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Entre Teoremas e Chocolates: 2006

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Bolhinhas de sabão

Os sonhos são como bolhas de sabão! Enquanto somos crianças adoramos vê-las esvoaçar a reflectir as cores do arco-íris! Ficamos encantados quando a espuma daquelas caixinhas cilíndricas se transforma nas bolhas misteriosas e entretemo-nos a procurar aquela bolha que leva mais tempo a rebentar! Essas bolhinhas, no seu momento de glória são, aos olhos da simplicidade das crianças, os mais preciosos tesouros! E quando uma rebenta não nos desiludimos porque outras se seguem!... Até que um dia guardamos a caixinha mágica e deixamos de nos encantar com as pequenas bolhinhas de sabão da vida! O ritmo da vida, as obrigações e os problemas impedem-nos de apreciar a beleza de uma bolha de sabão!

E é assim que também tratamos os nossos sonhos! Até certa altura alimentamo-nos da magia dos sonhos... Vemo-los crescer e depois desaparecer como bolhas de sabão rebentadas! E a alegria e força da idade catalizam novos sonhos, nova esperança... Mas tal como guardamos as caixinhas mágicas das bolhas de sabão, chega aquele dia em que, por culpa da vida e da idade adulta, enterramos os sonhos na terra infértil da memória... Entregamo-nos a um dia-a-dia sem momentos de magia e o futuro projecta-se cinzento, sem reflexos de arco-íris.

Esta pode parecer uma perspectiva triste da vida... Mas não sinto que isto seja assim tão linear. Felizmente, as leis da felicidade não são feitas de matemática e portanto não têm que ser iguais para todos. Acredito que se renovarmos a esperança e adoptarmos aquela simplicidade das crianças, então vale a pena continuar a sonhar! Se formos loucos, ousados, teimosos podemos contrariar as leis do dia-a-dia e as bolhinhas de sabão podem subir subir subir sem rebentar!

Primeiro Semestre

Nota: este post contém expressões pouco aconselháveis a quem sinta alguma aversão pela matemática. O autor não se responsabiliza por consequentes danos psicológicos nem por enjôos ou dores de cabeça.
Peço desculpa a todos os meus leitores assíduos por não escrever nada aqui há algum tempo! Muitas vezes tenho uma vontade enorme de vir aqui largar alguns pensamentos na forma de poemas... Mas o talento não abunda! O Carlos Tê bem diz que toda a gente já "injectou um pouco da sua mágoa, na veia do poeta", mas há poemas e poemas e acho que os meus não são dignos de sairem da gaveta! =)
De qualquer modo, agora que vou passar uns dias em casa talvez tenha tempo para dar um pouco de vida a este blog moribundo!
E agora vocês perguntam: "mas o que andaste tu, ó belo e modesto David, a fazer durante este tempo em que nada escreveste aqui?" e eu, sem vos querer assustar, respondo que andei mergulhado nas minhas geometrias e topologias =)

Para fazer jus ao nome do blog, falemos um pouco de matemática! Terminaram as aulas do primeiro semestre e é altura de fazer um balanço! Três cadeiras (há uma quarta, que é anual, mas ainda está em banho-maria) e uns trabalhinhos acerca de Teoria da Catástrofe. Vamos por partes:

  • Grupos de Lie: cadeira engraçadinha, envolvendo uma álgebra elementar e alguma geometria diferencial. Alguns exemplos interessantes e fica a sensação de que com mais tempo conseguiriamos aplicar a teoria de modo a obter resultados ainda mais interessantes! Muito bom o final da matéria com uma abordagem às variedades abstractas!
  • Variedades Diferenciáveis: cadeira muito fixe! Apesar do início ter entrado um pouco na medonha Teoria da Medida, a Análise em Variedades é de uma riqueza espectacular. Algumas aplicações ficam na retina e gostei especialmente da elegância do Teorema de Stokes e de saber que o Teorema Fundamental do Cálculo não é mais do que um caso particular de Stokes (bom, se calhar já devia ter reparado nisto em Análise IV, mas aí os teoremas são apresentados de uma forma diferente). Afinal parece que grande parte do cálculo se reune no Teorema de Stokes! Também gostei de voltar a encontrar o Teorema do Ponto Fixo de Brower que, pelos vistos, anda por todo o lado!
  • Geometria Simplética: a cadeira mais difícil que frequentei até hoje. Felizmente a avaliação será feita com um trabalho, caso contrário a esta hora teria que estar a estudar em vez de estar aqui a perder tempo! A cadeira começa com uma abordagem à teoria dos feixes! Durante umas semanas a pergunta à qual não consegui responder foi: "mas que raio é um feixe??". Depois de ter entendido a noção, foi altura de tentar entender mais alguma coisa acerca dessa teoria! Demorou, mas julgo que depois de mais algumas semanas a coisa ficou razoável (é claro que tive que saltar algumas demonstrações imperceptíveis e houve mesmo aquela definição de limite indutivo que nem tentei perceber... aplica-se e pronto)! A seguir passamos para análise complexa, a parte soft da cadeira: primeiro algumas revisões a uma variável, depois as generalizações com n variáveis! Enunciamos alguns resultados de geometria algébrica e o Teorema A e B de Cartan, o que quer que isso seja! =) Finalmente, falámos da Geometria Simplética propriamente dita nas duas últimas semanas e ainda não percebi grande coisa daquilo, embora alguns dos raciocíneos feitos me lembrem os raciocíneos usados em espaços de Hilbert e nas Álgebras de Lie! É sem dúvida uma cadeira puxadita, mas agradável!
  • Teoria da Catástrofe: numa palavra... LoL!

E foi o primeiro semestre! E agora... NATAL! Depois exames e depois aquele que, se Deus quiser, será o meu último semestre de aulas!

Nota final: Se leste o post até ao fim e te sentes bem e até gostaste um bocadinho, então parabéns! O DM espera por ti e lá os caloiros são estimados e bem tratados como se (!) se tratassem de uma coisa rara...!

Se leste o post até ao fim e agora não te estás a sentir muito bem, aconselho um chá de tília! Caso não melhores consulta um médico, faz psicanálise ou bebe até caíres para o lado!

sábado, novembro 18, 2006

Mais notas acerca do aborto

Antes de mais Jaime, obrigado pelo teu comentário! Já visitei várias vezes o teu blog e nunca me atrevi a comentar por achar que uma intervenção minha poderia diminuir drasticamente a qualidade do blog. Mas um dia destes eu tento...

