Agora que para nós terminou o Euro2008, vou cair em mim e a voltar para o meu país. O nosso fado parece ser este: um país em crise permanente, com os pilares da sociedade - educação, justiça, serviços de saúde - em decadência constante e com o povo a ser chulado por uma minoria de empresários, políticos e gestores. Mas o mais impressionante é que, apesar de durante décadas o descalabro parecer iminente, o país lá se vai aguentando, a custo, à tona de água. Há duas semanas enviaram-me um mail com um artigo do Diário de Notícias muito oportuno. A ideia geral é que o modo como a economia portuguesa foi conduzida ao longo da história contradiz as linhas gerais daquilo que deve ser uma economia de sucesso. Por isso, diz a lógica que o país não devia estar desenvolvido. A explicação para que, ainda assim, o país acompanhe ao longe o crescimento dos países ocidentais é atribuída, em parte, ao espírito de desenrasque dos portugueses. Se assim é, então acho que devemos ter orgulho de nós próprios. Do nosso espírito aventureiro e levemente aldrabão. Aliás, nós somos aldrabados à grande pelos nossos pseudo-líderes. Por isso, temos bons mestres na arte de aldrabar.
sábado, junho 21, 2008
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