Caros e caras, já há semanas tinha recebido um forward da minha mãe (que desde que aprendeu a enviar mails não quer outra coisa) com o artigo de António Barreto publicado no Publico a 25 de Novembro. Tinha pensado em colar aqui o texto, mas entretanto esqueci-me. Hoje de visita ao dias uteis reparei que por lá também se fez referência ao assunto. E decidi levar a minha ideia avante (espero que seja a primeira e ultima vez que digo uma palavra comuna neste espaço - não contando com as palavras "vermelho" e "encarnado" quando falo do SLB). Podem ler aqui o texto, com o qual concordo plenamente. (imagem do artigo retirada do blog http://cidadanialx.blogspot.com/).
Destaco esta frase, porque toca numa cidade que me diz muito:
«Nas feiras e nos mercados, tanto em Lisboa e Porto, como em Vinhais ou Estremoz, os exércitos dos zeladores da nossa saúde e da nossa virtude fazem razias semanais e levam tudo quanto é artesanal: azeitonas, queijos, compotas, pão e enchidos.»
Quando vamos a Estremoz, os meus pais aproveitam quase sempre para ir no Sábado de manhã ao mercado, comprar as belas azeitonas, os melhores chouriços e farinheiras que por cá se fazem ou os queijos de ovelha que o meu pai muito aprecia. De há uns tempos para cá, tenho a sensação que a qualidade tem diminuido um pouco e os vendedores, que são quase sempre os próprios produtores, sentem-se constragidos por terem que apresentar o produto segundo as regras impostas. As normas estupidas que têm sido impostas retiram alguma da magia que aquele mercado tem.
Podem argumentar que as normas são impostas para garantir higiene e qualidade na confecção dos produtos alimentares. Eu acho que estas normas têm um propósito implícito bem definido: favorecer os grandes restaurantes e os grandes hipermercados que se calhar até são os que mais vezes atropelam os regulamentos.
2 comentários:
Acho que agora com a UE até o azeite nos restaurantes tem de vir em pequenas embalagens individuais.
Acho que sim! Isso até chegou a acontecer nas cantinas: substituiram os tradicionais galheteiros por umas pequenas embalagens de plástico individuais (do género das embalagens do ketchup no McDonalds). Deve ter sido um período experimental porque entretanto já voltaram os galheteiros. Não percebo porque é que alguém acha as tais embalagens mais higienicas que os galheteiros... Manias!
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