Quanto ao que disseste, entendo o teu ponto de vista, mas talvez possa explicar melhor o meu. O método contraceptivo mais seguro é a abstinência e toda a gente tem essa opção. Daí que há partida uma mulher tenha a opção de não engravidar. Julgo que a maioria das pessoas estão suficientemente informadas para saberem que correm risco, ainda que mínimo, quando usam preservativo ou pílula. Portanto, se uma pessoa não considera a abstinência como opção válida sabe que está a adoptar um comportamento que pode ter consequências. E parece-me que uma pessoa que toma a decisão de iniciar a sua vida sexual, deveria ter maturidade para aceitar as consequências, mesmo que indesejadas. Sei que não é isto que acontece, mas não posso deixar de pensar assim porque é esta a opinião que está de acordo com os meus valores. Julgo mesmo que o ideal seria voltarmos a ter uma educação para a abstinência. Ou pelo menos que se apresentasse essa opção aos adolescentes. Actualmente o sexo aparece quase como uma obrigação na adolescência, muito por culpa das moranguices e afins. A educação sexual nas escolas, antes de ensinar como se usa o preservativo, devia ser um meio de divulgar a opção da abstinência.

Quanto à questão do aborto despenalizado não constituir um novo método contraceptivo, tenho algumas dúvidas. Tenho várias amigas/amigos que vão votar "sim" e que dizem que nunca fariam/aconselhariam um aborto, e não tenho dúvidas que não fariam mesmo. Também acredito que muitas mulheres só abortariam mesmo como última opção. Mas a proposta de lei é clara: "por opção da mulher". Não diz que o aborto é despenalizado enquanto última opção (nem poderia dizer). E acredito que a falta de escrúpulos das pessoas abrirão rapidamente precedentes e daqui a uns tempos os nossos médicos farão abortos por qualquer motivo ou mesmo sem motivo nenhum, uma vez que me parece que o médico nem terá o direito de perguntar porquê. Não me espantarei se um dia algures em Portugal, após a despenalização, um homem e uma mulher tiverem uma conversa deste género:

- Queres ir para a cama comigo?
- Epah querer querer até queria, mas não tenho preservativos.
- Epah eu também não... e não estou a tomar a pílula"
- Mas deixa lá, o aborto agora é legal, se houver azar depois resolve-se!
- pois é! Uma pessoa até se esquece! então 'bora?

Bem, talvez eu esteja a exagerar. Espero que sim! Mas vou votar "não" e um dos motivos é achar que o estado português deve ter um papel defensivo, quase paternal, nestas questões complicadas (em parte porque os portugueses padecem de imaturidade quase-generalizada e noutra parte porque é para isso que um estado serve).

Isto era para ser só uma resposta ao comentário feito ao meu primeiro post sobre o assunto, mas como ficou enorme decidi fazer disto um post e terminar assim a minha campanha a favor do "não". É melhor não falar mais neste tema, antes que os meus leitores me considerem demasiado conservador e me enviem para algum país fascista! O que até não era mal pensado... ao menos lá as minhas opiniões seriam aplaudidas e o meu ego seria alimentado (e em certas alturas ele anda tão tão magrinho...)

sábado, novembro 11, 2006

Definição de Amor

"O Amor é uma palavra imensa com sílabas de chocolate"

José Jorge Letria

Algumas notas acerca do aborto

Mais uma vez corre muita tinta acerca do aborto por culpa do referendo que aí vem. Bem, começo por deixar claro que sou contra o referendo porque em 98 houve um outro referendo exactamente com a mesma pergunta e se os portugueses deram uma resposta nessa altura, não vejo razão para lhes fazer a mesma pergunta tão depressa. Isto faz lembrar as crianças que pedem uma coisa aos pais e se eles recusam insistem e insistem e insistem até os pais cederem.
Acerca do aborto ouvem-se as maiores barbaridades. Um dia destes veio-me parar às mãos um folheto do Bloco de Esquerda que anunciava em letras vistosas: "Se queres chegar ao século XXI vota sim no referendo". Julgo que o ideal em pleno século XXI seria que não houvessem abortos. Não me parece que a despenalização seja dar um passo em frente. Entendo alguns dos motivos que levam as pessoas sérias a inclinarem-se para o "sim", mas não tenho paciência para outros motivos completamente estúpidos, falaciosos que transformam o debate num simples jogo de palavras e troca de argumentos idiotas. Quando me dizem que ter ou não ter o filho é uma opção da mulher, por ser uma situação que diz respeito ao seu corpo a minha vontade é responder que o que é uma opção da mulher é engravidar ou não engravidar, isso sim diz respeito ao seu corpo. Mas normalmente esta resposta não é muito bem aceite e eu não entendo porquê...
Tinha pensado escrever mais acerca deste assunto, mas terá que ficar para outra ocasião porque estou a ficar com muito sono... apenas quero deixar aqui a pergunta que vai ser feita aos portugueses (dizem que em Janeiro ou Fevereiro). Para mim, a pergunta é estranha do princípio ao fim. Mas a parte que estraga tudo é "... por opção da mulher...".
«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas dez primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?»

A favor da monarquia

Decidi recentemente que sou a favor da monarquia. Para não julgarem que esta é uma opinião não fundamentada ou até brincalhona, aqui ficam alguns dos motivos que cá para mim tornam a monarquia um regime muito mais benéfico para o nosso país:
- o Turismo aumentaria! Ao que ouvi dizer, de
fontes muito confiáveis, os estudos provam que os
turistas gostam de se passear nos países onde
ainda existem reis e rainhas;
- o pessimismo dos portugueses diminuiria porque
todo o encanto que envolve uma família real
acabaria por elevar o povo a uma certa condição
de nobreza (ainda que ilusória) como se todos
participassemos da vida dessa família;
- caso a monarquia substituisse rapidamente a república, nãocorreríamos o risco de um dia destes o Santana Lopes ganhar umas eleições presidenciais;
- confesso que o Duartezinho de Bragança não é o protótipo ideal de um rei... Mas fugindo a essas linhagens que vêm duma história já ultrapassada, sugiro que os portugueses possam escolher como querem dar início à próxima dinastia, passando depois a haver sucessões ao trono dentro da mesma famíla, como antigamente. Sendo assim, conheço a pessoa perfeita para o "cargo" de princesa e acreditem que os portugueses a iam adorar (com uma adoração ainda maior do que aquela que os lisboetas nutrem pela Bárbara Guimarães). Depois de a apresentar aos portugueses como a nova princesa de Portugal, julgo que a república perderia todos os seus partidários;
- com a monarquia, a rainha Rania da Jordânia (ver foto) talvez viesse algumas vezes a Portugal ;o)
- Portugal foi grande durante a monarquia! A república só nos trouxe desgraças e apertos de cintos! Enquanto os símbolos do grande Portugal do passado eram pessoas inovadoras e ousadas como o Infante Dom Henrique ou El Rei Dom João Segundo, que metiam medo a qualquer monstrengo, os símbolos mais recentes da república portuguesa são o Scolari (!) e o Ricardo, que nem conseguiram meter medo a 11 gregos toscos! Talvez a monarquia trouxesse de volta o espírito luso aventureiro e corajoso...
- finalmente um motivo a sério: já pensaram se o Dom Sebastião aí chega no seu cavalo branco, no tal dia de nevoeiro, e encontra um país republicano? O homem dá-lhe uma coisa... Ele chega aí a pensar que é rei disto tudo, e depois dizem-lhe que quem manda nisto é o Cavaco (tirando a Madeira onde o Alberto é que controla tudo)... e depois ainda descobre que mesmo que quisesse ser rei à frente dele ainda tem o Duartezinho e os seus filhinhos (cujos nomes nem os pais sabem)... Não podemos fazer isto ao homem! Temos que ter isto em atenção para defender a saúde do Sebastião (gosto tanto da monarquia que a escrever acerca dela até me dá para rimar).
Bom, julgo que já chega... já devo ter convencido toda a gente! A esta hora o Sócrates já leu isto, viu a foto da Rania e já está a pensar numa maneira de trocar o referendo do aborto por um referendo sobre a monarquia. Por falar em aborto, não percam o meu próximo post: "Algumas notas acerca do aborto" ... estreia a qualquer momento num blogue perto de si!

