Ainda, e mais uma vez, a guerra Professores vs ME. Apesar de os motivos não serem os mais nobres (podia ser, sei lá, por protesto) o governo regional da Madeira decidiu atribuir a todos os professores que lecionam no arquipélago a classificação "Bom". Epá, as comissões de avaliação do continente e dos Açores que peguem neste exemplo e que atribuam "Bom" a toda a gente. Assim não há problemas com as quotas e evitam-se chatices. Era um protesto original e muito mais ecológico do que andar a atirar ovos ao carro da ministra.
Mudando de assunto, parece que o reitor da Universidade de Lisboa se demitiu para se recandidatar. Também neste caso foi da Madeira que veio o exemplo, já que ele se deve ter inspirado na bonita carreira política do Alberto João Jardim. Não percebo o que é que ele ganha com isto, para além de, provavelmente, ganhar mais despesas já que será dado início a um período eleitoral e tudo isso custa dinheiro. Mas a verdade é que o homem até é capaz de ter razão para estar descontente. Vai-se ouvindo, nos corredores da FCUL, que a situação é tão grave que é provável que um destes meses não haja dinheiro para pagar os ordenados aos funcionários.
2 comentários:
É apenas uma questão moral.
Quando se candidataram apresentaram um programa e propostas.
Sem verbas, nada do que apresentaram é viável e têm de apresentar um projecto completamente diferente.
Como deram o nome e foram eleitos com base num projecto que não conseguem cumprir a continuidade implica um sentimento de "estou a enganar os que me elegeram" abandonam o cargo e recandidatam-se com uma proposta adequada à situação actual.
infelizmente isso tem custos mas serve para alertar toda a gente para um problema grave e real, o que por vezes pode contribuir para yma melhoria das condições...
enfim, já notaste que para este governo é preferível cortar no orçamento das universidades, saúde,.... e injectar dinheiro no BPN?
Eu devo ser mesmo muito burro porque não percebo as prioridades deste governo alegadamente socialista.
Carlos, eles podiam na mesma alertar as pessoas (presidentes dos CD'S das faculdades e órgãos administrativos, pessoas do governo, etc) usando a comunicação social, sem se demitirem e convocarem de novo eleições. Podiam fazer como os treinadores de futebol: punham o lugar à disposição! =)
O caso BPN parece-me muito complexo. Porque se o governo deixasse o banco "cair" (e isso seria justo), por tabela iam sofrer algumas pessoas que não tiveram nenhuma culpa no cartório. Mas sim, em teoria seria preferível que o estado concedesse apoios apenas a essas pessoas e não salvasse o BPN, mas não sei se na prática isso seria possível.
Enviar um comentário