Esta é a versão séria do post «Dá-me o telemóvel já!». Mas como hoje estou mais inclinado para o meu lado irónico, este post vai ficar curtinho. A minha opinião em relação aos problemas de indisciplina nas salas de aula é que quando os adolescentes não respeitam os pais, também não vão respeitar os professores. Ouço dizer que os professores têm que fazer com que os alunos reconheçam a sua autoridade, mas sem a impôr. Não sei muito bem o que isso quer dizer... Se calhar estão à espera que, para aceder à carreira docente, os professores façam um curso de hipnose para que os alunos estejam sossegadinhos durante as aulas.
Os problemas nas salas de aula começam, na maior parte dos casos, em casa. É em casa que os miudos têm que reconhecer a autoridade dos pais para que, de um modo natural, reconheçam também a autoridade dos professores. E quando isso não acontece, a solução é impor a autoridade, estabelecendo limites rígidos e punições adequadas. As réguadas fizeram bem a muita gente. Mas agora, segundo alguns psicológos, nem um pai deve dar um estalo a um filho, quanto mais um professor a um aluno...
Eu durante alguns anos fui um adolescente um pouco problemático. Perdi a conta às vezes que fui expulso da sala de aula, a maioria delas por fazer parvoíces propositadas, tentando armar-me em engraçado e impedindo que o professor ensinasse a matéria. Cheguei a levar um estalo de uma senhora contínua. Como nunca deixei de ter boas notas, até conseguia camuflar parte do meu mau comportamento. Mas em casa era castigado frequentemente quando os meus pais sabiam das minhas asneiras. E sempre fui acompanhado de perto. A disciplina e a devoção dos meus pais foram o catalisador para crescer e adoptar um comportamento mais correcto. Os adolescentes são como os diamantes em bruto: há que lapidar a rebeldia que caracteriza a idade para que eles possam atingir todo o seu potencial. E isso nem sempre se faz com conversas de igual para igual entre pai e filho. Por vezes é preciso, como já disse, estabelecer limites e punições. Caso contrário, arriscamo-nos a que os adolescentes sejam um bando de vadios sem respeito por ninguém e sem rumo.
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