sábado, novembro 04, 2006

A Princesa e a Ervilha

Era uma vez um príncipe que queria casar com uma princesa — mas tinha de ser uma princesa verdadeira. Por isso, foi viajar pelo mundo fora para encontrar uma, mas havia sempre qualquer coisa que não estava certa. Viu muitas princesas, mas nunca tinha a certeza de serem genuínas; havia sempre qualquer coisa, isto ou aquilo, que não parecia estar como devia ser. Por fim, regressou a casa, muito abatido, porque queria uma princesa verdadeira.
Uma noite houve uma terrível tempestade; os trovões ribombavam, os raios rasgavam o céu e a chuva caía em torrentes — era apavorante. No meio disso tudo, alguém bateu à porta e o velho rei foi abrir.
Deparou com uma princesa. Mas, meu Deus!, o estado em que ela estava! A água escorria-lhe pelos cabelos e pela roupa e saía pelas biqueiras e pela parte de trás dos sapatos. No entanto, ela afirmou que era uma princesa de verdade.
— Bem, já vamos ver isso — pensou a velha rainha. Não disse uma palavra, mas foi ao quarto de hóspedes, desmanchou a cama toda e pôs uma pequena ervilha no colchão. Depois empilhou mais vinte colchões e vinte cobertores por cima. A princesa iria dormir nessa cama.
De manhã, perguntaram-lhe se tinha dormido bem.
— Oh, pessimamente! Não preguei olho em toda a noite! Só Deus sabe o que havia na cama, mas senti uma coisa dura que me encheu de nódoas negras. Foi horrível.
Então ficaram com a certeza de terem encontrado uma princesa verdadeira, pois ela tinha sentido a ervilha através de vinte edredões e vinte colchões. Só uma princesa verdadeira podia ser tão sensível.
Então o príncipe casou com ela; não precisava de procurar mais. A ervilha foi para o museu; podem ir lá vê-la, se é que ninguém a tirou.
Aqui têm uma bela história!
Hans Christian Andersen

terça-feira, outubro 03, 2006

Relativo ao post anterior

Em relação ao meu último post, tenho ainda a dizer que a nossa tendência para resolver o problema de escrever a vida é fazer o mesmo que faziamos quando não estudavamos o suficiente para um exame: copiar pelos colegas que estavam mais perto. Assim, ficavamos todos com o exame resolvido e tinhamos sempre a esperança de que os nossos colegas soubessem alguma coisa do assunto, para podermos passar todos. Mas julgo que prefiro ter as páginas em branco, do que escrever a vida dessa maneira! (Acho que estou a ser coerente, porque nas escolas das letras e dos números não me lembro de alguma vez ter copiado... bom, aquela vez não conta... nem aquela... =) )

Páginas em branco

Abro o caderno para escrever a vida
Olho para as páginas em branco
E reparo que não sei como começar!...
A vida escreve-se em prosa ou em poesia?
Os românticos diriam poesia,
Os pragmáticos talvez prosa!
Eu julgo que preferia escrevê-la em poesia!...
Mas poderá ser uma poesia com rimas?
Por exemplo, será que a vida pode ser um soneto?
Será uma poesia sem forma ou do género barroco?
Fico indeciso... talvez o melhor seja tentar a prosa!
Mas a primeira letra não aparece,
Nem para prosa, nem para poesia!
Só então noto que não sei o alfabeto!
Conheço as letras e os números,
Mas não sei em que alfabeto se escreve a vida!
Posso estudar as línguas dos homens,
Mas não sei em que língua fala o coração!
Não há quem ensine estas matérias
Nas escolas das letras e dos números.
E não sei onde as posso aprender!
Entretanto, as páginas continuam em branco...

