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Entre Teoremas e Chocolates: fevereiro 2008

terça-feira, fevereiro 26, 2008

As minhas leituras recentes


Neste post vou dar a minha opinião (curta) em relação aos livros que tinha comprado em Dezembro e dos quais falei aqui e em relação ao Band Of Brothers, livro que tinha encomendado na net.


A Insustentável Leveza do Ser - Desiludiu-me um pouco... estava à espera de algo diferente. Tem pontos positivos, mas em geral não correspondeu ao que esperava. O modo como as personagens são caracterizadas, aquela coisa que eu costumo referir como "densidade psicológica das personagens" agradou-me. Também gostei de alguma filosofia. Mas em relação às histórias do livro, que acabam por ser o centro da obra, confesso que não encontrei nelas nada digno de interesse.


Enquanto Salazar Dormia - É um livro aceitável que nos dá a conhecer a vida em Lisboa durante a segunda guerra mundial. Como gosto de tudo o que envolva a segunda guerra, considero que o livro foi um bom investimento. No entanto, a parte do romance não tem qualquer piada e apenas serve para fortalecer a minha preferência pelos romances da primeira metade do século XX.


Memórias de Um Escravo Americano - Uma autobiografia crua e desapaixonada de um ex-escravo americano que fugiu para o norte do país onde pôde viver livre, tendo chegado a ocupar cargos políticos. Não sendo uma grande obra, tem aquilo que para mim as autobiografias têm de mais precioso: autenticidade.


Hans - Comprei-o para ficar a conhecer Herman Hesse e gostei! É uma história triste sobre o mal que a sociedade e o sistema de ensino fazem aos adolescentes inteligentes. Apesar de se desenrolar numa vila rural da Alemanha num ambiente de início do século XX, é uma história intemporal. Gostei muito, mesmo muito, da escrita do Herman Hesse. Há muito tempo que não lia um escritor de que gostasse assim, talvez desde a Pearl Buck. Lá está, este é mais um livro que me leva a concluir que, tirando as biografias, prefiro os escritores mais antigos. Os romances modernos não me dizem muito.


Band Of Brothers - O melhor livro que li acerca da Segunda Guerra mundial! Tal como a série (da qual falei aqui e aqui), é uma experiência de realidade virtual. Há medida que lemos vamos conhecendo aquele grupo de soldados e vamos partilhando os sentimentos deles. É um livro intenso e profundo. Conduz-nos àquilo que o homem tem de melhor e de pior, perturba-nos, faz-nos chorar e rir e no fim faz-nos perceber que entre aqueles soldados estavam alguns heróis. Não pelo que fizeram para ganhar a guerra, mas pelo que fizeram uns pelos outros. Este livro merece um post próprio e espero ter tempo para o escrever brevemente.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Soltas

1) Hoje realizei (ou melhor, comecei a realizar) um sonho! =)

2) Se é para ir a Cuba, que seja em breve! Eu duvido que chegue a tempo de algum dia conhecer a Cuba pela qual se apaixonaram diversas personagens históricas e pela qual se apaixonam milhares de turistas anualmente. Mesmo assim é dos países não europeus que mais gostava de visitar, mesmo que muita coisa mude por lá.

3) As imagens da lesão do Edu, jogador do Arsenal, são arrepiantes. Para já prevê-se que possa estar pronto para voltar a competir daqui a 9 meses. Estimativa que, tendo em conta a violência do lance, até é um mal menor. Deve ser horrível um jogador ver-se privado de fazer aquilo de que mais gosta... mas estas coisas fazem parte do futebol. O lance era evitável, a forma como o jogador adversário se faz à bola não é a mais correcta e ele acaba por atingir violentamente o Edu. Mas não creio que se deva crucificar o jogador do Birmingham, Martin Taylor. Não me parece que haja intenção de lesionar o Edu. O Taylor deve sentir-se péssimo por ter feito isto a um colega de profissão. As imagens do lance são escassas. Já estiveram no youtube, mas têm sido retiradas. Podem ver estas fotos 1, 2, 3 e 4 (tive conhecimento delas no livreindirecto). São arrepiantes, mas não tanto como alguns vídeos e fotos que já estiveram no youtube.

