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Entre Teoremas e Chocolates: Um Livro, Um Amigo 3 - Histórias Para o Coração

domingo, janeiro 13, 2008

Um Livro, Um Amigo 3 - Histórias Para o Coração


A colecção de livros "Histórias Para o Coração", da United Press, tem alguns dos livros que mais mexeram comigo. Pequenas histórias de incentivo foram recolhidas por Alice Gray e deram origem a livros que podem ser lidos sem pressa, saboreando o ensino e a beleza de cada história. Neste livros encontramos pequenos contos ou lendas sobre as mais diversas virtudes e qualidades do ser humano. Encontramos ainda algumas metáforas sobre a vida e o amor. Encontramos alguns pensamentos que nos falam do amor de Deus. Encontramos também pequenas histórias verídicas que provam que a vida pode ter momentos profundamente bonitos. Julgo que estas histórias contribuíram imenso para moldar o meu carácter e para criar em mim o empenho de ser uma pessoa melhor, mais íntegra.


O ser humano tem por um lado a capacidade de criar, de inovar, de imaginar e de se elevar pela sua própria coragem acima da mediocridade. Por outro lado, em certas fases ou áreas da vida, a nossa coragem não é suficiente, as forças faltam-nos e cedemos a essa mediocridade. Por isso, o ser humano sente necessidade de procurar exemplos. Quando a nossa própria capacidade não nos leva mais longe, procuramos imitar aquilo que achamos que leva ao sucesso das outras pessoas. Em "Histórias Para o Coração" encontrei alguns exemplos que talvez inconscientemente ou mesmo em consciência, tento imitar.


Aqui fica uma das histórias para o coração, escolhida quase aleatoriamente:


«Em 1921, Lewis Lawes tornou-se director da Prisão de Sing Sing. Naquela época, não havia prisão mais rigorosa que essa. Quando o director Lawes se aposentou, 20 anos mais tarde, aquela prisão transformou-se numa instituição humanitária. Os estudiosos do sistema disseram que o responsável pela mudança foi Lawes. Mas, ao ser questionado sobre a transformação, ele disse:

- O mérito todo é de Catherine, a minha maravilhosa esposa, que está enterrada fora dos muros da prisão.

Catherine Lawes era uma jovem mãe de três filhos pequenos quando o seu marido assumiu o posto de director da prisão. Desde o início, todos a advertiram de que ela jamais deveria colocar os pés dentro dos muros da prisão, mas essas advertências não assustaram Catherine! Quando o primeiro jogo de basket foi realizado ali, ela compareceu... atravessou a quadra com os seus três lindos filhos e sentou-se nas arquibancadas na companhia dos internos.

Ela dizia o seguinte:

- Meu marido e eu vamos tomar conta desses presos, e creio que eles vão tomar conta de mim! Não tenho por que me preocupar!

Catherine insistia em fazer amizade com os presos e em conhecer as suas histórias. Ficou a saber que havia ali um assassino confesso que estava cego e resolveu fazer-lhe uma visita.

- Você lê em Braille? - ela disse, segurando-lhe as mãos.

- O que é Braille? - ele perguntou.

Ela ensinou-o a ler. Anos depois, ele chorou emocionado e cheio de afecto por ela.

Posteriormente, Catherine encontrou um surdo-mudo na prisão. Passou a frequentar uma escola especializada em linguagem por sinais. Muitas pessoas diziam que Catherine Lawes era o corpo de Jesus ressuscitado novamente em Sing Sing, de 1921 a 1937.

Subitamente, ela morreu num acidente de carro. Na manhã seguinte ao desastre, Lewis Lawes não compareceu ao trabalho, sendo substituído pelo director interino. Imediatamente, a prisão inteira notou que alguma coisa errada tinha acontecido.

No outro dia, o corpo dela jazia num caixão na sua residência, distante cerca de 1200 metros da prisão. Enquanto fazia a inspecção rotineira, o director interino ficou surpreso ao ver um grupo de criminosos dos mais terríveis e medonhos amontoados como animais diante do portão principal. O director interino aproximou-se e viu lágrimas de sofrimento e tristeza nos olhos de todos. Ele sabia o quanto eles amavam Catherine. Virou-se e encarou o grupo, dizendo:

- Muito bem, homens, vocês podem ir. Mas quero todos vocês de volta esta noite!

Em seguida, abriu o portão e um desfile de criminosos percorreu, sem escolta, os 1200 metros para ficar na fila e prestar as últimas homenagens a Catherine Lawes. E todos retornaram à prisão. Todos!»

Tim Kimmel

2 comentários:

rock disse...

Uma história lindíssima! :D gostei**

David disse...

Ainda bem que gostaste! =) E foi aleatória, no livro há algumas mais bonitas!