sábado, setembro 23, 2006

Martin Luther King

I am happy to join with you today in what will go down in history as the greatest demonstration for freedom in the history of our nation.
Five score years ago, a great American, in whose symbolic shadow we stand today, signed the Emancipation Proclamation. This momentous decree came as a great beacon light of hope to millions of Negro slaves who had been seared in the flames of withering injustice. It came as a joyous daybreak to end the long night of their captivity.
But one hundred years later, the Negro still is not free. One hundred years later, the life of the Negro is still sadly crippled by the manacles of segregation and the chains of discrimination. One hundred years later, the Negro lives on a lonely island of poverty in the midst of a vast ocean of material prosperity. One hundred years later, the Negro is still languishing in the corners of American society and finds himself an exile in his own land. So we have come here today to dramatize a shameful condition.
In a sense we have come to our nation's capital to cash a check. When the architects of our republic wrote the magnificent words of the Constitution and the Declaration of Independence, they were signing a promissory note to which every American was to fall heir. This note was a promise that all men, yes, black men as well as white men, would be guaranteed the unalienable rights of life, liberty, and the pursuit of happiness.
It is obvious today that America has defaulted on this promissory note insofar as her citizens of color are concerned. Instead of honoring this sacred obligation, America has given the Negro people a bad check, a check which has come back marked "insufficient funds." But we refuse to believe that the bank of justice is bankrupt. We refuse to believe that there are insufficient funds in the great vaults of opportunity of this nation. So we have come to cash this check — a check that will give us upon demand the riches of freedom and the security of justice. We have also come to this hallowed spot to remind America of the fierce urgency of now. This is no time to engage in the luxury of cooling off or to take the tranquilizing drug of gradualism. Now is the time to make real the promises of democracy. Now is the time to rise from the dark and desolate valley of segregation to the sunlit path of racial justice. Now is the time to lift our nation from the quick sands of racial injustice to the solid rock of brotherhood. Now is the time to make justice a reality for all of God's children.
It would be fatal for the nation to overlook the urgency of the moment. This sweltering summer of the Negro's legitimate discontent will not pass until there is an invigorating autumn of freedom and equality. Nineteen sixty-three is not an end, but a beginning. Those who hope that the Negro needed to blow off steam and will now be content will have a rude awakening if the nation returns to business as usual. There will be neither rest nor tranquility in America until the Negro is granted his citizenship rights. The whirlwinds of revolt will continue to shake the foundations of our nation until the bright day of justice emerges.
But there is something that I must say to my people who stand on the warm threshold which leads into the palace of justice. In the process of gaining our rightful place we must not be guilty of wrongful deeds. Let us not seek to satisfy our thirst for freedom by drinking from the cup of bitterness and hatred.
We must forever conduct our struggle on the high plane of dignity and discipline. We must not allow our creative protest to degenerate into physical violence. Again and again we must rise to the majestic heights of meeting physical force with soul force. The marvelous new militancy which has engulfed the Negro community must not lead us to distrust of all white people, for many of our white brothers, as evidenced by their presence here today, have come to realize that their destiny is tied up with our destiny and their freedom is inextricably bound to our freedom. We cannot walk alone.
As we walk, we must make the pledge that we shall march ahead. We cannot turn back. There are those who are asking the devotees of civil rights, "When will you be satisfied?" We can never be satisfied as long as the Negro is the victim of the unspeakable horrors of police brutality. We can never be satisfied, as long as our bodies, heavy with the fatigue of travel, cannot gain lodging in the motels of the highways and the hotels of the cities. We can never be satisfied as long as a Negro in Mississippi cannot vote and a Negro in New York believes he has nothing for which to vote. No, no, we are not satisfied, and we will not be satisfied until justice rolls down like waters and righteousness like a mighty stream.
I am not unmindful that some of you have come here out of great trials and tribulations. Some of you have come fresh from narrow jail cells. Some of you have come from areas where your quest for freedom left you battered by the storms of persecution and staggered by the winds of police brutality. You have been the veterans of creative suffering. Continue to work with the faith that unearned suffering is redemptive.
Go back to Mississippi, go back to Alabama, go back to South Carolina, go back to Georgia, go back to Louisiana, go back to the slums and ghettos of our northern cities, knowing that somehow this situation can and will be changed. Let us not wallow in the valley of despair.
I say to you today, my friends, so even though we face the difficulties of today and tomorrow, I still have a dream. It is a dream deeply rooted in the American dream.
I have a dream that one day this nation will rise up and live out the true meaning of its creed: "We hold these truths to be self-evident: that all men are created equal."
I have a dream that one day on the red hills of Georgia the sons of former slaves and the sons of former slave owners will be able to sit down together at the table of brotherhood.
I have a dream that one day even the state of Mississippi, a state sweltering with the heat of injustice, sweltering with the heat of oppression, will be transformed into an oasis of freedom and justice.
I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.
I have a dream today.
I have a dream that one day, down in Alabama, with its vicious racists, with its governor having his lips dripping with the words of interposition and nullification; one day right there in Alabama, little black boys and black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers.
I have a dream today.
I have a dream that one day every valley shall be exalted, every hill and mountain shall be made low, the rough places will be made plain, and the crooked places will be made straight, and the glory of the Lord shall be revealed, and all flesh shall see it together.
This is our hope. This is the faith that I go back to the South with. With this faith we will be able to hew out of the mountain of despair a stone of hope. With this faith we will be able to transform the jangling discords of our nation into a beautiful symphony of brotherhood. With this faith we will be able to work together, to pray together, to struggle together, to go to jail together, to stand up for freedom together, knowing that we will be free one day.
This will be the day when all of God's children will be able to sing with a new meaning, "My country, 'tis of thee, sweet land of liberty, of thee I sing. Land where my fathers died, land of the pilgrim's pride, from every mountainside, let freedom ring."
And if America is to be a great nation this must become true. So let freedom ring from the prodigious hilltops of New Hampshire. Let freedom ring from the mighty mountains of New York. Let freedom ring from the heightening Alleghenies of Pennsylvania!
Let freedom ring from the snowcapped Rockies of Colorado!
Let freedom ring from the curvaceous slopes of California!
But not only that; let freedom ring from Stone Mountain of Georgia!
Let freedom ring from Lookout Mountain of Tennessee!
Let freedom ring from every hill and molehill of Mississippi. From every mountainside, let freedom ring.
And when this happens, When we allow freedom to ring, when we let it ring from every village and every hamlet, from every state and every city, we will be able to speed up that day when all of God's children, black men and white men, Jews and Gentiles, Protestants and Catholics, will be able to join hands and sing in the words of the old Negro spiritual, "Free at last! free at last! thank God Almighty, we are free at last!"

domingo, setembro 03, 2006

Andre Agassi


Estou longe de ser um especialista em Ténis. Apenas gosto de assistir a um bom jogo, de vez em quando. Tenho o hábito de estar atento aos torneios do Grand Slam e tenho tido a sorte de "apanhar" na Eurosport alguns jogos espectaculares.
Hoje apanhei um jogo que até não foi muito bem jogado... mas foi na mesma um jogo espectacular. Foi a despedida de Andre Agassi dos courts. Se hoje aprecio ténis, a culpa é, em grande parte, deste excelente jogador! Foi o melhor jogador que vi jogar! Perdoem-me aqueles que são fãs do Pete Sampras... é verdade que o Sampras tem mais títulos, mas nunca o vi dar espectáculo como o Agassi deu! Ninguém responde ao serviço como ele, e os passing-shots que conseguia desencantar eram deliciosos e surpreendentes!

Para aqueles que não têm ideia daquilo que o Agassi alcançou, aqui fica um breve currículo: 60 títulos ATP (sétimo jogador com mais títulos de sempre), entre os quais 17 ATP Masters Series (record), 8 torneios de Grand Slam, final do Masters Series, Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos (Atlanta 96), 3 vitórias na Davis Cup (competição de ténis entre selecções dos vários países), etc etc etc. É de realçar que o Agassi foi um dos únicos 5 jogadores da história a ganhar os 4 grand slams! É também fantástico o facto de ter estado no Top 10 do ranking ATP durante 16 anos!! Formidável! Só outro jogador na história do ténis tinha conseguido essa proeza! E o que dizer de um jogador que em 1997 parecia ter os dias contados, acabando o ano como número 122 do ranking ATP e que no ano seguinte deu o maior salto da história do ténis para o Top 10, chegando ao final de 1998 como número 6? O que dizer de um jogador que em 2003, aos 33 anos, se tornou no número 1 mais velho de sempre da história do ténis?
Não há muito mais a dizer... o ténis hoje ficou mais cinzento!

sábado, agosto 19, 2006

Por Cima da Vida (outra letra de uma musica do Luis Represas)