4) Anda a circular por aí um mail acerca de uma previsão do Eisenhower e de essa previsão se estar a tornar realidade. Assim começa o texto do dito cujo: «É uma questão de História lembrar que, quando o Supremo Comandante das Forças aliadas, General Dwight D. Eisenhower encontrou as vítimas dos campos de concentração, ordenou que fosse feito o maior número possível de fotos, e fez com que os alemães das cidades vizinhas fossem guiados até aqueles campos e até mesmo enterrassem os mortos. E o motivo, ele assim explanou: " Que se tenha o máximo de documentação - façam filmes - gravem testemunhos - porque, em algum ponto ao longo da história, algum bastardo se erguerá e dirá que isto nunca aconteceu".» A verdade é que não é só o presidente do Irão que diz que o holocausto é um mito da história. Também na Europa começamos a assistir à disseminação desta ideia, a pouco e pouco. Considero isto grave, muito grave! É um erro não aprendermos com a história, é um erro ignorá-la e deturpá-la, porque isso contribuirá para que um dia a história se possa repetir. Oportunamente, falarei de novo acerca deste assunto.

5) Em Março, viagem a Paris para tentar dar um empurrão no doutoramento... sinto-me perto de perceber razoavelmente o problema proposto para a tese. Mas sinto-me longe de poder fazer qualquer coisa por mim próprio. Espero que os 10 dias em Paris sirvam para delinear uma estratégia para começar a trabalhar no problema. Há meia duzia de artigos para ler e muita teoria de feixes por saber, mas de tudo isto há que seleccionar o que é realmente importante.

6) No próximo post falarei dos livros que li ultimamente e dos livros que comprei na semana passada (voltei a perder a cabeça ao passar na feira do livro instalada na gare do Oriente).

sábado, fevereiro 23, 2008

Ideia do Dia 9 - Rui Costa

Quando o Benfica voltar a jogar qualquer coisa que se pareça com futebol, avisem! Até lá não vou fazer nenhum esforço por ver os jogos e vou evitar qualquer vestígio de esperança de que esta época ainda reserve algo de positivo. O que aconteceu na quinta feira em Nuremberga foi tão mau e tão estúpido que nem há adjectivos para o descrever. A exibição foi pior que péssima. A defesa foi patética e o ataque foi quase inexistente. Tenho pena de alguns jogadores do Benfica que nitidamente não jogam mais do que aquilo que se vê e não deviam estar no clube. Tenho pena de outros porque se esforçam mas estão a atravessar uma má fase (é o caso do Petit). Não tenho pena é do Camacho que pareça cada vez mais burro! O que se vê dentro dos campos é o reflexo daquilo que se treina e daí eu concluo que o Benfica não deve andar a treinar... No meio da miséria, há um que não sabe jogar mal. É verdade que não tem a frescura do passado, mas é por ele que passam sempre as (poucas) jogadas com pés e cabeça que a equipa constrói. O Rui Costa é um grande jogador. Um fora-de-série. Está à vontade nos 5 melhores «números 10» das ultimas duas décadas. E continua ainda hoje a mostrar que, mesmo aos 36 anos, tem uma qualidade superior. Está num nível acima do comum jogador de futebol, no nível dos Zidanes, Ronaldinhos, Kakas, etc... Por tudo isto, a ideia do dia é que o Rui devia jogar mais um ano no Benfica. Era importantíssimo para os jovens do plantel do Benfica treinarem todos os dias com uma lenda do futebol como é o Rui. E além disso, acho que o Rui Costa devia jogar no euo 2008. Os jogadores portugueses precisam de referências e a equipa precisa de uma alternativa válida para a posição do Deco. O próprio Scolari já disse que há falta de líderes na selecção. Há um vazio provocado pelas saídas de Figo, Rui Costa, Costinha e Pauleta. Não creio que isto dê qualquer resultado, nem é meu hábito participar neste tipo de iniciativas. Mas nem que seja apenas pelo simbolismo da questão, já assinei a petição on-line para que o Rui Costa jogue mais uma época.

