizer, mas falta-me o talento! Outras vezes é só porque me apetecia "postar" alguma coisa mas não tenho tempo para elaborar de jeito, como diz o outro comentário... Mas no meu caso não me parece que seja por causa do trabalho sério! Quanto ao fim de semana, teve amigos e amigas... mas tudo muito decente!
Carlos, tens que me dar umas explicações dessa cadeira!
Epsilon, o meu comentário tem um tom um bocado agressivo. Desculpa. Já quando o escrevi tentei "suavizar" o tom, mas parece que não fiz um bom trabalho. Reflexo de eu na altura estar chateado, algo de que nem tu nem nenhuma outra letra grega tem culpa. :-)
Jaime, não achei o teu comentário assim tão agressivo, deste a tua opinião e eu compreendo-a. Não podes é esperar que todos consigamos ter um blog cheio de coisas originais e de qualidade como tu! ;o)
(tenho que ver se mudo esta coisa do epsilon, que já vem do tempo do mIRC, e passo a assinar david)
Eu sou suspeita, mas é claro que gosto deste tipo de posts :) um blog é algo pessoal e nós colocamos o que nos apetece (embora às vezes seja difícil mesmo assim fazê-lo) há blogs de todo o género e feitio e eu não os encaro como um simples diário... até porque se o fosse não o mostrava a ninguém!
É claro que os posts escritos pelo próprio têm outro sabor e eu admiro quem o faz, realmente essa seria a base de um blog, mas mostrar admiração pelo trabalho dos outros não é nada mau, e aqui entre nós eu gosto bastante quando partilhas os teus gostos musicais :) jinhos*
PS- Esse poema faz-me sempre lembrar o meu secundário e é daqueles que eu acho mesmo excelentes!
Pois é Rock, o teu blog tem muita qualidade apesar de ser maioritariamente com post de clips ou textos de livros... quem te conhece consegue facilmente encontrar um pouco de ti e da tua disposição nas músicas e textos com que nos presenteias! =) Ainda bem que gostas dos meus gostos musicais! Pode ser que venhas a concordar que o Jazz é muito melhor que essa coisa chamada Rock! =P (brincadeirinha!)
Também acho este poema do Álvaro de Campos interessante! Mas acho-o, sobretudo, ridículo! Aliás, acho o Álvaro de Campos ridículo e acho a vida uma coisa ridícula! E a mim acho-me um gajo exdrúxulo! =)
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