POR CIMA DA VIDA

Deixou

Na berma da estrada

Um resto de tudo

Um rasto

De tudo o que era seu

E nada lhe dizia

Adeus

E nem olhou

Por cima do ombro

Por cima da vida

Por baixo dos sonhos

Que há muito as incertezas

Perdeu

Atrás de si só terra

Quimada pelo vício

De esperar muito mais de si

Atrás de si só um sinal

Que os homens lhe mostraram

"o mundo para ti termina aqui"

Em frente

Tanto mais é longo

O dia Quanto mais for cega

A falta de paixão

Que se transforma em frio

E dor

Sonhar

Mesmo sem dormir

Mesmo sem ser noite

Mesmo sem ter dias

Mesmo sem sonhar

É como se outra vida

Vier

O coração só se nega

Quando o sonho se entrega

P'ra se desesperar

Por cada desespero um sonho

Por cada sonho uma vontade

De se ressuscitar

Voltou

Por cima de tudo

Desfraldando vida

Cavalgando o sonho

E na berma da estrada

Nem ele se lembra

De sí


quarta-feira, julho 26, 2006

28 de Maio de 2006


O dia 28 de Maio de 2006 foi um dia especial! Vou deixar aqui o "discurso" que fiz nesse dia, para reforçar os meus agradecimentos a todos os que estão a contribuir para que eu venha a ser "doutor" (é ja em Setembro, se Deus quiser)! Não foi exactamente isto que eu disse naquele dia, porque improvisei um pouco, mas era isto que levava escrito nas minhas folhas!


Gostava de aproveitar esta cerimónia para dedicar algumas palavras às pessoas que tornaram possível o meu sucesso académico.

Para agradecer a todos os que contribuíram para este momento, tenho que começar por recuar ao dia 13 de Março de 84, dia em que um bebé gorducho e com um olho inchado foi acolhido por dois pares de braços meigos e atenciosos. A minha infância foi regada pelo amor e direcção sábia dos meus pais. Desde cedo incentivaram-me a estudar e sempre tive todas as condições necessárias para dar o meu melhor nas tarefas escolares. Por tudo o que fizeram por mim, é claro que grande parte do mérito do meu sucesso é vosso! Juntamente com os meus pais, a minha irmã e o meu avô fazem parte do meu dia-a-dia e permitem que a minha vida seja sustentada por um ambiente familiar seguro e saudável. Aos quatro, muito obrigado!

Para que a lista de agradecimentos fosse completa teria que agradecer a dezenas de pessoas que ao longo do meu percurso me influenciaram: aos amigos, familiares, colegas e professores. Se tentasse referir os nomes de todas estas pessoas certamente a memória me trairia e alguns seriam esquecidos. Portanto, gostava que todos se sentissem incluídos nos meus agradecimentos!

Em especial há algumas pessoas que aqui estão hoje que merecem destaque nos meus agradecimentos. Começando pela minha professora da escola primária, que me aturou muitos disparates e que me conduziu a desenvolver a minha inteligência desde pequeno. Obrigado pela paciência e pela dedicação!

Agradeço também muito especialmente ao Tiago e à Marisa que são pessoas muito importantes para mim. Vocês cresceram comigo, brincámos juntos, aprendemos juntos e para mim são como irmãos! Gosto muito de vocês!

Falando agora para os meus colegas de curso… Há quatro anos atrás eu era um caloiro tímido, com medo de falar com as pessoas e que tinha entrado em matemática um pouco porque tinha que optar por qualquer coisa. Nestes quatro anos nós crescemos juntos, lutámos juntos contra teoremas e demonstrações, rimos muito juntos, às vezes também chorámos, e, com o passar do tempo, deixamos de ser apenas colegas para nos tornarmos amigos! Agradeço-vos por uma infinidade de coisas: por me aturarem nos dias de neura, pela paciência nos dias em que estou mais excêntrico, pela cumplicidade, pelas discussões controversas e enriquecedoras, pelos jogos de cartas, pelas fotocópias e apontamentos, pelos sorrisos e pela amizade… obrigado por me terem dado um lugar nos vossos corações e por terem ganho um lugar no meu! Gosto imenso de vocês todos e preferia ter feito qualquer outro curso com vocês, do que fazer matemática sem a vossa companhia!

E para terminar os agradecimentos, tenho que agradecer, sobretudo, a Deus… pela paz, pela serenidade, pelo amor e pelo perdão! Agradeço-Lhe por dar cor aos meus sonhos e por colocar uma canção de esperança no meu coração, mesmo nos momentos em que o meu futuro parece escuro e silencioso. Agradeço-Lhe por permitir que eu estude uma ciência que amo e por me dar capacidade para esse estudo ser bem sucedido!

Antes de me calar quero apenas dizer que hoje estou alegre por estar a finalizar uma etapa importante da minha vida e ver o meu trabalho compensado. No entanto, nenhum diploma nos dá garantias de sermos felizes e de escolhermos os caminhos certos para as nossas vidas…

“A pessoa que acha a sabedoria, que adquire a capacidade de avaliar o certo e o errado, essa é feliz. Porque isso é melhor do que grandes riquezas. Agarra-te bem à sabedoria e será ela depois a proteger-te. Ama-a e te conservará a vida. A sabedoria é tudo o que há de mais importante, procurá-la com determinação é o primeiro passo para se ser sábio. Com ela podes desenvolver o teu discernimento. Exalta-a e ela te exaltará. Prende-a a ti e ela te conduzirá a uma vida de dignidade, ela dará à tua vida como que uma coroa de glória.”

Provérbios 3 e 4
Trocava toda a minha inteligência por um pouco desta sabedoria, e, mais do que continuar
a aprender matemática, o meu desejo é que Deus me ensine a ser sábio!


Enquanto Vivos


Enquanto mortos e vivos
Enquanto
Enquanto vivos ou mortos
Nós somos
Os vivos que querem viver
Por enquanto
Temos os mortos que não tiveram tanto

Enquanto vivos
E vivos assim
Sentimos vozes
Por ti e por mim
Que a noite e o dia
Não cabem no sermos
De sermos o mesmo
De todos os dias

Enquanto caem palavras
Do cimo de torres
Gemidos do fundo de heróis
Vão calando a noite

Crianças de uniforme grande
Limparam o mundo de risos
Deixando espalhados nos cantos
Bocados de paz

Enquanto todos os dias
Nos vendem
O sofrimento de longe
Tão perto
Vão consumindo o azul
E as cores da terra
Sabendo nós que a paz
Não é só o contrário da guerra

Enquanto vivos
E enquanto formos
Grita a vontade
De deixarmos vivos
Os cheiros e as imagens
Que sentimos
E não só lembranças
Deixadas em arquivo

Enquanto morrem as arvores
O verde
Torna-se terra de corpos
De guerras.
Queremos tambores e guitarras
Voando nas ruas
Com a alegria da vida
Que não devia ter fim

Luis Represas

No recente Colete Encarnado, festinha da cidade à qual eu até não costumo passar muito cartão, tive oportunidade de estar no concerto do Luis Represas. Desconhecia a qualidade da música dele, qualidade que sobeja sobretudo nas versões acústicas! Fui agradavelmente surpreendido e gostei Bastante (com B grande) do concerto! Entretanto, tenho ouvido até gastar o Ao Vivo No CCB e acho que de 0 a 20 dou-lhe um 17 (já me estou a armar em professor Marcelo) e só não leva mais para evitar ter que fazer uma oral já em época de férias. A partir de agora, recomendo muito Luis Represas. As letras nem sempre são imediatas e isso obriga-nos a reflectir e a misturar as palavras com a música, formando no nosso subconsciente uma imagem viva daquilo que o Luis pretende transmitir.

