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Entre Teoremas e Chocolates: Pedra de Potássio

domingo, março 02, 2008

Pedra de Potássio


Durante os anos em que tive físico-química criei algum gosto pela química. Sobretudo pelas experiências químicas em laboratório. Duas das experiências que mais me impressionaram foram a simulação de uma erupção vulcânica com dicromato de amónio e o estudo da reacção do potássio quando este entra em contacto com a água. São experiências clássicas que fazemos na química do 7º, 8º ou 9º ano. Na escola secundária tive um colega que partilhava o gosto pela química. Aliás, ele era mesmo muito apaixonado pela química, mais do que eu, ao ponto de montar em casa um mini-laboratório.
Ontem jantei com ele e com duas amigas dos tempos de secundário. Recordamos esses anos em que aprendemos e crescemos juntos. Rimo-nos com a lembrança dos disparates que fizemos, em particular a lembrança dos "roubos"... Esse meu amigo insistia com os professores de química para lhe deixarem levar algum material para casa. E quando os professores não atendiam ao pedido, ele levava na mesma. Pipetas, tubos de ensaio, erlenmeyers... etc. Diversos instrumentos indispensáveis para que o mini-laboratório tivesse alguma categoria.
Houve um dia em que ele me ofereceu um frasco com uma pedra de potássio, vinda directamente do laboratório da escola. Um dia destes estava a arrumar o meu quarto e encontrei o frasco com a pedra ainda intacta... Tenho-o guardado como uma recordação, mas no dia em que me quiser ver livre do potássio, não sei o que lhe hei-de fazer. Se algum químico ler isto, agradeço que me diga o que devo fazer! Tentar dissolver o potássio na água é capaz de não ser boa ideia! Não quero repetir a proeza do meu professor de físico-química do 9º ano que exagerou na quantidade de potássio, o que originou uma reacção demasiado violenta, semelhante a uma explosão, que nos obrigou a evacuar o laboratório e pregou-nos um enorme susto!

2 comentários:

Carlos Paulo disse...

Um dia, quando estiveres puto da vida e com tendências mais esquizofrénicas do que eu... fazes um passeio à beira mar, pegas na pedra e atiras ... obviamente ao mar.

Não sou químico.
Mas gosto de dizer disparates e tenho a tendência a apostar no cavalo errado!

David disse...

Está boa, está... então fazemos assim: da próxima vez que formos ao Portinho da Arrábida eu levo a pedra e tu fazes isso!! Ou melhor ainda, levas a pedra para a Madeira, vais lá ao "calhau" e atira-la para o mar! Com sorte (e alguma dose de ficção científica) os efeitos secundários provocam a queda do governo regional...

Não ligues, eu cá tenho tendência para não dizer coisa com coisa quando estou com sono!