Yes We Can

Vi o vídeo pela primeira vez num dos meus blogs preferidos, o Dias Uteis. É um vídeo de propaganda que apela aos sentimentos patrióticos dos norte-americanos, algo a que nós, na nossa Europa quase sem fronteiras, damos cada vez menos valor. Até há por aí quem critique muito os americanos por terem este tipo de postura considerada retrógrada. Eu não sei o que pode haver de retrógrado em amar o nosso país. Acho perfeitamente normal que um americano seja pró-americano e por isso compreendo e gosto da mensagem do vídeo. Para além disso, o vídeo contribui ainda mais para a ideia de que o Obama é um tipo inspirador, com algo de diferente do político comum (pelo menos dos políticos norte-americanos que têm estado mais em destaque nos ultimos anos). A campanha dele tem sido notável por causa disso: ele ultrapassa os discursos superficiais, fala como uma pessoa e fala para pessoas; tem conseguido chegar ao coração dos americanos e por isso está a pouco e pouco a tornar-se o candidato do povo e o futuro presidente.


segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Caos


Na sexta feira passada estive num local onde a desorganização era tal que me levou a pensar: "Isto é do mais caótico que já vi!" Mas enganei-me! Caótica foi a manhã de hoje em Lisboa e nos concelhos mais próximos. Em Portugal tudo se constrói e nada se planeia. O planeamento urbano é a ultima das preocupações do governo, das autarquias e das grandes construtoras. Depois as entidades responsáveis fazem aquele eterno jogo de ping-pong empurrando a culpa de umas para as outras. É um jogo cujo fim vai sempre sendo adiado, nunca sabemos qual é o resultado e por isso nunca resulta do jogo nenhuma medida relevante. Apenas sabemos quem sai derrotado do jogo: são os cidadãos que vêem os seus bens estragados, os seus carros inutilizados ou as suas casas destruídas. Era giro se de vez em quando a democracia funcionasse bem, ou seja, se o governo estivesse ao serviço do povo, em vez de estar ao serviço dos lobbies, neste caso, o lobbie das construtoras.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Um Fim de Sexta Feira




No ocaso da semana, quando até os comboios parecem adivinhar a preguiça dos dias seguintes e trilham pachorrentos os quilometros que me levarão a casa, chegarei ao lar apenas quando a lua já for grande, apenas quando o piar da coruja anunciar a sua peculiar alvorada... Neste fim de dia em que o tempo rola quase a contragosto na direcção de mais uma semana, chegarei tarde a casa, preso ao atraso de um comboio pachorrento... Neste instante até parece que tudo coopera para retardar o ponteiro. Só os neurónios se adiantam e reposam já na almofada fofa do fim de semana... E assim, também eu pachorrento, saboreio o vazio que é não ter de pensar... apenas sonho embalado pelo movimento do comboio e pelo jazz suave da Norah... Ah se todos os dias, se todos os minutos, fossem um fim de sexta feira!

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Eleições USA


neste post tinha escolhido esta questão como sendo uma das grandes incógnitas do ano. Entretanto têm sido disputadas as primárias em diversos estados e tivemos a super-terça feira esta semana. Do lado republicano a escolha parece praticamente feita. Rudolph Giulany, um candidato de quem tinha muito boa impressão, abandonou a corrida. Tinha a ideia que os americanos o tinham em boa conta devido ao trabalho que ele fez em Nova Iorque após o 11 de Setembro. Na altura pareceu-me que, com as devidas distâncias, Giulany foi uma espécie de Marquês de Pombal Nova-Iorquino. Mas este candidato acabou por não conseguir grandes apoios e deixa assim a disputa para os restantes candidatos, dos quais John McCain se tem destacado (não, não tem nada a ver com os McCann). Do lado democrata, Hillary Clinton parece estar na pole position para o que falta das primárias. No entanto, Barack Obama ainda tem algumas hipóteses. Eu decidi que apoio Barack Obama. Não me perguntem porquê, mas estou com ele. Não há nenhuma razão profunda que justifique esta minha posição, até porque não tenho acompanhado os debates e as campanhas com atenção. No entanto, há um conjunto de pequenas razões que me levam a preferir a postura do Obama. A Hillary Clinton, por muito boas ideias que tenha, não consegue apagar a impressão de que só está onde está porque o marido foi presidente. Além disso, tem um jeito cínico e atabalhoado e passa o tempo a criticar o Obama. Obama por seu lado parece mais interessado em discutir assuntos realmente importantes e tentou não responder às críticas, enquanto pode. Outro motivo que me leva a apoiar Obama é que vi no Youtube que o Stevie Wonder também o apoia! Até li uma piada gira que dizia algo do género: seja como for o Obama já não fica a perder porque vale mais teres o teu nome cantado pelo Stevie Wonder do que seres presidente dos USA.