Em particular, há uma música que classificaria como soberba e ao mesmo tempo aterradora. É a número 7 do CD 2, Enquanto Vivos. A música e a letra são de Joaquim de Almeida. Até já tem uns aninhos, portanto, quem não for ignorante como eu, talvez já a conheça. No próximo post vou publicar a letra da música, acompanhada de um dos grande quadros jamais pintados, que julgo que se adequa!

Férias e o Código

Estou FINALMENTE de férias!! E ja decidi, se algum dia voltar a ser estudante de licenciatura não vou ser bom aluno! Bem, agora que estou de férias a vontade de escrever acerca do que quer que seja dilui-se quando me imagino estendido no sofá ou na cama, de olhos fechados, a encontrar no sossego e no silêncio o descanso de que preciso!! Mesmo assim, vou dedicar dois minutos do meu tempo e duas linhas deste blog ao cumprimento da promessa feita há uns meses atrás (desculpa lá os meses de atraso Andreazita).

Então falemos do código! Bem, a esta altura, em pleno apogeu do Verão e depois de ser atropelado por Geometrias e afins, já não me recordo dos pormenores do filme. Lembro-me que gostei do enredo e, ao contrário da opinião geral, gostei do Tom Hanks e do elenco no seu todo. Convém referir que não li o livro, pelo que não tive a decepção natural de quem já o tinha lido. A mim, que estou muito longe de ser especialista, pareceu-me um bom filme (tirando o intervalo a meio... era dispensável).

Falando agora da temática abordada no filme... Bom, já não é novidade que tudo aquilo que põe em causa a Bíblia e os dogmas cristãos seja um bom produto! O Dan Brown apenas vislumbrou um modo de ganhar "uns trocos" aliando o seu talento para a narrativa de suspense a um tema que o publico não resiste. Como já estava prevenido, não me chocou o modo como Jesus é tratado no filme. No entanto, por ser cristão e por acreditar em Jesus de todo o meu coração do modo que a Bíblia o apresenta, não posso deixar de dizer que considero o filme perigoso! Quem vê o filme ou lê o livro deve ter em conta que se trata de ficção e não de qualquer resultado de uma investigação rigorosa e séria feita por historiadores ou coisa do género. Por muito que se diga e se escreva, acredito que se alguém quer saber a verdade acerca de Jesus, aquilo que deve fazer é consultar a Bíblia, em particular os Evangelhos, pois não há livro mais actual e mais verdadeiro! Na própria Bíblia há relatos de perseguições feitas aos apóstolos, os primeiros cristãos. Nessa altura, um homem que pertencia à seita dos fariseus, que até era um dos grupos que mais perseguia os cristãos, disse, dirigindo-se ao grupo de pessoas que estavam a pressionar os apóstolos para não divulgarem a mensagem de Jesus:

"Homens de Israel, cuidado, vejam bem o que vão fazer com estas pessoas! Há algum tempo apareceu esse tal Teudas, que se julgava indivíduo importante. Juntaram-se-lhe cerca de 400 partidários, mas acabou por ser morto, e os que o seguiram foram facilmente dispersos. Depois dele, na altura do recenseamento, apareceu Judas da Galileia, que arrastou atrás de si uns discípulos, mas também morreu e os seus seguidores foram igualmente dispersos. Por isso o que vos aconselho é que deixem estes homens em paz. Se o que ensinam e fazem é só deles, em breve desaparecerão. Mas, se for obra de Deus, não poderemos impedi-los, não vá acontecer vocês acabarem por lutar contra o próprio Deus."
Actos 5: 34 - 39

E realmente, passados 2000 anos, apesar de todos os "ataques" o cristianismo continua a ganhar adeptos e Jesus continua a estar vivo no coração dos seus discípulos actuais! Isto para mim é um sinal de que o cristianismo não é uma invenção humana, mas sim o caminho que Deus planeou para o homem!

E pronto, tenho dito! Talvez noutra oportunidade escreva um pouco mais acerca do assunto! Por agora basta... Afinal não foram só duas linhas nem só dois minutos! Contente Andrea? LoL =)

sexta-feira, maio 19, 2006

Promessa

Fica aqui prometida para breve a minha crítica ao filme O Código Da Vinci!

