badge
Entre Teoremas e Chocolates: setembro 2008

terça-feira, setembro 30, 2008

Um pedaço de boa música

Recordando...

Foto de grupo da escola e conferência em Buenos Aires. Por ter sido tirada no último dia, quando já muita gente estava a caminho de casa, é uma foto muito incompleta. Ainda assim dá para recordar boa parte daquela gente gira que por lá andou.

sexta-feira, setembro 26, 2008

As Regras da Sensatez

O fim de semana será passado num lugar que me traz muitas recordações. Onde passei alguns dos melhores momentos da minha vida e onde nasceram algumas das amizades mais marcantes. Diz a canção do Rui Veloso "Nunca voltes ao lugar onde já foste feliz". Mas nesta questão não posso concordar com o Carlos Tê. Até segunda.

quinta-feira, setembro 25, 2008

L'Avenir

Está quase a chegar ao fim o primeiro ano do doutoramento e a sensação que tenho é que durante este ano o doutoramento não andou para a frente nem para trás. Andou para os lados. Isto cria em mim um certo desconforto e dúvida. Será que é um passo demasiado ambicioso para mim? Será que escolhi a área ideal? Sei que continuo a amar a matemática (eh lá, isto soa mesmo poético) e quero ser matemático. Mas enquanto não tiver matemática palpável feita por mim, não poderei chamar a mim mesmo matemático. E enquanto for matemático a sério, este desconforto vai persistir... 


Se as coisas fossem como nos sonhos, daqui a 3 anos terminaria o doutoramento e depois iria uma temporada para os PALOP... para dar aulas, ou para fazer voluntariado. A ideia de ir para África é antiga. A pancada de ir a seguir ao doutoramento é recente. Deixo isto aqui escrito para daqui a uns tempos reler e verificar se foi uma ideia duradoura ou um disparate passageiro, prova da minha inconstância.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Brilhante

Foi-me contado por uma pessoa a quem agradeço por, sem intenção, contribuir para este blog (e agradeço mesmo sabendo que essa pessoa é portista ferrenha, o que abona muito a meu favor demonstrando a minha tolerância e a minha gratidão mesmo para com seres de categoria mais baixa) e aconteceu  hoje na cantina 1 da Universidade de Lisboa, mais conhecida por cantina velha: 


os caloiros de medicina a gritar para os caloiros de farmácia "Foi por um décima!".

terça-feira, setembro 23, 2008

Magalhães

A publicidade e euforia em torno do Magalhães é patética. Um computador portátil que é apresentado como se fosse a grande solução para o ensino português... Para a cena ser perfeita só faltaria dizerem que o Magalhães chegou montado num cavalo branco, numa manhã de nevoeiro. Hoje ouvi uma entrevista ao Engenheiro Sócrates na RCP, na qual o nosso primeiro disse o seguinte: "Com o Magalhães, as nossas crianças e os nossos jovens vão estar mais info-incluídos." E o jornalista, tal qual uma criança que acaba de aprender uma nova palavra, remata com: "Aqui fica então a opinião de José Sócrates, dizendo que o Magalhães vai contribuir para a info-inclusão de Portugal." Eu não sei o que é a info-inclusão, mas pelo sim pelo não amanhã vou ao centro de saúde perguntar se há vacinas contra isso! O que vale é que esta história do Magalhães vai dando para os humoristas inventarem piadas a bom ritmo. Eu não sou humorista, mas também tenho o meu bitaite. Acho muito mal que não exista uma versão feminina do Magalhães e preocupam-me as consequências que isso poderá ter. Não quero ter um filho a chegar a casa e a dizer-me: "Ó pai, eles lá na escola andam a dar Magalhães a toda a gente e eu também quero um Magalhães!". Que as meninas tenham Magalhães, isso é lá com elas. Mas para os rapazes devia existir uma versão chamada Ana Ivanovic ou, se tem que ser uma coisa fabricada em Portugal, Carla Matadinho.

sábado, setembro 20, 2008

Empate Técnico?







