Na sexta feira passada estive num local onde a desorganização era tal que me levou a pensar: "Isto é do mais caótico que já vi!" Mas enganei-me! Caótica foi a manhã de hoje em Lisboa e nos concelhos mais próximos. Em Portugal tudo se constrói e nada se planeia. O planeamento urbano é a ultima das preocupações do governo, das autarquias e das grandes construtoras. Depois as entidades responsáveis fazem aquele eterno jogo de ping-pong empurrando a culpa de umas para as outras. É um jogo cujo fim vai sempre sendo adiado, nunca sabemos qual é o resultado e por isso nunca resulta do jogo nenhuma medida relevante. Apenas sabemos quem sai derrotado do jogo: são os cidadãos que vêem os seus bens estragados, os seus carros inutilizados ou as suas casas destruídas. Era giro se de vez em quando a democracia funcionasse bem, ou seja, se o governo estivesse ao serviço do povo, em vez de estar ao serviço dos lobbies, neste caso, o lobbie das construtoras.
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
O teu post é bastante pertinente.
É com algum orgulho que digo que tenho a felicidade de ser uma moradora em Lisboa, que pode dizer que o seu bairro foi bem planeado algures há muitos anos. Quando o objectivo não era construir desenfreadamente, mas sim dar alguma qualidade de vida aos cidadãos. Também não consigo perceber porque mudaram de ideias e começaram a achar que isso não era importante. A meu ver, em vez de progresso, estamos a regredir em vários aspectos e aspectos imensamente importantes, já que se percebe perfeitamente que quando não se planeiam este tipo de coisas, futuramente dão problemas! **
Esse teu bairro deve ser 1 em 1000! =) O problema é que em Portugal tudo se faz pensando a curto prazo e não a médio/longo prazo. E isto estende-se a várias áreas, não só à construção, mas também à educação, justiça, saude, etc.
Enviar um comentário