Final da Champions

E, como se previa, o Barcelona venceu o "meu" Arsenal na final da Liga dos Campeões! Afinal, depois da melhor equipa da europa ter sido empurrada para a final por arbitragens habilidosas, o mais difícil já estava realizado... e a UEFA não ía deixar escapar a oportunidade de coroar a edição da Liga dos Campeões deste ano com a vitória da equipa que desejava! Esta Champions fez-me lembrar os tristes mundiais de futebol em que a FIFA decide à partida que a final deverá ser A vs B e tudo se faz para que o desejo da FIFA se torne realidade. Em 1998 na França, todos queriam a final França-Brasil... e se em 98 ambas as selecções fizeram por merecer a presença no Stade de France (creio que seriam, nessa altura, as melhores selecções que por aí jogavam), já em 2002, no mundial que nos deixou de olhos em bico, as cenas foram mais bizarras! A partir de certa altura, quando se constatou que a França e a Argentina foram à Ásia fazer turismo, a FIFA decidiu que a final havia de ser Alemanha-Brasil e conseguiu com truques de magia dos juízes, que tal acontecesse! Ainda conseguiu a proeza de levar a Coreia às meias finais... depois de os árbitros terem dado uma mãozinha para eliminar a Itália e a Espanha! Vamos lá a ver qual será a vontade da FIFA para a Alemanha... palpita-me que se o Brasil, a França e, claro está, a anfitreã Alemanha, estiverem em apuros, vão ter umas ajudas extra!
Bom mas voltando ao que me traz aqui, a Champions este ano soou-me a fraude! Vejamos:
1) o Barcelona começou por eliminar o Chelsea, sendo que o primeiro jogo foi bastante polémico. Sou dos que, quando surge no ecrãzinho o Mourinho a fazer queixinhas dos árbitros, não ligo muito porque já me habituei a que o "The Special One" não tenha outro modo de justificar as derrotas. Confesso que na altura não me pareceu que o Chelsea tivesse sido prejudicado... mas agora, somando um e um, dou o desconto ao Zé!
2) o Barcelona ultrapassou o Benfica numa eliminatória que ficou marcada pelas palhaçadas do Moretto e pelo penalty que ficou por assinalar na Luz (só mesmo os árbitros não viram) e que podia ter mudado o rumo da competição!
3) o Milão foi a vítima do Barça e dos árbitros nas meias-finais, ficando por explicar porque foi anulado um golo totalmente limpo do Shevchenko que empataria a eliminatória, deixando o caminho aberto para o prolongamento no Nou Camp!
E depois destas 3 eliminatórias estranhas, penso que a sentença estava dada! O Barcelona dificilmente perderia a final porque, em caso de necessidade, teria sempre uma mão amiga! A arbitragem da final foi uma treta! O critério disciplinar foi ridículo. Ficou-me na retina o cartão mostrado ao Henry, num lance em que o árbitro chegou a pisar a fronteira entre a incompetência e a anedota! Nos lances decisivos não posso dizer que haja erro de arbitragem. O lance do golo do Eto'o é muito duvidoso, mas, como diz a lei, em caso de dúvida beneficia-se a equipa que ataca... falta saber quem seria beneficiado se o lance fosse na área contrária! Já no lance da expulsão do Lehmann, assim que aconteceu fiquei curioso para ver a repetição, porque me pareceu que o Eto'o apareceu demasiado sozinho em frente ao guarda-redes alemão... mas a repetição da jogada toda não apareceu e eu mais curioso fiquei... bom, passei mesmo da curiosidade para a desconfiança! Quanto ao jogo, para além do árbitro (sim, porque felizmente ainda há futebol para além das arbitragens), notei uma certa crueldade no desfecho da partida. O barça com 11 tinha obrigação de ter jogado muito mais e melhor frente a um Arsenal reduzido! Como disse o Henry, se o Barcelona é uma equipa mágica, essa magia não se viu na final... O Arsenal controlou o jogo sem bola e, tirando a inspiração do Eto'o, o Barça não criou muito perigo! A certa altura da segunda parte ficou mesmo a sensação que o Arsenal poderia a qualquer momento chegar ao segundo... mas o azar e o cansaço misturaram-se e os ingleses acabaram por cair... com injustiça. Queria ver o Henry a elevar a taça porque ele é o melhor jogador do mundo! Talvez o Ronaldinho seja mais mágico, talvez seja mais completo, mais craque, etc. Mas a meu ver, o melhor jogador do mundo não pode ser um jogador que é constantemente protegido pelos árbitros, que mal cái no chão ouve um apito a protegê-lo! Bom acho que divaguei um pouco... só queria mesmo expor alguma da minha indignação! Acho que o Barcelona tem a melhor equipa da Europa e, como tal, não necessitaria das ajudas externas para chegar onde chegou... como as teve, deixa de ser um vencedor digno!

sábado, abril 29, 2006

Foto 10


De volta a casa... acho que já estavamos prontos para outra!! Obrigado Tiago e Daniel pela vossa companhia e pelo vosso humor que contribuiu para salpicar a viagem com momentos de riso inesquecíveis!


Foto 9


La famille sur Seine!

Foto 8

Em baixo da esquerda para a direita: eu, o Danini, a Patrícia, o Tiago e a Mara.

Em cima: a Torre!!!

Não posso dizer que tenha gostado de passar por Paris! Lembro-me de há uns anos atrás escrever à Teté (a minha ama) e de lhe dizer que gostava muito de um dia ir a Paris porque devia ser uma das cidade mais bonitas do planeta... Bem, a impressão não foi bem essa, mas também não quero ser precipitado nas minhas conclusões. Paris deve ter sítios interessantes e belos para serem apreciados com calma, sem stress... talvez o Louvre e Notre Dame! A Torre Eiffel tem mais fama que beleza e a quantidade de turistas que a rodeiam assustam facilmente! No entanto é sempre bom poder dizer que estive em Paris e que já me vi ao espelho no Sena!


sexta-feira, abril 28, 2006

Foto 7


Quando vimos a placa a indicar "Cemitério Americano" eu e o Tiago pensámos "Mas há por aqui um lugar desses?!". Pouco depois o Tiago exclamou entusiasmado "É aqui!! Nós vamos ver o cemitério!!" (Não deve ter sido bem isto que ele exclamou, mas foi algo semelhante)

Acho que por um segundo não quis acreditar... a verdade é que sempre sonhei visitar locais relacionados com a Segunda Guerra Mundial e apesar de nesses sonhos a minha mente ser preenchida pelas praias da Normandia e pelos campos de concentração, visitar este local foi o melhor que se pode arranjar (por enquanto) e foi muito marcante!

Foto 6

Por incrível que pareça este edifício com ares de palácio real é o Banco Central do Luxemburgo! Numa terra de casas baixas, rústicas e simples, os edifícios grandiosos são quase todos dos Bancos (ou da União Europeia)!


Foto 5


Actuação da banda no sábado à tarde na praça das armas (a tradução à letra deve ser mais ou menos isto)! É uma praça bastante central na cidade do Luxemburgo... Foi uma bela performance dos nossos meninos e também foi bela aquela interrupção súbita dos chineses! LoL



Foto 4


Sábado à tarde no Luxemburgo! Esta é a catedral lá do sítio! A propósito, qualquer aldeiazita daquela zona da Europa tem uma catedral em miniatura... apesar de dar a sensação que entramos numa outra era, quase medieval, a verdade é que essas igrejas oferecem à paisagem uma beleza solene e agradável!


Foto 3


18:00 horas da tarde numa estação de serviço em França, já perto de chegarmos ao nosso destino! Os 30º de temperatura atmosférica estimularam a nossa parvoíce! =)

quinta-feira, abril 27, 2006

Foto 2


Aqui temos uma salada de pernas... que é como quem diz: uma tentativa de chegar ao sono! Dormir em autocarros é tramado!

Foto 1



Aqui temos o grupo da sueca italiana na primeira noite da viagem! Bem, na verdade o Danini também pertence ao grupo dos viciados e podemos ver um pedaço dele no canto inferior direito da foto!

Foto O

Decidi postar as melhores fotos do luxemburgo e da viagem! Por vezes uma imagem vale mais que mil palavras... sobretudo quando a inspiração escasseia!

(Breve) relato de uma longa viagem ao luxemburgo!


Viajei,
Conheci,
Aprendi,
Adorei!

p.s.: espero ter tempo e inspiração para nos próximos dias escrever mais acerca da viagem.

quinta-feira, abril 13, 2006

Desculpem lá...

