Aconteceu há menos de um ano, mas já podemos dizer que é um jogo lendário. É mesmo tido por muitos especialistas como o melhor jogo da história do ténis. Se não o foi, andou lá perto. A qualidade de jogo foi elevada a uma dimensão inacreditável. Foi a mais longa final de Wimbledon após 4h48m de jogo, interrompidos duas vezes por causa da chuva. O jogo terminou quando a luz solar já começava a ser escassa, aumentando assim a magia de todo o ambiente que envolveu a partida. Antes da final, o favoritismo estava repartido. Por um lado, Wimbledon era a casa de Fereder, o palco do seu melhor ténis. Por outro lado, era visível o progresso de Rafael Nadal em relva. No ano anterior já tinha obrigado Federer a uma final renhida, jogada a 5 sets. E tinha vencido o torneio de Queens duas semanas antes (Federer não jogou esse torneio), conquistando o seu primeiro título ATP em relva. Havia uma expectativa altíssima e muito elevada em torno da final. Mas ninguém podia ter previsto o nível a que o jogo chegou. Nadal e Federer naquela tarde em Wimbledon levaram o ténis para um nível de espectáculo e de emoção que talvez nunca se tivesse visto antes. E quem viu o jogo, não viu apenas mais um grande jogo de ténis. Viu a história do ténis a desenrolar-se, a mudar diante dos seus olhos. O Nadal venceu e passado poucas semanas tornou-se número 1 do ranking ATP, ao mesmo tempo que conquistava a medalha de Ouro nos JO de Pequim. O tenista que mais tempo tinha sido número 1 do ranking foi destronado por aquele que mais tempo foi o número 2 do ranking. É difícil imaginar como seria o ténis actual sem Fereder ou sem Nadal. Provavelmente qualquer um deles sem o outro estenderia o seu domínio no ténis a um nível inédito. Mas para felicidade de quem gosta de desporto, surgiram estes dois jogadores estratosféricos na mesma época. Nadal tem menos 4 anos que Fererer e continua a evoluir, ganhando torneios em todas as superfícies. Os próximos anos servirão para responder à questão: qual dos dois é, em termos absolutos, o melhor jogador? Quem lê o blog já conhece a minha preferência pelo espanhol, mas reconheço que merecem ambos um lugar de igual destaque na restrita categoria das lendas do desporto. Deixo-vos com alguns vídeos com imagens e comentários acerca da final de Wimbledon 2008.
P.S. Sim, eu devia estar a trabalhar em vez de andar a passear no youtube, perdendo tempo com futilidades... mas, como explica o post aqui em baixo, a vontade de trabalhar não é muita.
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