Entretanto deixo-vos aqui uma dúvida que me tem assaltado e que considero pertinente e merecedora de atenção por parte das autoridades na matéria (eu): os Beatles trouxeram-nos grandes músicas (e isso é inegável) e foram o apogeu musical de uma certa época

(a)  por causa das drogas, do álcool e do John Lennon. 
ou
(b) apesar das drogas , do álcool e do John Lennon.


Bom fim de semana.

Jogo

Vou fazer um jogo comigo próprio:

«David, diz lá assim de repente meia duzia de palavras que te venham à mente.»

«Lagrangiano, subanalítico, Euler, micro-suporte, tensor, 
...
caraças.

Preciso mesmo de um fim de semana com pouca matemática!»

quinta-feira, setembro 18, 2008

Incompetência

A cada dia que passa tenho mais vontade de insultar a CP e o Metro pelo péssimo serviço que prestam aos clientes. Ele é chips que não funcionam e que obrigam a comprar bilhetes enquanto se espera pelo novo passe, ele é bilhetes magnéticos que se estragam, ele é máquinas de venda de bilhetes que avariam de repente depois de estarmos na fila à espera durante horas, ele é revisores antipáticos e otários (nem todos), ele é atrasos constantes e esperas prolongadas por incompetência (ou por motivos alheios, como eles gostam de dizer), etc... Mas talvez o melhor seja respirar fundo e não deixar que estas coisas, que são vão tornando corriqueiras, estraguem o dia. Talvez o melhor seja adoptar a expressão brasileira "deixa prá lá cara!" e não perder tempo com isto.

terça-feira, setembro 16, 2008

Crescer

Provoca dor e provoca momentos de completo esgotamento. 
É uma revolução lenta que abre feridas e revela imensos defeitos. 
É bom.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Gostos não se discutem?


Aviso prévio: este é um post extremamente preconceituoso e intolerante em relação aos gostos musicais dos outros. Estou ciente disso, mas não estou disposto a abdicar da minha visão porque, como em tudo na vida, eu tenho razão!... Após este preâmbulo, cujo objectivo era deixar bem claro quem manda aqui, avancemos.

Estou seriamente preocupado com a nossa tendência para a deseducação musical. Reparem nisto:

De um lado temos uma pseudo-artista que mal consegue chegar ao fim de uma música sem desafinar uma meia duzia de vezes.  Tem a estranha capacidade de, não sendo bonita, atrair muitos fãs que a acham sensual. Dizem que tem um QI elevadíssimo, mas isso não transparece na música excessivamente empacotada que faz. Aliás, o pop é um estilo musical muito pobre (se o meu antigo maestro lesse isto, eu teria de aturar um sermão intitulado: toda a música é música e merece respeito e mais uma panóplia de tretas). A juntar a isto é uma pessoa com inclinações para as polémicas parvas (suspeito mesmo que é uma pessoa parva), como por exemplo a recente dedicatória de Like a Virgin ao Papa. Apesar disto, a Madonna veio a Portugal dar um concerto num ambiente de histeria (para o qual muito contribuiram os meios de comunicação; chegámos mesmo ao triste cúmulo de ter a Madonna como notícia de abertura do Telejornal da RTP1, a televisão pública para a qual todos contribuímos) para uma plateia de 75.000 pessoas.