Estou com algumas dificuldades na configuração dos posts e assim a estética do blog não fica grande coisa! O exemplo mais gritante é o post acerca do Michael Bublé! Acho que quando guardo os posts em rascunho para postar mais tarde, ficam todos desconfigurados! Não é que eu me importe muito, até porque confesso que me esqueço frequentemente da minha faceta de bloguista... mas se alguém ler isto e souber resolver o meu problema, agradecia que me contactasse! Obrigado! Entretanto aproveito para pedir desculpa aos meus leitores assíduos por esta falta de estética! Se bem que o conjunto dos meus leitores assíduos deve estar perto do conjunto vazio! =)
P.S. Obrigado pelo incentivo Dona Trenguinha!

O Menino Alemão

Estou a ler um livro chamado "O Menino Alemão", autobiografia de um rapaz que no início de 1945 tinha 10 anos e viu-se forçado a fugir da alemanha oriental, para escapar ao horror que o Exército Vermelho trazia consigo à medida que se aproximava de Berlim. O livro narra o modo como esse rapaz, a sua mãe e a sua irmã, conseguiram alcançar a zona da alemanha administrada pelo Reino Unido e como acabaram por emigrar para os EUA. É extraordinário o fascínio que os livros acerca da segunda guerra mundial criam em mim! Mesmo depois de já ter lido de tudo um pouco acerca deste período histórico, quando pego num livro que relata o sofrimento dos judeus nos campos de concentração ou nos ghettos, as políticas loucas e assassinas do Hitler e dos seus ministros, o desenrolar da guerra nas várias frentes, o desembarque na Normandia (naquele que foi, provavelmente, o dia mais importante do século XX), a luta da resistência francesa, as jogadas políticas que aconteciam nos bastidores da guerra, a espectacular postura de Churchill nos dias negros em que Londres era constatemente bombardeada, a guerra no Pacífico, o ataque de Pearl Harbour e a resposta americana, a bomba atómica, a destruição de Hiroshima e Nagasaqui, o fim da guerra, os julgamentos de Nuremberga... parece que é sempre a primeira vez! Os cidadãos anónimos daquele tempo, o povo francês, os alemães, polacos, checos, holandeses, etc. viveram coisas que nós felizmente não sonhamos, nem nos nossos piores pesadelos! Conheceram o que de pior o homem é capaz de fazer! Entretanto, no meio do terror, há relatos fantásticos de gente nobre, gente sem nome, gente que apesar de não ter ficado na história desempenhou um papel relevante no desfecho da guerra, gente com coração que era fonte de esperança no meio do caos! Se por um lado a capacidade que o homem tem para fazer o mal é enorme, por outro lado, também é enorme a capacidade que o homem tem para amar e para se dedicar a quem está à sua volta, nas circunstâncias mais estranhas, mais tristes, mais desesperantes que podemos imaginar! É estranho como 60 anos depois, continuamos sem entender tudo aquilo que a segunda guerra mundial nos devia ter ensinado!

sábado, março 18, 2006

Michael Buble


Descobri o Michael Buble recentemente e aconselho a musica dele. Gosto sobretudo do concerto "Caught In The Act". É verdade que o jazz com muito swing nem sempre é fácil de ouvir. Depende muito do humor e das circunstâncias... mas dentro do estilo, este tipo é do melhor que já ouvi!

terça-feira, fevereiro 28, 2006

Somewhere Over The Rainbow

"Somewhere Over the Rainbow, Way Up High,
There's a land that I've heard of, once in a lullaby.
Somewhere Over the Rainbow, Skies are Blue,
And the dreams that you dare to dream, really do come true.

Some day I'll wish upon a star and wake up where
The clouds are far behind me,
Where troubles melt like lemon drops, away, above
the chimney tops, that's where you'll find me.

Somewhere Over the Rainbow, Blue birds fly
Birds fly over the Rainbow, why then, oh why can't I?

If happy little bluebirds fly beyond the Rainbow,
Why, oh why can't I?"

sábado, fevereiro 25, 2006

Father's Love Letter

Uma leitura aconselhada para quem não entende bem a mensagem da Bíblia e do Cristianismo... ou para quem nunca tentou entender...

http://fathersloveletter.com/Portuguese/textportuguese.html

Se não gostares muito de ser tratado por "você" (é o meu caso), podes optar por ler em inglês:

http://fathersloveletter.com/flltextenglish.html

sábado, fevereiro 18, 2006

Perguntas

"Porque é que nos acomodamos no sofazinho da mediocridade? Porque é que somos escravos do conformismo? Será inevitável? Será que vale a pena lutar contra esta tendência de ficarmos sentados à toa? Será que o sonho pode comandar a vida? Ou será que tudo aquilo que sonhamos está condenado a tornar-se uma utopia?

Não sei responder com rigor a estas perguntas... mas não posso aceitar que a vida seja cinzenta, monótona, triste... Apesar de não saber se isso vai fazer alguma diferenca, estou decidido a acreditar que lutar por aquilo que sonhamos é o melhor caminho!"

Escrito no dia 13 de Novembro de 2005, para o "journal" do hi5... mas podia ter sido escrito em qualquer outro dia...


sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Obrigado Sr. Rodrigo


No dia de estreia deste blog, o DM (mais precisamente uma pequena parte do DM e um intruso do DEIO) esteve a passear, na zona de São Sebastião, em Lisboa. Foi um passeio calmo e saboroso (hum... aquela sobremesa!). Mas podia não ter terminado bem... Estacionar o veículo numa zona paga, em pleno centro de Lisboa, sem efectuar o respectivo pagamento não me parece boa ideia. Sobretudo se tivermos em conta que ultimamente as multas multiplicam-se tipo praga. Assim, quero agradecer ao Sr. Rodrigo da EMEL que teve a amabilidade de não multar a Andre(i)a por estacionamento abusivo (não estou certo que seja este o termo do código que melhor se aplica ao caso) e apenas a "obrigou" a pagar 2.52€. E o que são 2.52€ comparando com 60€ ?
Ao Sr. Rodrigo, o nosso muito obrigado!! Nós gostamos de si!!

Para começar...

A maior parte do meu tempo é gasto entre o trabalho e o lazer... entre o estudo e a "borga"... entre a obrigação e a diversão... enfim, entre teoremas e chocolates! Neste espaço gostava de escrever um pouco acerca das coisas que dão cor ao meu quotidiano! E talvez tente ir um pouco além do quotidiano, um pouco além dos teoremas e chocolates, para expressar alguns dos meus pensamentos e partilhar as minhas opiniões! Não sei se esta pancada de ser dono de um blog vai durar muito... mas era fofo se conseguisse!! Estão todos convidados para comentar, nem que seja só para deixarem aqui registado que eu sou belo e modesto!!