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Entre Teoremas e Chocolates: É Natal, é Natal

sábado, dezembro 20, 2008

É Natal, é Natal

Estou doente. Com uma febrita engraçada e com uma expectoração verdusca e raiada de sangue que, na minha opinião, devia constituir um case study para os médicos e cientistas. Estar doente irrita-me. Um gajo fica na cama ou no sofá durante horas, sem pachorra para fazer qualquer coisa produtiva, usando o comando para fazer zapping, enquanto os olhos pesam por causa da febre e enquanto se aguenta uma dor de garganta que vai desde a epiglote até aos alvéolos. São horas, dias, completamente perdidos. E isso irrita-me. Ao ponto de ainda não ter decidido se é da febre que vou morrer ou se é do tédio que ela provoca. E havia tanto para ser feito nestes dias, quer em termos de trabalho quer em termos de programas extremamente interessantes... Ainda tentei aproveitar o tempo para conhecer a Anna Karénina (que, não nos esqueçamos, é russa). Mas o livro é pesado (nos dois sentidos da palavra) e a minha cabeça não aguenta tanto peso. Algo de produtivo que fiz ontem foi rever o filme Orgulho e Preconceito (a propósito, agora é que é boa altura para eu ler o livro da Jane Austen, porque vou ficar a imaginar que a Lizzy é a Keira Knightley o que, convenhamos, abona muito a favor da Lizzy). Tenho a dizer que o filme Orgulho e Preconceito é das melhores coisinhas que já se fizeram em termos de cinema romântico. É claro que há quem possa preferir aqueles romances de pacote, tipo o Chocolate ou O Diário da Nossa Paixão. Mas eu é que percebo disto (e não se contraria um homem com febre) e volto a dizer que Orgulho e Preconceito é um filmezorro. E agora se me dão licença vou ali tossir com força e ver o que sái... E é tudo. Feliz Natal. Uma música de natal.


2 comentários:

Anónimo disse...

As melhoras rádidas, David.

Carlos Paulo disse...

Vê lá se melhoras...
Aquele mito de que a tv apodrece o cérebro, parece-me ter alguma veracidade, por isso, em vez do comando agarra um bom livro.