Do outro lado temos Eva Cassidy. E perguntam vocês: quem é Eva Cassidy e o que é que ela tem a ver com a Madonna? Pois bem, eu não sabia quem era a Eva Cassidy até há umas semanas atrás quando, por acaso, dei por mim a ouvir atentamente uma das suas músicas no Youtube. E ela não tem nada a ver com a Madonna. Foi uma cantora talentosa norte-americana que se distinguiu por interpretar clássicos de vários estilos musicais. Tinha uma voz lindíssima, aquele tipo de voz raro que é capaz de arrancar um sorriso ao mesmo tempo que as lágrimas ameaçam rolar. Uma voz que não se limitava a interpretar as músicas. Interpretava-as com emoção - e com afinação! Morreu aos 33 anos vítima de cancro da pele e deixou-nos um legado do qual não me parece que sejamos dignos, uma vez que continuamos a preferir Madonnas. Nos cd's dela encontramos as melhores versões de algumas músicas muito conhecidas, como Time After Time, Imagine, Cheek to Cheek. Não me vou alongar mais em detalhes. Podem ler acerca dela aqui. Gostava era de perceber porque raio é que eu nunca tinha ouvido falar nela, ou, se já tinha ouvido, porque é que não prestei atenção. Os meios de comunicação gastam tanto tempo com Madonnas e não arranjam espaço e tempo para nos dar a conhecer aqueles que realmente merecem ser conhecidos... Dizem que gostos não se discutem, mas há limites para tudo, até para a falta de gosto. Se a Eva Cassidy fosse viva e viesse a Portugal dar um concerto, ela não conseguiria ter uma plateia de 75.000 pessoas nem que a entrada fosse grátis. E isto é algo que me dá que pensar... 

Ideia do Dia 17 - Só p'ra ser do contra

Estou a pensar que quando um dia me casar não quero que no meu casamento seja tocada a marcha nupcial. Para já o próprio nome indica que se trata de uma marcha, um dos géneros clássicos mais enfadonhos. Além disso, a melodia da marcha de Mendelssohn não tem piada nenhuma, enquanto a de Wagner até é bonita mas só quando o instrumental é acompanhado por um enorme coro ao vivo. Os casamentos são uma grande chatice porque não revelam imaginação nenhuma. Parece que tudo tem que acontecer segundo um protocolo implícito e monótono. Então tenho estado a pensar numa alternativa à marcha nupcial e lembrei-me disto. Bastante apropriado!

domingo, setembro 14, 2008

De repente, uma vontade de ir fazer óó

Epah vocês lembram-se disto? Isto era tão fixe!!!! =)

quinta-feira, setembro 11, 2008

09/11


Era demasiado novo e ingénuo para perceber o que estava a acontecer. Inicialmente pensava que era um acidente, mas as dúvidas dissiparam-se quando vi, em directo, o segundo avião a furar a torre. Lembro-me que estava de férias e tinha combinado ir jogar ping-pong com um amigo, depois de almoçar. Acabámos por ficar os dois estupefactos e nervosos em frente à tv durante um grande bocado. Chocados, mas sem ter a noção da monstruosidade a que estavámos a assistir. Mais tarde acabámos por ir mesmo jogar ping-pong, o que serviu para aliviar as nossas mentes consternadas.

Hoje olho para trás e parece-me que o mundo mudou naquele dia. Mas não sei se isto é verdade ou se é só uma impressão provocada pelo facto de esse dia me ter mudado muito. 

quarta-feira, setembro 10, 2008

Jackpot


Afinal o jackpot do euromilhões não foi sorteado na sexta feira passada e não saiu a um português e a um espanhol. Foi sorteado hoje e o prémio foi inteirinho para a Escandinávia, mais precisamente para um conjunto de dinamarqueses, jogadores e treinador de futebol. 

Também podia referir que quem anda com muita sorte ao jogo são os lituanos. Mas tendo o Couceiro como treinador, as duas espectaculares vitórias consecutivas sobre a Roménia e a Austria já nem podem ser  apelidadas de sorte. Aquilo é um acontecimento de probabilidade zero. E como dizia o meu professor de Probabilidades e Estatística, um acontecimento de probabilidade zero não é um acontecimento impossível, mas sim um acontecimento quase impossível. O Couceiro anda com tanta sorte que ainda começa a acreditar que é mesmo um treinador de futebol a sério. 