Por tudo isto e mais algumas coisas (por exemplo, a Hillary não é bonita) o meu voto vai para Barack Obama.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Um Livro, Um Amigo 4 - Bíblia, Eclesiastes


Nestes posts acerca dos meus livros preferidos, daqueles que realmente modificaram a minha vida, é provável que venha a referir vários livros da Bíblia. A Bíblia é um livro onde tenho aprendido muito. E não estou a falar apenas de aprender os princípios do cristianismo. A Bíblia é o melhor mapa que conheço para quem quer fazer da vida um caminho feliz que leve a uma realização plena. Acredito que Deus nos criou e nos dá saude, força e potencial para termos uma vida completa e de sucesso. Muitas vezes distorcemos a ideia do que é ter «sucesso». A Bíblia dá-nos uma ideia, nalguns pontos uma ideia implícita, noutros mais explícita, de como podemos chegar a esse sucesso e que tipo de sucesso nos pode tornar realmente felizes!


De entre os livros da Bíblia há alguns difíceis de compreender. Há outros que são simples, mas que podem não nos dizer muito. No meu caso, para além dos evangelhos onde podemos ler a biografia de Jesus e para além das epístolas de Paulo onde encontramos conselhos muito actuais, há três livros de que gosto particularmente e que leio repetidas vezes, aprendendo coisas novas de cada vez que os leio. Falo dos livros de Job, de Provérbios e de Eclesiastes (que aparece nalgumas traduções com o nome de Livro do Pregador).


A Bíblia por si só é um livro que merece estar na categoria "Um Livro, Um Amigo". Mas decidi referir separadamente alguns dos livros da Bíblia para poder falar deles com algum detalhe. Hoje quero falar do livro de Eclesiastes. É um livro atribuído ao Rei Salomão, um dos grandes reis de Israel segundo reza a história. Durante o seu reinado a nação de Israel tornou-se prospera como nunca, o que lhe permitiu ter uma vida luxuosa. Salomão pediu a Deus que lhe desse sabedoria e Deus respondeu a esse pedido, tornando-o um homem sábio. Salomão escreveu os livros de Provérbios, Eclesiastes e o Cântico dos Cânticos. Enquanto o Cântico dos Cânticos é um livro poético acerca do amor entre um noivo e uma noiva, o livro de Provérbios contém essencialmente breves conclusões acerca das coisas práticas da vida e o livro de Eclesiastes é uma reflexão acerca da condição humana e da realização do homem. São ambos ligeiramente filosóficos.


Eclesiastes é um livro que pode parecer triste, escrito por alguém que está desencantado com a vida. Mas essa é a ideia com que ficamos se fizermos apenas uma leitura superficial. Salomão escreve acerca da velocidade com que a vida passa e acerca da tolice que é o homem trabalhar em vão, acerca da morte, acerca da sorte e do destino de todos e pode parecer que ele estava desiludido com a vida. Mas ele não se limita a falar de uma sina triste que oprime o homem, ele apresenta também uma solução... Ficam aqui alguns versículos de Eclesiastes. No entanto, não sei se são os mais relevantes... fiquei muito indeciso em relação aos versículos que escolhi. Se alguém ler isto e ficar com curiosidade acerca do livro de Eclesiastes, sugiro que o leiam todo. Se não tiverem nenhuma Bíblia à mão, podem ler aqui.


«Que é afinal o que uma pessoa ganha de todo o labor que o fez penar? Apenas dias plenos de tristeza, amargura, fadiga, insónias. Não há dúvida que é algo que não tem lógica. Portanto cheguei à conclusão que não havia nada melhor para o ser humano do que comer, beber e beneficiar do resultado do seu esforço, do seu trabalho. Constatei assim que é Deus quem lhe oferece este prazer, porque quem é que pode comer ou gozar da vida se não lhe for concedido por ele?»


«O que é que uma pessoa realmente obtém com o seu esforço? Pensei nisto em relação às várias espécies de trabalho que Deus dá à humanidade. Tudo tem o seu tempo próprio. Mas ainda que Deus tenha posto no coração do ser humano a ideia de eternidade, mesmo assim o homem não consegue atingir inteiramente o propósito das obras de Deus, desde o princípio até ao fim. Por isso concluí que, primeiramente, não há nada melhor para o ser humano do que ser feliz e gozar da vida, tanto quanto puder; em segundo lugar, que deve comer, beber e disfrutar do fruto do seu trabalho, pois estas coisas são um dom Deus.»
Nota: os versículos foram retirados de uma Bíblia cuja tradução foi feita com uma linguagem mais acessível e actual do que aquela que encontramos na maior parte das Bíblias com traduções mais clássicas. À Bíblia traduzida deste modo, os editores deram o nome de O Livro- A Bíblia para Hoje. Julgo que esta tradução não está disponível na internet.

