No ocaso da semana, quando até os comboios parecem adivinhar a preguiça dos dias seguintes e trilham pachorrentos os quilometros que me levarão a casa, chegarei ao lar apenas quando a lua já for grande, apenas quando o piar da coruja anunciar a sua peculiar alvorada... Neste fim de dia em que o tempo rola quase a contragosto na direcção de mais uma semana, chegarei tarde a casa, preso ao atraso de um comboio pachorrento... Neste instante até parece que tudo coopera para retardar o ponteiro. Só os neurónios se adiantam e reposam já na almofada fofa do fim de semana... E assim, também eu pachorrento, saboreio o vazio que é não ter de pensar... apenas sonho embalado pelo movimento do comboio e pelo jazz suave da Norah... Ah se todos os dias, se todos os minutos, fossem um fim de sexta feira!
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
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