Olha qui coiza máis linda


Ao contrário do que muita gente pensa, o melhor do Brasil não são as praias, nem o carnaval, nem o futebol, nem o café. Não se deixem enganar! O melhor do Brasil é o bossanova. E o positivo disto é não termos que lá ir para ficar a conhecer o melhor do Brasil. Basta ouvir o Vinicius, o Tom Jobin, a Elis, o Ivan Linz, etc...

sábado, setembro 06, 2008

Miopia

aqui d'onde vejo as coisas
a vida parece
um caleidoscópio
de acontecimentos 
aleatórios
em choque constante
aglomerados num espaço e num tempo
que não escolhemos
provocando leves cócegas 
nas emoções
oferecendo a ilusão
de felicidade

mas isto é da miopia.
aqui d'onde vejo as coisas
vejo tudo
desfocado.

e se fecho os olhos 
reparo que 
aqui onde tento ver as coisas
o Sol sempre aquece 
o corpo
as memórias sempre aquecem 
a alma
o calor não é ilusão

e de olhos fechados 
concluo que
a vida é mais 
do que a soma de todas as partes
é mais 
do que aquilo que a minha vista míope 
pode alcançar.


(escrito enquanto ouvia um álbum desta senhora)

Coisas Realmente Importantes




Os argumentistas da 7ª temporada do 24 devem ser os mesmos das novelas da TVI.

Trocadilho Fácil *

Aos sábados de manhã a malta costuma juntar-se, por volta das 10, para passar umas horas em futebolada. Hoje não dá, porque mais logo, às 19, a malta joga contra Portugal.


* Ou: como este blog se está a tornar decadente

Passé Composé

Mrs Van der Tramp

quinta-feira, setembro 04, 2008

Isto não interessa a ninguém

Esta semana é assim:

9 hrs: levanto-me
9 hrs e 5 mts: entro no duche 
9 hrs e 20 mts: acordo, saio do duche e visto-me
9 hrs e 30 mts: como os cereais (excepto nos dias em que estou enjoadinho e fico com vómitos só de olhar para o leite)
9 hrs e 40 mts: lavo os dentes
9 hrs e 50 mts: saio de casa e bebo um carioca (que brevemente pode passar a café)
10 hrs: apanho o suburbano e depois o metro e aproveito a viagem para fazer qualquer coisa útil. Coisa essa que pode consistir em ler um jornal ou um livro, estudar francês ou trabalhar nas matemáticas (saco um artigo com fórmulas gigantescas que nem eu percebo, mas que dá para impressionar quem viaja por perto) ou ainda fingir-me distraído enquanto reparo nas raparigas da carruagem ou enquanto olho para as pessoas e, preconceituosamente, adivinho os seus defeitos baseando-me apenas no aspecto delas
11 hrs: chego à faculdade e começo a trabalhar
13 hrs: almoço
13 hrs e 45 mts: bebo café
13 hrs e 50 mts: recomeço o trabalho
17 hrs: faço uma pausa no trabalho para petiscar qualquer coisa (um compal vital a esta hora sabe muito bem)
17 hrs e algo: volto ao trabalho
18 hrs e 30 mts: lancho pela segunda vez  
18 hrs e 40 mts: já chega de trabalho e é hora de me pôr a andar
19 hrs: aula de francês no Cambridge
21 hrs: termina a aula e tenho o motorista à minha espera para me levar a casa
21 hrs e 30 mts: chego a casa e vou papar enquanto vejo o US Open. Com sorte apanho um jogo de jeito.
22 hrs: vejo o  mail, procuro as novidades do Benfica (nomeadamente, é preciso saber qual foi o último jogador a ser suspenso pela Liga, por ter agredido ou tentado agredir um adversário ou por ser feio ou por ter um nome esquisito), conversar com a família, fazer zapping e fazer mais uma montanha de pequenas coisas que surgem a esta hora
23 hrs: comer qualquer coisa, porque o jantar foi fraco, e continuar a fazer as coisas que comecei a fazer às 22 hrs
24 hrs: ver um episódio do 24 (neste momento, estou na 5ª temporada, a melhor de todas)
24 hrs e 40 mts: apagar a luz e deitar. E é aqui que a história ganha interesse. Quando me deito e tento adormecer fico involuntariamente às voltas na cama a conjugar quase inconscientemente verbos em francês para chamar o sono. E o sono anda a fazer-se difícil e eu conjugo e conjugo... E a minha cabeça não há meio de desligar. Foi nestes minutos de ligeiras insónias que tenho vivido esta semana que eu percebi aquilo que precisamos em dias como estes. Aquilo que me levaria a dormir mais e a ser mais produtivo quando estou acordado. E, consequentemente, aquilo que levaria este país para a frente, aquilo que nos colocaria definitivamente nos trilhos do desenvolvimento. Não é só a questão de um gerador eólico em cada casa e automóveis movidos a energia eólica. Aquilo que os portugueses precisam é simples: uma Norah Jones e um Wurlitzer à beira de cada cama a conduzir-nos carinhosamente para o planeta dos sonhos! Isto é que era! Proponho até que o orçamento de estado seja revisto e que a importação de 10.000.000 de Norah Jones seja considerada uma prioridade, já que me parece deveras mais importante que, por exemplo, a renovação da frota dos F 16. 