A Teoria dos Quadrados II


Neste segundo post acerca da teoria dos quadrados, quero apenas justificar o porquê de usar os «quadrados» para dar título a este conjunto de ideias cujas linhas gerais podem ler no final do primeiro post desta série. Para ser sincero, os quadrados surgiram quase insconscientemente. A ideia original é a de que nós vivemos confinados a um pequeno espaço. Em rigor, podia ter descrito esse espaço como sendo tridimensional. Um cubo ou um paralelepípedo podiam estar mais de acordo com as leis físicas que regem o nosso mundo. No entanto, esta é uma questão filosófica, não física. E reduzir a dimensão na qual vivemos acaba por representar metaforicamente uma limitação ainda maior. Talvez seja por isso que sempre pensei neste espaço que nos limita como sendo algo a duas dimensões. Apenas tem uma largura e um comprimento. A altura é um infinitésimo, um epsilon imperceptível, como se este espaço que nos limita nos obrigasse a viver vergados até ao limite.

Há ainda outra questão: depois de escolher as duas dimensões, porque escolhi os quadrados e não qualquer outro tipo de figura no plano? Aqui há duas respostas possíveis. Uma delas é que para mim o quadrado é das figuras mais tristes. Um quadrilátero não regular pode ser interessante. Mas quanto ao quadrado, conhecendo qualquer uma das suas medidas ficamos a conhecê-lo perfeitamente. Esta é uma propriedade comum aos outros polígonos regulares, mas mesmo assim julgo que um hexágono regular, por exemplo, tem qualquer coisa de mais misterioso e atraente que o quadrado. A outra resposta possível é que ao escolher o quadrado, estou a estabelecer um paralelismo subtil entre a minha teoria e a ideia de que algumas pessoas são um pouco quadradas. Quando uma pessoa tem uma opinião pouco tolerante ou tem uma visão pouco abrangente da vida, é hábito dizermos que se trata de uma pessoa de mente quadrada. Parece-me que são essas pessoas que mais vivem limitadas a quadrados pequenininhos e que mais se esforçam por limitar os outros a quadradinhos do mesmo tamanho que os seus.

Fica assim justificado o título desta teoria. No próximo post proponho-me escrever acerca do problema da classificação, isto é, o problema de classificarmos as pessoas segundo os estereotipos ou impressões que temos. Tentarei explicar a relação desse problema com a minha teoria.
P.S. Estes posts são baseados na minha filosofia barata e não julgo que tenham qualquer valor. São apenas o produto de uma mente que não regula muito bem e que, às vezes, se entretem a divagar nestes assuntos!

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Ideia do Dia 8 - Fortuna

Esta é uma ideia que de vez em quando invade a minha mente e há alturas em que é bom obrigar-me a pensar nisto! A ideia de que falo é esta: eu sou um tipo muito rico!! Tenho uma fortuna enorme e não vale a pena desperdiçar os meus dias tentando aumentá-la. Tenho perto de mim as melhores pessoas que podia ter, amigos e família que me amam, uma casa confortável recheada de todos os bens necessários e de muitos outros supérfluos, carros para me deslocar, oportunidades para experimentar coisas que me alegram, para conhecer locais interessantes, para conviver com gente com quem aprendo imenso, tenho tempo e motivos para rir e sorrir... E tal como eu, há por aí muita gente rica. Mas por vezes esquecemo-nos disto e passamos os nossos dias a correr e a esfolarmo-nos para tentarmos alcançar aquilo que é desnecessário! E para apoiar esta minha ideia podem ir ao Youtube, pesquisem "poverty", vejam os vídeos e depois digam-me se somos ou não muito ricos!

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Humor Pela Manhã

Uma relíquia do humor português! Num tempo em que ainda não havia espécies de magazine, nem gato fedorento na Sic Radical, nem parlamento, havia os sketches do Raul Solnado no teatro ou nos discos!

Jazz Pela Manhã

Com a devida vénia ao Tiago por me ir dando a conhecer estes achados que ele faz no Youtube. Se souberem de grupos com este estilo de música e cujos álbuns sejam fáceis de comprar nas lojas portuguesas, avisem! Daqueles grupos que me enchem as medidas só consigo encontrar os Yellow Jackets.