É tão bom quando fazem o trabalho por mim!*

Sobre o castigo ao Luisão (que entretanto será adiado, segundo dizem as notícias mais recentes):


Sobre os Jogos Olímpicos e a interpretação do medalheiro final:

Acerca da existência de Deus e da compatibilidade entre fé e ciência:


* E com uma qualidade infinitamente superior àquela que um trabalho meu teria

segunda-feira, setembro 01, 2008

Piada Olímpica

Porque é que os jamaicanos sobrevivem aos furacões?


Porque correm à frente deles.

São bons para andar, para correr e até para estar parado


Se eu tivesse alguma tara, que não as tenho porque sou extremamente saudável a nível psicológico, principalmente se tomar a medicação, talvez fosse a de coleccionar pares de ténis. Uma vez tive uns Reebok que me duraram séculos e que recordo como os meus ténis preferidos. Acho que ainda estão por aí algures já quase desfeitos e inutilizáveis, servindo como uma recordação das aventuras que vivemos juntos. Agora tenho uma relação cada vez mais bonita com estes Nike. Foram comprados para correr, mas ganharam outro estatuto quando percebi que o conforto que oferecem não pode ser igualado por uns vulgares ténis da Pull&Bear e muito menos pelos sapatos de vela que comprei para fingir que sou um gajo crescido. E então passei a usá-los com muita frequência. Foi com eles que passei fronteiras e percorri quilometros nos últimos meses! Tenho para mim que quem não tem um par de ténis fiável não cumpre os pré-requisitos para viajar. É que nestas coisas das viagens, o par de ténis é o melhor amigo do homem. E fica sempre bem dar destaque às qualidades de um amigo (para dar a ideia que eu até tenho bom coração), por isso aqui fica esta pequena homenagem aos meus ténis. Só faltava um poema intitulado "Correndo na praia ao pôr-do-sol com a Nike e as gaivotas", mas isso tem que ficar para um dia em que me esqueça de tomar a medicação.

A quanto é que está o Euribor?

Uma das grandes desvantagens de trabalhar em casa é que o meu quarto é demasiado pequeno para cá caber uma secretária decente. Tenho apenas uma pequena escravaninha onde mal é possível ter o portátil e um dossier aberto ao mesmo tempo. E neste aspecto estou muito mal habituado porque na faculdade tenho uma secretária cuja área seria suficiente para montar um acampamento para uma família de ciganos. A solução é aceitar o chão e a cama como extensões naturais da escravaninha, espalhando livros, artigos e papelada à medida que o estudo avança e recua (para acabar quase sempre no mesmo sítio). Um dia compro uma casa.